Fiquem vocês sabendo que, muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão de novo as grandes alamedas por onde passe o homem livre, para construir uma sociedade melhor.

(Últimas declarações de Salvador Allende ao povo chileno a 11 de Setembro de 1973, quando os aviões dos generais fascistas já bombardeavam o Palácio de La Moneda)

31 de dezembro de 2020

Boas Entradas

 


A Comissão Editorial do Blogue deseja  a todos os seus leitores,  no ano que vai entrar, aquilo que Séneca pediu aos Romanos, ou seja, e cita-se...procurem a felicidade de verem morrer os vossos vícios antes de vós próprios… 

24 de dezembro de 2020

O DIA DE NATAL


Com a devida vénia, e respectiva autorização, transcreve-se este Soneto de Adilson Zotovici, aproveitando a Comissão Editorial do Blogue para desejar a todos umas Boas Festas.

O DIA DE NATAL


Se reflexão, aforismo,

Eu creio que real, verdade

Que milenar não por modismo

Em perenal continuidade


Parece afastar o egoísmo

Desperta a fé, a caridade,

Floresce o amor, o altruísmo

Fenece o rancor, a maldade


Sem preconceitos ou racismo

Todos brindam com igualdade

O islamismo, judaísmo...


Não só festa da Cristandade

Além até do ecumenismo

O Natal... é fraternidade !


Adilson Zotovici

20 de dezembro de 2020

Solstício de Inverno 2020


O Solstício de Inverno ocorrerá no dia 21 de dezembro de 2020 às 10h02min, marcando o início da estação no hemisfério norte (a mais fria apesar da Terra vir a estar o mais perto do sol a 2 de janeiro). O sol neste dia de solstício estará o mais baixo possível no céu e aquando da sua passagem meridiana atingirá a altura mínima de 28°. A duração do dia no Solstício de Inverno é a mais curta. A 21 de dezembro de 2020 o disco solar nascerá às 07:51:19 horas e pôr-se-á às 17:18:23 horas em Lisboa, assim a duração do dia será de 09:27:04 horas. O Inverno prolonga-se por 88,98 dias até ao próximo Equinócio, a 20 de março de 2021.

Para a Secular Maçonaria representa o fim e o início de mais um Ciclo, ou seja, o Triunfo da Luz e da Vida sobre a Morte.

15 de dezembro de 2020

NADA DO QUE É HUMANO ME É ESTRANHO

 


NADA DO QUE É HUMANO ME É ESTRANHO

…nihil humani a me alienum puto..

Públio Terêncio (185-159 a.C.) em “O Atormentador de Si Próprio”

Sempre pensei e continuo a pensar que se há lugar para dissecar o mais complexo dos paradoxos é, exactamente, na N∴A∴O∴, onde, uma vez iniciados, calcorreamos os diversos degraus infinitamente dispostos, mas nunca indefinidamente, ou seja, começando por mergulhar em Nós próprios vamos em direcção aos Outros e ao Universo. A Humanidade - que tema apropriado para vos transmitir as minhas reflexões. Hoje, sabemos muito mais do que na Antiguidade sabiam os Pais-Fundadores do pensamento, porém e pasme-se, os circuitos neuronais do nosso actual cérebro (quer o queiramos ou não, é a base material da espiritualidade dita humana) são, precisamente, os mesmos que existiam na Idade da Pedra. Se é assim, a pergunta surge de imediato: o que há-de novo e a mais? Bem, a mais, há uma enormidade de novidades que não caberiam em milhares de páginas, mas de novo, e este é o imbróglio, parece não haver nada de nada. Vou expor-vos algumas considerações que, depois de interiorizadas, nos levarão ao degrau seguinte, vale dizer, a vós, e ao cosmos para que a tríade essencial da Iniciação fique ligada, seja ela coerente e racional (à qual estou mais ligado) ou transcendente e emocional (a qual procuro entender). Assim:

1- Graças ao pioneirismo de um cientista português (de seu nome António Damásio) os estudos sobre a fisiologia e patologia cerebral deram um passo de gigante (claro que, e como escreveu I. Newton, apoiado em muitos outros gigantes) no que diz respeito à base anatómica do seu funcionamento.

2- Paralelamente, cognitivistas, antropologistas, psicólogos do comportamento e filósofos, foram acompanhando e reorganizando os processos já conhecidos, acrescentando ou truncando as frases e certezas ditas, mas agora experimentadas.

3- Quer os circuitos de neurónios-base das funções vitais inconscientes (respiração, batimento cardíaco, regulação da temperatura e funcionamento intracelular), quer os das funções vitais conscientes (o amor, o desejo, as artes, enfim, as emoções), estão hoje muito mais dissecados sabendo-se onde estão localizados e, sobretudo, onde decorrem as suas interacções e, a mais, o papel fundamental das neuro-hormonas e neurotransmissores que tanto inibem como acendem e propagam todos estes circuitos já conhecidos.

8 de dezembro de 2020

MAÇONARIA 4.0? A MAÇONARIA DO AMANHÃ

 


Com a devida vénia se transcreve a seleção  do «Informativo CHICO DA BOTICA» - Edição 148 – 31 Out 2020”

MAÇONARIA 4.0? A MAÇONARIA DO AMANHÃ

“É necessário que o Maçom seja capaz de partir e de chegar. Muito importante é o partir como muito importante é o chegar, mas muito mais importante é o que será semeado ao longo dessa caminhada: sementes se converterão em frutos que haverão de alimentar a inteligência daqueles que os colherem”. (Raimundo Rodrigues)

“O futuro tem muitos nomes. Para os fracos é o inalcançável, para os temerosos, o desconhecido. Para os valentes é a oportunidade” (Victor Hugo)

Sem dúvidas estamos vivendo num mundo em permanente evolução, nas áreas de tecnologias e comunicações. O que é agora pode não ser daqui a pouco e temos que estar preparados para continuarmos a viver neste mundo. Muito lemos e ouvimos sobre a Indústria 4.0, que é um novo conceito de evolução, com bases em modernas e sempre actualizadas tecnologias, que tem na união de máquinas e sistemas inteligentes que possibilitam a criação de redes capazes de controlar módulos específicos de forma autónoma, ou seja, fábricas autónomas que irão possibilitar a redução da mão de obra, minimizar riscos por falhas humanas e proporcionar maior exactidão nos resultados esperados, e em especial em operações de maiores complexidades. Em suma, estamos falando de fábricas inteligentes, com a capacidade de operarem sozinhas, agendarem e realizarem manutenções, preverem falhas de processos, realizarem tomadas de decisão e adaptarem-se a imprevistos dentro duma cadeia produtiva.  Por certo isto não se aplica na Maçonaria, mas toda a evolução que estamos passando afecta o seu desenvolvimento e teremos que nos adaptar unindo homem a tecnologia. Tanto no conceito de Economia 4.0 e Indústria 4.0 esta é a era do conhecimento e da inovação. Na Ordem o conhecimento sempre foi nossa meta agora temos que nos adaptar às inovações. Agora perguntamo-nos,  o que tem a ver a Maçonaria com o que está a apresentar no mundo profano?  Demos um crédito de visão de futuro aos participantes do encontro realizado em Londrina – PR, quando, em outubro de 2019 escolheram o tema “Maçonaria do Amanhã”, bem antes de termos pleno conhecimento da expansão da COVID-19 e actualmente pensar no amanhã sem incluir como uma das causas a actual situação de saúde pública mundial seria ilógico.

16 de novembro de 2020

Lançamento do Livro "VERSOS A MAÇO E CINZEL

 


  C    O    N    V    I    T    E

Meus irmãos , cunhadas , sobrinhos, meus amigos

Na próxima quinta feira dia 19 de novembro de 2020 às 20:00h (horário de Brasília) faremos a reunião em  sala virtual para o  LANÇAMENTO  do meu novo livro de poemas “ VERSOS A MAÇO E CINZEL “  e terei  imensa alegria e honra em vê-los e  tê-los connosco, assim como seus convidados , amigos e familiares, pelo que sou grato. Segue o endereço da Sala virtual  :

Topic: Lançamento do Livro "VERSOS A MAÇO E CINZEL" de Adilson Zotovici

Time: Nov 19, 2020 08:00 PM Sao Paulo - Brazil

Join Zoom Meeting

https://us02web.zoom.us/j/85739441867?pwd=U01GQVBrbXZCRWNNM09CenhnTWJuZz09

Meeting ID: 857 3944 1867

Passcode: 900301

12 de novembro de 2020

Vaidade e Orgulho

 


Com a devida vénia se transcreve este artigo de opinião de Clóvis de Barros Filho publicado no Blogue «O Ponto Dentro do Círcul

Vaidade e Orgulho

(Publicado em Setembro 2015, São Paulo por Luiz Marcelo Viegas)

A palavra VAIDADE tem uma origem curiosíssima. Ela remonta muito a uma ideia da vida em vão. Então, claro, quando é que vivemos bem? Quando conseguimos viver dentro daquilo que nos é mais favorável, onde somos mais talentosos, mais competentes e assim por diante. Quem se conhece acaba conseguindo se encaixar melhor, levará uma vida mais feliz, melhor e mais harmônica com o resto. O VAIDOSO é um ignorante em si mesmo, alguém que por não entender o seu lugar, não conhece suas próprias competências e habilidades e acaba pretendendo viver em um lugar que não lhe é devido. Por isso é um vício, um equívoco existencial. Muito importante nesse momento diferenciar a vaidade do orgulho.

O ORGULHO é um afeto altamente positivo na existência por que no final das contas o orgulhoso é aquele que consegue identificar em si mesmo causas de alegria e isso, claro, é patrocinador de uma vida boa, por que quando você consegue identificar causas de alegria em si mesmo uma consequência imediata é identificar as próprias fragilidades. O Orgulhoso é sempre alguém que tem mais de si em si mesmo e portanto é necessariamente algo positivo. O vaidoso, na verdade, é um orgulho equivocado, é um orgulhoso que não se conheceu direito, um orgulhoso que não soube flagrar em si mesmo as reais causas de sua alegria.

A VAIDADE é uma tendência muito explicável por que os encontros com o mundo são potencialmente entristecedores e de certa maneira, na hora que você considera que o mundo que você encontra é o que é, inexorável, o que que poderia ser diferente para você não se entristecer. E aí, você conclui: VOCÊ MESMO! Então claro, o vaidoso é invariavelmente aquele que deseja demais não ser quem é justamente por que supõe que não sendo quem é evitará as tristezas e angústias que são concretamente as suas. Todo valor, seja um valor adequado a uma competência como no caso do Orgulho, seja um valor “transbordoso” e desalinhado como no caso da vaidade. Todo valor é uma construção social, resulta de um processo de socialização. É uma questão cultural e aí é que está o grande conflito que a filosofia clássica aponta. De um lado um apreço pela natureza que é a sua, em outras palavras é o que “Nietzsche” chamava de amor fati [1]. É você se reconciliar com o mundo como ele é, e aceitar-se como sendo como é, de certa maneira.

Doutro lado você tem uma sociedade, uma convivência e uma vida social que de certa maneira espera de você performances, espera de você a ocupação de postos, espera de você competências que nem sempre estão alinhadas com as tuas verdadeiras e naturais inclinações. No final das coisas pode-se imaginar o VAIDOSO como alguém “for ent” em sua aparência, mas no fundo é alguém que, ignorante de si mesmo, está disposto a VENDER-SE A SI MESMO EM NOME DOS ENQUADRAMENTOS SOCIAIS .

Autor: Clovis de Barros Filho


Nota


[1] – amor a algo.

24 de outubro de 2020

Amália, sem Sucessores?

 


Transcrito, com a devida vénia, do Correio do Ribatejo de 23.10.2020, este Artigo de António Valdemar.

Amália, sem Sucessores?

«A advertência de Eduardo Lourenço ao considerar que Amália «morreu no seu século e não passou desfigurada para um tempo que não era o seu»

O Fado na sua conceção intemporal, na sua expressão literária ou na sua expressão popular- e todas associadas á realidade social e cultural de sucessivas conjunturas- nos seculos XIX, XX e já agora no seculo XXI, tem sido objeto de estudos eruditos, de ensaios críticos ou de obras de criação literária da autoria de muitas personalidades ligadas á Academia das Ciências. Os exemplos multiplicam – se até chegarmos a Amália Rodrigues. Procuramos sintetizar, numa retrospetiva sumária, subordinada ao tema Amália, a Academia e Académicos os seguintes autores e respetivas obras: Teófilo Braga, em 1868, numa interpretação das raízes do povo português (que antecedeu investigações antropológicas e etnográficas de José Leite de Vasconcelos) deu honras de transcrição integral dos versos recolhidos na tradição oral («Chorai artistas chorai ...») que lamentam a morte da Severa. Henrique Lopes de Mendonça enalteceu o Fado e o introduziu (com a música de Alfredo Keil) nas estrofes de A Portuguesa que a Constituição da República, em 1911, transformou no Hino Nacional. Eça de Queiroz situou Lisboa na génese da invenção do Fado, enquanto Teixeira de Pascoais se pronunciou acerca das modalidades do Fado em várias localidades geográficas. Continua a emocionar a exaltação que Pascoais fez de Hilário em Coimbra. Logo no início do seculo XX, Júlio Dantas escreveu A Severa. Foi a reconstituição para o teatro (e depois para um romance) tal como o próprio Júlio Dantas assim caracterizou: da vida de «uma flor pura, desabrochada na lama», que se evidenciou a cantar o Fado, na Mouraria. «Tinha o orgulho de não ter um ódio de ninguém, de ser feliz com a sua liberdade, o seu Fado, o seu amor ao Sol». 

8 de outubro de 2020

MONUMENTO 'CONTRA A IGNORÂNCIA'

 


MONUMENTO 'CONTRA A IGNORÂNCIA'

A 5 de Outubro em Vieira de Leiria foi inaugurada esta estátua/monumento, de autoria do escultor Fernando Crespo, natural de Vieira de Leiria, com traços de inspiração maçónica, uma iniciativa da Junta de Freguesia de Vieira de Leiria e financiada pela Câmara Municipal da Marinha Grande. A escultura tem seis metros de altura, num manifesto contra a ignorância e em homenagem à República, Fernando Crespo é também o criador do coração de aço de 12 metros inaugurado em Fátima aquando da visita do Papa Francisco em 2017, imaginou uma nova obra composta por duas figuras neoclássicas iguais: uma dourada que se apresenta de pé sobre uma moldura quadrada, e outra escura, sob essa, de cabeça para baixo. “Todo esse conjunto assenta numa pirâmide, cujo vértice está a dez centímetros da figura que está ao contrário. É como um perigo latente, uma fragilidade. É uma metáfora, como se fosse uma vítima que está quase a ser punida por estar confinado a um espaço de ignorância”, descreveu o autor. Segundo o escultor, “a ignorância é um grande estigma” e “a República veio resolver parte do problema. Infelizmente as coisas têm-se vindo a degradar”, lamenta, justificando dessa forma a associação do novo trabalho ao 5 de Outubro, dia da inauguração. “Esta é a linguagem, facilmente entendível, que entendi para consagrar a República, o que é o conhecimento para o indivíduo e a limitação do conhecimento para o mesmo indivíduo”, sublinha. A peça será instalada no local onde existiu a antiga escola primária de Vieira de Leiria, que Fernando Crespo frequentou esse estabelecimento de ensino, entretanto “demolido há vários anos”. No mesmo espaço ficará a peça escultórica que evoca “a liberdade que o conhecimento traz”, em oposição “ao confinamento cultural, com as consequências que a falta de cultura tem”. Iniciativa de uma comissão de ex-alunos, a obra serve ainda de “homenagem ao ensino e aos professores do ensino primário”, incluindo o antigo docente de Fernando Crespo, Fausto Augusto Linhares, que merecerá distinção especial no dia da inauguração. A propósito do trabalho pensado para a Vieira de Leiria, o artista critica “o estado da cultura” no país. “Esta escultura e o seu aparecimento são paradigmáticos. Só é possível porque eu dei o que pude, para deixar ali uma marca”, diz Fernando Crespo, explicando que cedeu gratuitamente o trabalho, ficando a cargo do município da Marinha Grande pagar os materiais. “Estou a cumprir a minha obrigação cívica e artística para com o país e para com a República. Não sou artista do regime. Esses estão protegidos e, em tempo de crise, os municípios fazem ajustes diretos de valores perfeitamente disparatados. Não posso deixar de sentir alguma indignação”, acrescenta.

5 de outubro de 2020

EFLÚVIOS

 

Com a devida vénia e respectiva autorização, transcreve-se mais um Soneto de Adilson Zotovici:

EFLÚVIOS

Exala tão bom perfume 

No Augusto Templo Sagrado

De livres pedreiros costume

E desde há muito pairado


Não dum incenso que defume

Um ambiente pesado

Pra clarear um negrume

Por algum rancor criado


Mas, bons eflúvios em volume

Fulcro do grupo irmanado

Qual irradiado lume


Essência do iniciado

Pelo aroma se presume...

Da Verdadeira Luz emanado

Adilson Zotovici

28 de setembro de 2020

Revolução ou Evolução no Grande Oriente da Bélgica?

 


Revolução ou Evolução no Grande Oriente da Bélgica?

O Grande Oriente da Bélgica (GOB), principal obediência maçónica do país e que conta com cerca de 10.000 membros divididos por 118 lojas, acaba de dar um passo fundamental na sua história de quase dois séculos – foi instalado em 1833, três anos após a independência da Bélgica. De facto, a Assembleia Geral do Grande Oriente adotou, neste domingo, 16 de Fevereiro de 2020, e por grande maioria, uma reforma dos seus estatutos e regulamentos que, entre outras modificações, agora permitirá que as lojas filiadas nesta obediência liberal e adogmática integrem mulheres no seu seio. Porquê esta mudança? Há vários anos que o Grande Oriente da Bélgica tem sido confrontado com pedidos de Lojas nele inscritas, principalmente de Bruxelas e sobretudo flamengos, com o objetivo de filiar “Irmãs”, ou de ir ainda mais longe, iniciando mulheres numa obediência que até agora permaneceu estritamente masculina no seu recrutamento. Esta transformação profunda, da qual não podemos dizer de momento qual será o seu real impacto – para além do aspeto simbólico da coisa -, permite ao Grande Oriente da Bélgica alinhar-se com o seu equivalente francês, que está implicitamente aberto à diversidade e à não discriminação há uma década. O Grande Oriente de França (GOdF), desde 2010, que concede às suas lojas a liberdade de iniciar mulheres, uma liberdade reivindicada há décadas, mas para a qual nunca houve uma maioria, antes de 2010, apesar do facto de que as lojas têm feito filiações selvagens desde 1990 – atraindo em troca, a ira da Obediência. No entanto, convém assinalar, isto não é suficiente, pois no caso do Grande Oriente da Bélgica, como no caso do Grande Oriente de França, pode-se estritamente falar de obediências mistas.

21 de setembro de 2020

Equinócio de Outono 2020

 

Equinócio de Outono 2020

No corrente ano, o Equinócio de Outono ocorrerá hoje, dia 22 de Setembro, às 14:31 horas. Este instante marca o início do Outono no Hemisfério Norte. Esta estação prolonga-se por 89,813 dias até ao próximo Solstício que ocorre no dia 21 de Dezembro às 10:02 horas.

Naquele instante o Sol, no seu movimento anual aparente, passa no equador celeste. A palavra de origem latina aequinoctium agrega o nominativo aequus (igual) com o substantivo noctium, genitivo plural de nox (noite). Assim significa “noite igual” (ao dia), pois nestas datas o senso comum diz-nos que o dia e a noite têm igual duração. No entanto não é bem assim. Os equinócios estão definidos como o instante em que o ponto central do sol passa no equador e, por isso, efectivamente o centro solar nasce no ponto cardeal Este e põe-se exactamente a Oeste. Assim, entre o instante da manhã em que o Sol está a uma distância zenital de 90º e o instante da tarde em que se encontra novamente a uma distância zenital de 90º passam-se 12 horas. (Note-se que como a Terra avança na sua órbita ao longo do dia, o Sol não se mantém no equinócio todo o dia e isso leva a uma pequena alteração deste intervalo de tempo).

Para os Iniciados será uma Celebração da Renovação dos Ciclos da Natureza.

14 de setembro de 2020

47º Aniversário da Morte de Salvador Allende


MMQQIIr:.

Há 47 anos, no dia 11.Set.73,  morreu lutando pelos princípios e ideais que sempre o nortearam, não cedendo ao golpe fascista de Pinochet (preparado pela CIA  e pelas oligarquias até aí dominantes),  o nosso Querido patrono SALVADOR ALLENDE, não capitulando nem fugindo do cargo para que tinha sido legalmente eleito  pela Unidade Popular (Presidente da República).


Como pessoa,  político de princípios e óbviamente Maçom, honremos  a sua memória, procurando  nunca esquecer o seu exemplo de inesquecível de luta pelos nobres princípios da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, por um Sociedade mais justa e equilibrada, onde existam muito menos exploradores e explorados e se salvaguarde o Ambiente deste nosso cada vez mais degradado planeta e  a larga maioria do Povo seja efectivamente digna dum destino com futuro. 

Honremos a sua memória e sobretudo os seus ideais e actos, que sempre praticou  coerentemente.

Recebam um Forte TAF

Salvador Allende  (M:.M:.) 

11 de setembro de 2020

Antero, as horas do fim

 


Transcrito, com a devida vénia, este artigo de opinião de António Valdemar no Diário dos Açores de 11.09.2020

Antero, as horas do fim

“O contacto directo com a realidade levou-o a conhecer a vulnerabilidade da natureza humana. A inveja que morde, o ódio que envenena. O país real, por fora e por dentro: egoísmos ferozes, privilégios inexplicáveis. A impunidade absoluta. Os inúteis disfarces. A falta de vergonha. Manifestou as preocupações que o levavam a concluir que a crise era moral". 

O vento revolve os plátanos e estremece as araucárias. A cidade começa a ficar mais húmida, as ruas mais vazias, ACENTUA – SE o peso das horas mortas, antecipando as noites intermináveis, repletas de fantasmas. A memória recusa a paz do esquecimento. Ponta Delgada despede-se do Verão e mergulha numa tarde baça, cor de zinco, cor de chumbo. Antero debate-se com atritos familiares. Debate-se com o tédio de viver e a incapacidade de ser feliz. Debate-se com a situação do País, em face do Ultimatum inglês. Debate-se com a derrota da revolução republicana do 31 de Janeiro. Debate-se, ainda, com o falhanço da Junta Patriótica do Norte, que surgiu para encontrar soluções e mobilizar vontades, perante a crise. Entregaram a presidência a Antero, mas nada pode realizar, enquanto assistia á debandada dos que a constituíram. Desistiu dos combates políticos e sociais. Da urgência de questionar as estruturas institucionais do regime, definir outras diretrizes, proceder a uma reforma do Estado e da Administração Pública. Incentivar o acesso à Europa e – sempre este objetivo enunciado na inauguração das Conferências Democráticas do Casino - permitir a abertura de Portugal ao mundo. Para formar o jovem e o cidadão. Pensar e intervir de forma ativa e responsável. O contacto directo com a realidade levou-o a conhecer a vulnerabilidade da natureza humana. A inveja que morde, o ódio que envenena. O país real, por fora e por dentro: egoísmos ferozes, privilégios inexplicáveis. A impunidade absoluta. Os inúteis disfarces. A falta de vergonha. Manifestou as preocupações que o levavam a concluir que a crise era moral: «o que se passou» - comentava, numa carta, a um amigo íntimo - «é a prova mais cabal do estado de prostração do espírito público, entre nós. Berrou-se muito e, afinal, chegaram as eleições, e toda a gente, movido cada qual por mesquinhos interesses, votou nos candidatos do Governo. Governo apoiado pela Inglaterra e que, nessa ocasião, estava lançando a polícia sobre os que faziam manifestações patrióticas». Refugiou-se, outra vez, em São Miguel. Talvez encontrasse a desejável tranquilidade. Mas a inquietação e a dúvida não cessavam: «E quando o pensamento, assim absorto, emerge a custo desse mundo morto/e torna a olhar as coisas naturais:/à bela luz da vida, ampla, infinita /só vê com tédio em tudo quanto fita/a ilusão e o vazio universais». Os seus olhos penetram quem os olha. Escreveu no poema para o in memorian de Zara, jovem irmã de um amigo: tudo é leve como a sombra sobre a água. Busca o invisível no visível. Multiplicam-se as perplexidades: «tropeço, em sombras, na matéria dura /e encontro a imperfeição de quanto existe». De rua em rua, concentro-me e revisito lugares da infância e adolescência, casas de amigos. Uns vivos. Outros mortos. «Aqueles que eu amei, onde estão? Idos, dispersos, / arrastados no giro dos tufões, / levados, como em sonho, entre visões, / na fuga, no ruir dos universos». Perdura ainda o essencial da malha urbana e surpreendo os últimos passos de Antero na antiga cidade: «as nuvens parecem fantásticas ruínas / ao longe no horizonte amontoadas». A respiração do mar provoca uma latente e contínua ansiedade. Tudo se converte em cinza de vida ardida. Oliveira Martins, com as informações de amigos comuns, afirmava a propósito do suicídio de Antero, numa carta a Eça de Queiroz: «cedeu por fim à tentação constitucional da sua vida. Morrer era-lhe uma obsessão. Matou-o principalmente o clima enervante de São Miguel, que estonteia o mais fleumático (...) Matou-o a sua imaginação exacerbada pelo capacete de ozone da ilha». Setembro morno e abafado. Antero resumia sucessivos percursos : “pó e cinzas onde houve flor e encantos/ e noite onde foi luz de primavera. /Olha a teus pés o mundo e desespera, /semeador de sombras e quebrantos». Que ficou, afinal, e que valha a pena? «Daquela primavera venturosa, /não resta uma flor só, uma só rosa. /tudo o vento varreu, queimou o gelo.” As interrogações esmagavam-no. E insistia: «Pura essência das lágrimas que choro/ e sonho dos meus sonhos! Se és verdade / descobre-te, visão, no céu ao menos!» Exausto. Dor e pavor. E apenas: «silêncio, escuridão e nada mais». Os passos de Antero aproximam-se do Campo de São Francisco. Ao fundo o mar e o Castelo: «junto do mar, que erguia gravemente/a trágica voz rouca, enquanto o vento / passava como o voo do pensamento /que busca e hesita, inquieto e intermitente/ junto do mar sentei-me tristemente,/ olhando o céu pesado e nevoento,/ e interroguei, cismando, esse lamento/ que saía das coisas vagamente/ que inquieto desejo vos tortura , /seres elementares, força obscura?/em volta de que ideia gravitais?/ mas na imensa extensão, onde se esconde-o inconsciente imortal, só me responde, -um bramido, um queixume , e nada mais...» Foi na tarde de 11 de Setembro de 1891.Tinha 49 anos. Estava desiludido. Traumatizado. Num acto de angústia e desespero, Antero decidiu o trágico encontro com a morte.Nua e crua. A escorrer sangue. Fora de casa.




10 de setembro de 2020

Um Abraço

 


Com a devida vénia e respectiva autorização se transcreve este Soneto de Adilson Zotovici:

UM  ABRAÇO


Escrevo-te irmão amado

Com a saudade latente

Tanto quanto preocupado

Com essa crise vigente


Queria ter te encontrado

Porém, não cri ser prudente

Carente de todo cuidado

Esse resguardo da gente


Lembra-te do postulado

Que elos duma corrente

Distantes ou lado a lado


Assim, envio-te contente

Fraterno abraço apertado

Como se junto, presente !


Adilson Zotovici

8 de agosto de 2020

Os Desafios da Tecnologia, o Covid_19 e a Dignidade Humana

 

Os Desafios da Tecnologia, o Covid_19 e a Dignidade Humana

I – Os desafios da Tecnologia

.1 - Síntese  das últimas Evoluções Tecnológicas

Efectuando uma breve análise aproximada dos  últimos 3 séculos, tempo de vida «oficial da Maçonaria Especulativa,  verificamos a curiosa coincidência,  ou talvez não (se recordarmos alguns dos objectivos técnico-filosóficos que vieram a desenvolver-se com o contributo directo e indirecto da «Royal Society»….), de que a Humanidade registou três importantes «Revoluções industriais», que vieram alterar mais ou menos profundamente as estruturas e os modelos sociais vigentes à época, nos diversos países, principalmente  naqueles onde surgiu,  e posteriormente  nos que as vieram a adoptar.

A primeira ocorreu entre 1760 e 1840 e foi precisamente a invenção da máquina  a vapor  (o que nos recorda os primeiros teares mecânicos em Inglaterra,  os primeiros comboios, entre outros). Por volta de finais do Seculo XIX iniciou-se a Segunda Revolução Industrial,  impulsionada pelo surgimento da electricidade e mais tarde do motor eléctrico, dando início à chamada massificação da produção e da iluminação eléctrica.

Com esta última conseguiu-se um enorme  aumento da produtividade, potenciada pela nova organização taylorista.  A electricidade, o motor eléctrico e o motor de combustão (automóvel) tornaram-se as estrelas fluorescentes da época, a que veio juntar-se o avião. Era o admirável  mundo novo, em que assentaram as primeiras décadas do século XX, apenas ensombradas pela 1ª e 2ª Guerras Mundiais:

A «Terceira Revolução Industrial» (que muitos consideram continuar ainda actualmente), começou na década de 1960, com a descoberta do transistor e da denominada «tecnologia do estado sólido», seguida da  rápida e sucessiva miniaturização de componentes electrónicos. Em consequência, surgiram os primeiros circuitos impressos, e mais tarde os «chips», possibilitando (com outros componentes) o «nascimento» do novo e grande Computador («mainframe»),  de controlo centralizado (normalmente característico das grandes empresas, centros de investigação e universidades).

Mais tarde, na década de 1970-80, surge em cena o célebre computador pessoal, a que posteriormente a Apple e a IBM deram  grande impulso, tendo esta última criado (sem o ter percebido inicialmente) uma nova e poderosa indústria de SW (Sistemas Operativos e aplicativos), de que a Microsoft (e outros) foram os grandes beneficiários.

Esta é  também denominada  «Revolução do computador» ou «Revolução Digital», de cuja rápida evolução  ainda estamos a sofrer as consequências, fortemente potenciada na década de 1990, pelo  desenvolvimento da Internet, que registou, a nível global, uma expansão acelerada. Computador que, após consecutivos acréscimos de capacidade e processamento (a lei de Moore tem sido cumprida…), agora todos utilizamos como ferramenta essencial multi-uso, quer no trabalho quer em casa.

28 de junho de 2020

MAÇONARIA E LIBERALISMO


Da Revista nº 21 do Grémio Lusitano se transcreve, com a devida vénia, este artigo de António Valdemar (Jornalista e Investigador):

MAÇONARIA E LIBERALISMO
ANTÓNIO VALDEMAR*
MAÇONARIA NOS AÇORES:
TIPOGRAFIA E JORNALISMO

O século XIX nasceu com promessas de igualdade e de justiça. É todo um mundo novo que, logo nas próximas décadas, impulsionou profundas transformações políticas, sociais e económicas. Já havia sido reconhecida a independência dos Estados Unidos (1783) que permitiu a autonomia dos povos e a
libertação das colónias submetidas ao domínio da Inglaterra; e, pouco depois, a Revolução Francesa (1789) que marcou o começo da queda do absolutismo na Europa, reconheceu os direitos do homem e do cidadão e abriu caminho para a República.
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1 PEREIRA, A. X. da Silva Diccionario Jornalístico Português, manuscrito nos reservados da Academia das Ciências; Tengarrinha José
Historia da Imprensa Periódica Portuguesa.
2 SORIANO, Luz, Recordações da Minha Vida, 2ª edição 1890
3 LIMA, Gervásio, Serões Açorianos, pág 36
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Portugal, apesar de séculos de atraso, de isolamento e das inevitáveis resistências, não vai ficar à margem deste processo histórico e cultural. A revolução liberal de 1820, nas suas várias fases, determinou o incremento da imprensa que permitiu o debate de ideias, o confronto de opiniões, a expansão do jornalismo e a formação de uma consciência democrática. A tipografia chegou, em 1829, aos Açores. Foi no período da Regência que se destinou a preparar a expedição organizada por D. Pedro, que seguiria de Ponta Delgada para o Mindelo, a fim de aclamar, após a Convenção de Évora Monte, D Maria II rainha de Portugal. Palmela adquiriu em Plymouth um prelo, juntamente com tipo, caixas e cavaletes que embarcaram para Angra, a bordo da galera James Crooper, que transportava elementos do Batalhão dos Voluntários da Rainha formado por estudantes da Universidade de Coimbra. Ficou, de início, no Castelo de São João Baptista passando, depois, para uma casa na rua da Sé, fronteira à rua de São João. O investigador Gervásio Lima
(1876- 1945) admitiu a implantação da tipografia em Angra, no século XVI, «trazida, provavelmente,
pelos conquistadores espanhóis, e por aqueles talvez levada quando retiraram» convertendo a
ilha Terceira «num dos primeiros pontos do globo atingidos pela grande maravilha do progresso
– o maior luzeiro civilizador». Baseava-se Gervásio Lima numa Relacion de la tomada Y conquista
de la isla Terceira e (…) fecha en la Ciudad de Angra de la Isla Tercera a 11 de Agosto, mil quinientos y ochenta e tres. Ernesto do Canto mencionaa na Bibliotheca Açoriana4 mas sem quaisquer comentários relativos aos primórdios da tipografia em Angra. Apenas acrescenta que Ludovic Lalande a incluiu em Curiosités Bibliographiques. Era provável que, na época, houvesse
tipografia em Angra. A ilha Terceira e o próprio arquipélago dos Açores evidenciavam-se, no plano nacional e internacional. Frutuoso classificava a Terceira, entre a Europa e a América, como a «universal escala do mar poente e por todo o mundo celebrada».

25 de junho de 2020

A Resposta


Com a devida vénia, e respectiva autorização, se transcreve mais um Soneto de Adilson Zotovici que nos conduz a uma profunda reflexão nos tempos actuais:

A  RESPOSTA

Há o tempo da curiosidade
Também o da enlevação
Da dúvida, da ansiedade
E o da obstinação

Uma questão pois, invade
O Pedra bruta em ascensão
Se do desbastar com vontade
Surgiu brilho, evolução

Basta ver na sociedade,
Com familiares, com irmão,
E o inconteste em verdade :

Uma autoavaliação
Olhar no espelho, com equidade,
Nos olhos...a decifração !

Adilson Zotovici

21 de junho de 2020

Solstício Verão 2020


O Solstício de Verão ocorreu ontem, dia 20 de Junho de 2020 às 22h44min, marcando o início da estação no hemisfério norte (a mais quente apesar da Terra vir a estar o mais longe do sol a 4 de Julho). O sol neste dia de solstício estará o mais alto possível no céu. A 20 de Junho de 2020 o disco solar nasceu às 06:11:40 horas e pôs-se às 21:04:48 horas. A duração do dia foi de 14:53:08 horas, o que é apenas 1 segundo a mais do que no dia seguinte. O Verão prolonga-se por 93,66 dias até ao próximo Equinócio, a 22 de Setembro de 2020.
Festa pagã em que se celebra o fim e o início de um novo ciclo tão caro aos Iniciados.

10 de junho de 2020

CORRE SEM VELA E SEM LEME (1595)


Tripla Celebração (Dia de Portugal, das Comunidades Lusas e de Luiz Vaz de Camões). Aqui se transcreve uma Redondilha do enorme Poeta Luso:

CORRE SEM VELA E SEM LEME (1595)

Corre sem vela e sem leme
o tempo desordenado,
dum grande vento levado;
o que perigo não teme
é de pouco experimentado.

As rédeas trazem na mão
os que rédeas não tiveram:
vendo quando mal fizeram
a cobiça e ambição
disfarçados se acolheram.

A nau que se vai perder
destrói mil esperanças;
vejo o mau que vem a ter;
vejo perigos correr
quem não cuida que há mudanças.

4 de junho de 2020

A barriga vazia nunca foi boa conselheira!


Com a devida vénia se transcreve este artigo de Mário Jorge Neves:
A barriga vazia nunca foi boa conselheira!

Esta pandemia está a abanar as sociedades, acelerando uma crise que já existia e onde os sintomas de recessão eram claros, nomeadamente a nível do Estados Unidos e da União Europeia.
A crise financeira iniciada em 2008 foi um forte alerta que o sistema neoliberal imperante procurou dissimular porque colocava em causa a sua agressiva cruzada privatizadora e mercantilista.
Os países que estão hoje a sofrer maior impacto em números de infectados e de perda de vidas humanas são, no chamado mundo ocidental, aqueles que possuem maiores desigualdades económico-sociais, onde as políticas sociais e públicas sofreram maiores cortes de investimento e as acções predadoras do neoliberalismo mais destruição semearam.
Estas últimas décadas de hegemonia neoliberal têm servido para impor uma ditadura financeira nas nossas sociedades, para instaurar uma propaganda de “guerra” e para, de uma forma subtil, conduzir um processo de fascização progressiva de diversos espaços da vida social e política.
Um dos aspectos mais marcantes dessa propaganda é a criação de um contexto de alienação e de perda da consciência colectiva.
Tem sido feito crer aos cidadãos que não mandam nada, que nada podem fazer contra o mercado e que até o seu voto soberano não resolve nada.
Assim, quando os cidadãos se deixam submeter às leis do mercado e as reproduzem na vida do seu dia-a-dia, isso é alienação.

26 de maio de 2020

O colarinho sem chopp


Com a devida vénia transcreve-se do Blogue «O Ponto Dentro do Círculo» este artigo de Luciano Alves:

O colarinho sem chopp

Antes de abrir a primeira rodada e explicar o título invertido acima, meu Irmão Heberth Ávila ensina que cada tipo de cerveja tem sua medida desejada e esperada de espuma. Muita carbonatação pode ser sinal de excesso de gás carbônico. Sai o chopp com colarinho, entra a aberração do “colarinho sem chopp”, não havendo o que saborear. Pode ser culpa do mestre cervejeiro imperito ou do garçom distraído na biqueira, tanto faz. Para esse desvio, bradamos logo: “tem muita espuma e pouco chopp”, ou seja: tem gás demais!
Em nossa Sublime Ordem, também é indesejada a sensação de “muita espuma, pouco chopp”: discussões infindáveis sobre o que deve ser feito, a melhor estratégia, pautas paquidérmicas para, ao fim e ao cabo, reconhecer que muito pouco ou nada se aplicou no mundo real. Muito volume sem efetividade equivale-se ao insonso “colarinho sem chopp”. É a Oficina que perdeu a mão na especulação. Nessa hipótese, ao inverso da cerveja, sua causa é o contrário: tem gás de menos!
Muita calma nessa hora! Desce bem uma boa dose de cautela e equilíbrio (com gelo, limão e gentileza): não se nega o planejamento e a abstração, ínsitas à boa reflexão. O que se condena é fazer da especulação escudo para a inércia. Espuma demais é como planejamento sem nenhuma execução: muito volume, pouco gosto!
Também é servido aos Iniciados, como aperitivo, que ninguém conseguiu ainda a posse integral da Verdade. Quanto mais se resiste na inércia, mais se ilude. Noutro dizer, é mais provável que o simples ignorante esteja mais próximo da Verdade que o teórico que se jacta, sentado em falsas noções.
Como qualquer teste cego, comprova-se o bom mestre cervejeiro pelo resultado do produto no campo dos sentidos e não pelo seu currículo quilométrico. Tal regra aplica-se a toda e qualquer Arte, dentro ou fora das Colunas.
Entrando na conversa, O Caibalion alerta que a posse do Conhecimento desacompanhado da Ação é como o amontoado de metais preciosos, uma coisa vã e tola. O Conhecimento é, como a riqueza, destinado ao Uso. A Lei do Uso é Universal, e aquele que a viola sofre por causa do seu conflito com as forças naturais” (Os Três Iniciados).
Se o discurso convence, o exemplo arrasta. Se isso desce amargo demais, é porque os sentidos ainda não estão despertos.

24 de maio de 2020

LOJA VIRTUAL


Estamos a atravessar um período em que vale a pena reflectir e por tal transcreve-se, com a devida vénia e respectiva autorização, este Soneto de Adilson Zotovici:

LOJA  VIRTUAL

Hoje há tanta informação
Com transformação digital,
Rápida comunicação,
Imagem tridimensional...

A mim, de antiga geração,
Parece-me, às vezes, fatal
Bloqueamos nossa emoção
E nada mais é pessoal

Nesse WhatsZapp  infernal
Não há tempo de contrição
Duma mensagem casual

Falam em “Loja virtual”
Mas, deve haver ponderação
Por tratar-se d’Arte Real !

Adilson Zotovici

19 de maio de 2020

O Rei dos Animais


O Rei dos Animais

Saiu o leão a fazer sua pesquisa estatística, para verificar se ainda era o Rei das Selvas. Os tempos tinham mudado muito, as condições do progresso alterado a psicologia e os métodos de combate das feras, as relações de respeito entre os animais já não eram as mesmas, de modo que seria bom indagar. Não que restasse ao Leão qualquer dúvida quanto à sua realeza. Mas assegurar-se é uma das constantes do espírito humano, e, por extensão, do espírito animal. Ouvir da boca dos outros a consagração do nosso valor, saber o sabido, quando ele nos é favorável, eis um prazer dos deuses. Assim o Leão encontrou o Macaco e perguntou: "Hei, você aí, macaco - quem é o rei dos animais?" O Macaco, surpreendido pelo rugir indagatório, deu um salto de pavor e, quando respondeu, já estava no mais alto galho da mais alta árvore da floresta: "Claro que é você, Leão, claro que é você!".
Satisfeito, o Leão continuou pela floresta e perguntou ao papagaio: "Currupaco, papagaio. Quem é, segundo seu conceito, o Senhor da Floresta, não é o Leão?" E como aos papagaios não é dado o dom de improvisar, mas apenas o de repetir, lá repetiu o papagaio: "Currupaco... não é o Leão? Não é o Leão? Currupaco, não é o Leão?".
Cheio de si, prosseguiu o Leão pela floresta em busca de novas afirmações de sua personalidade. Encontrou a coruja e perguntou: "Coruja, não sou eu o maioral da mata?" "Sim, és tu", disse a coruja. Mas disse de sábia, não de crente. E lá se foi o Leão, mais firme no passo, mais alto de cabeça. Encontrou o tigre. "Tigre, - disse em voz de estentor -eu sou o rei da floresta. Certo?" O tigre rugiu, hesitou, tentou não responder, mas sentiu o barulho do olhar do Leão fixo em si, e disse, rugindo contrafeito: "Sim". E rugiu ainda mais mal humorado e já arrependido, quando o leão se afastou.
Três quilômetros adiante, numa grande clareira, o Leão encontrou o elefante. Perguntou: "Elefante, quem manda na floresta, quem é Rei, Imperador, Presidente da República, dono e senhor de árvores e de seres, dentro da mata?" O elefante pegou-o pela tromba, deu três voltas com ele pelo ar, atirou-o contra o tronco de uma árvore e desapareceu floresta adentro. O Leão caiu no chão, tonto e ensangüentado, levantou-se lambendo uma das patas, e murmurou: "Que diabo, só porque não sabia a resposta não era preciso ficar tão zangado".

MORAL: CADA UM TIRA DOS ACONTECIMENTOS A CONCLUSÃO QUE BEM ENTENDE.

Millôr Fernandes

16 de maio de 2020

PANDEMIA/CONFINAMENTO


PANDEMIA/CONFINAMENTO

Pandemia (o povo todo) versus Confinamento (ter um limite comum), dois substantivos que nunca pensaram estar tão intimamente ligados como nos tempos que correm. Dizem ser, um organismo microscópico, o causador de tão intensa ligação, mas será só ele? Acreditamos mesmo que um convívio existente desde os tempos dos procariotas, em que umas vezes (muitas) tudo corre bem e outras (poucas) corre mal, será o responsável por andarmos todos às aranhas e à procura de não sei o quê? Não resisto a citar D. Diderotpoderemos exigir que se encontre a verdade, mas não que a tenhamos que encontrar
Até Dezembro de 2019 as palavras, equilíbrio e harmonia, dominavam esta magnífica relação entre macro e micro organismos, cada um com um trabalho celular específico, notável e construtivo não cabendo no produto final a chamada destruição total por não fazer parte do processo e não ter responsabilidade na dinâmica vital, melhor dizendo, o desafio significativo, em que a mesma palavra significa coisas diferentes conforme a área do contexto.
Vale a pena recordar os enormes pensadores da Antiguidade desde os de Mileto aos Eleatas que sem base científica intuíam esta esplêndida relação mais tarde estudada e comprovada. Tales, Empédocles, Heráclito, Parménides, Alcméon, Demócrito e Leucipo a desenharem as pedras basilares (ou brutas) que Newton, Leibniz, Lineu, D’Holbach, D’Alembert, Wallace, Pasteur e Koch burilaram (ou tornaram cúbicas) para que os moderníssimos cientistas actuais as adornassem com tanto conhecimento que se tornou quase impossível abarcar.
Então porque tem, hoje, o povo todo que lidar com um limite comum que de desconhecido só tem aquilo que teimamos em desdenhar? Porque neste mar encapelado do conhecimento surgem novas palavras (a saber, incompetência e impotência) que medram e desfazem a velhíssima relação entre organismos vitais, e que juntas se traduzem numa só, que não é nova mas tão velha como os eucariotas, que se designa por medo? Não sabemos nós que a única coisa que se consegue ao recear o inevitável é arruinar o presente? Novamente D. Diderot a inundar a reflexão…qual o papel da paixão pela aprendizagem em que o pensador tem que pisar a seus pés preconceitos e alianças de dominação autoritárias, ou seja, tudo o que deseja controlar o espírito de rebanho
À boa maneira de Robert M. Sapolsky (que no seu livro sobre a biologia humana nos transmite o que de melhor e pior acontece) vamos lá tentar decompor estes dias em que damos mais valor ao negativo (Trevas) do que ao positivo (Luz). Diz o Autor citado que o comportamento não começa no cérebro pois este é apenas a via final comum através da qual convergem todos os factores que criam o comportamento.

25 de abril de 2020

Pandemia do Medo

Com a devida vénia se transcreve:

Estamos perante a maior pandemia existente desde os primórdios da humanidade: colocou os aviões em terra e fechou as pessoas em casa, parou o mundo!
Não, não estou a falar da pandemia de Covid-19, que, até agora, de forma confirmada, afectou pouco mais de 2,5 milhões de pessoas, dos 7 mil milhões que somos, e causou a morte de cerca de 170.000.
Estou a falar do medo, esse monstro tenebroso que foi alimentado até à exaustão pelo alarmismo e disseminação do terror, numa escala sem precedentes, pelas redes sociais e pela comunicação social, cuja estratégia não olha a meios para atingir os seus fins.
O exibicionismo, apanágio das redes sociais, a pseudociência indiscriminadamente veiculada, pelos inúmeros pseudo-especialistas de tudo, que existem nestas redes, contribuíram activamente para a situação perniciosa em que todos nos encontramos hoje.
A mesma pseudociência que no campo da medicina, instiga as pessoas a não vacinarem as suas crianças, assistindo-se ao ressurgimento de surtos de doenças potencialmente fatais que há muito se encontravam controladas, a mesma pseudociência que aconselha a suspensão de medicamentos com eficácia testada e comprovada, para serem substituídos por sumos das mais variadas substâncias e dentes de alho. A mesma pseudociência que leva utentes a exigirem aos seus médicos exames estapafúrdios e sem nexo, medição de parâmetros em análises que nem existem ou irrelevantes e com custos elevadíssimos ( sim, para que é que servem 6 anos de curso de medicina e até mais 6 anos de especialidade se quaisquer 2 linhas que se leiam na Internet nos tornam especialistas em tudo!)
Essa pseudociência, de que se vangloriam milhões de pessoas por esse mundo fora, que nunca abriram um livro ou dedicaram sequer uma hora de estudo àquilo que vêm veicular para as redes sociais, alimentou o maior monstro de que há conhecimento na história da humanidade: O MEDO.

OS CRAVOS DE ABRIL


Com a devida vénia e respectiva autorização se transcreve este poema de Adilson Zotovici:

OS CRAVOS DE ABRIL

Versos em singela homenagem
A um  povo irmão e ordeiro
Lusitanos com amor, coragem,
Dissiparam velho nevoeiro

Disse o canto alvissareiro
Da “Grândula, vila morena”
O refrão tão verdadeiro
“O Povo é quem mais ordena”

Numa linguagem serena
Com fraternidade, brandura,
Soberania, igualdade plena
Por expressão sem clausura

Acima dos travos de amargura
Bravos com afã, em união,
Com Cravos Vermelhos e ternura
Nas ruas com elã, em aclamação

Vinte e cinco de abril a elisão
Da ditadura em verdade
Marco duma revolução
Social, cultural, à sociedade

E o Trovador da Liberdade
Autor da senha sobranceira
Comemora na eternidade
Sob a sombra da azinheira !

Adilson Zotovici

21 de abril de 2020

Ritual, Elemento de Transmissão


Transcrito, com a devida vénia e respectiva autorização, do Blogue “Jakim & Boaz”

Ritual, Elemento de Transmissão

O Nosso\Vosso «past-G.M.  Alain Pozarnik disse-me um dia, quando eu era Companheiro: "... não é o comprimento de uma prancha que produz sua solidez, mas sua espessura ..." Vamos entender por espessura o conteúdo sujeito à vossa reflexão construtiva.
"A transmissão não se trata apenas de transmitir um conhecimento, é também e acima de tudo, de despertar de atitudes. A Maçonaria fornece-nos as ferramentas simbólicas para tal. "
Através dessa frase, quase é dito tudo com a afirmação de que o RITUAL (seja qual for) é o elemento por excelência da transmissão. - No entanto, duas perguntas vêm automaticamente colar-se a este assunto: Porquê? e Como?.
- Para responder a isto, é necessária uma autópsia prévia para analisar a substância. Substância é realmente a palavra certa, porque não podemos ver na TRANSMISSÃO a comunicação de verdades essenciais pertencentes à TRADIÇÃO, sob uma forma que se faz ela própria da substância das verdades que ela veícula.
Parece-me muito difícil falar de TRANSMISSÃO sem combinar a sua identidade com TRADIÇÃO. Com efeito, o que é TRADIÇÃO se não um conjunto de verdades tanto de origem humana como sobre-humana que encontramos nas várias culturas, religiões, lendas, mitos… ,  e que se transmitimos.
A TRANSMISSÃO é, portanto, o conjunto de processos pelos quais essa TRADIÇÃO é transmitida de geração em geração, oralmente ou por escrito, entendendo-se que não é o conhecimento que é transmitido, mas somente o método. Esse conhecimento, sinónimo de Verdade, para o qual o iniciado vai  constantemente progredindo sem cessar  e sem nunca a possuir completamente, e que seria mais lógico falar de VIAS de Conhecimento.

10 de abril de 2020

ACIMA DAS CRENÇAS


Com a devida Vénia e respectiva autorização se transcreve mais um Soneto de Adilson Zotovici

ACIMA DAS CRENÇAS

Seja qual a Crença, o Rito,
Por todo canto ou região
No nosso planeta bendito
Reine a paz, o amor, a união...

Com padecer também escrito
Toda paixão, resignação,
Por Caridade e Fé suscito
A Esperança na Renovação

Assim, não há qualquer conflito
Apenas global reflexão
Sobre amor fraterno, infinito

Alegria, brandura, perdão
Nesse  dia fecundo adstrito
A Páscoa, à Ressurreição !

Adilson Zotovici

21 de março de 2020

Equinócio da Primavera 2020


O Equinócio da Primavera ocorreu no dia 20 de Março às 03:50 horas. Este instante marca o início da Primavera no Hemisfério Norte. Esta estação prolonga-se por 92,789 dias até ao próximo Solstício que ocorre no dia 20 de Junho às 22:44 horas.
Os equinócios ocorrem duas vezes por ano, na primavera e no outono, nas datas em que o dia e a noite têm igual duração. A partir daqui até ao início do outono, o comprimento do dia passa a ser maior do que a duração da noite, devido ao Sol percorrer um arco mais longo e mais alto no céu todos os dias, atingindo uma altura máxima no início do Solstício de Verão.
É a celebração de um novo Ciclo, o da Renovação.

16 de março de 2020

"Sobre la Degeneración del Conocimiento Iniciático"


Com a devida vénia e na Língua original trascrevemos da Revista Retales de masonería – No 105 – Marzo 2020, o artigo do venerável Irmão Melki-Tsedek com o Título "Sobre la Degeneración del Conocimiento Iniciático"

A ignorancia de un elevado número de los hombres en nuestra época, ha traído como consecuencia la
degeneración del conocimiento iniciático, produciendo una “miopía” intelectual1 característica de este último periodo del ciclo de la presente humanidad terrestre en el que nos encontramos2; esta ignorancia puede resumirse en suma bajo el nombre común de incomprensión; pero debe entenderse bien que soportar esta incomprensión no implica de ningún modo que uno deba hacerle concesiones, ni que deba abstenerse de rectificar los errores a los que da nacimiento. Los iniciados, y en especial los maestros en las logias (o sus equivalentes en otras tradiciones), deben cumplir un rol preponderante en todo esto. De acuerdo con un Principio Cosmológico y Tradicional de
las “Casta”3 (llamada Vârna en Sánscrito) los Maestros encarnan la clase Sacerdotal (Brâhmanes) -ya casi desaparecida en todo el mundo4 -; y todo “Sacerdote”5, tiene como misión: la conservación, la trasmisión y – sobre todo – la protección del conocimiento tradicional; esto último implica
que se debe evitar que este conocimiento caiga en manos de personas “no cualificada” (no apta para la iniciación), así mismo, debe evitar que se degenere dicho conocimiento; y es precisamente lo que está ocurriendo, dada la inclusión de elementos de índole profano (sociales, morales, sentimentales, democráticos, igualitarios, progresistas, académicos, científicos y filosóficos entre otros) que están causando mucho daño al conocimiento tradicional y en especial al iniciático. La inclusión del falso principio iniciático de la “tolerancia” – en especial en la masonería donde ha calado mucho – ha facilitado tal proceso degenerativo.

6 de março de 2020

Da Perpendicular ao Nível, até à Pedra Cúbica


Da Perpendicular ao Nível, até à Pedra Cúbica

Tal como referi (Editado pela Comissão Editorial do Blogue) anteriormente em (Editado pela Comissão Editorial do Blogue) “O Tapete da Loja – Grau de Companheiro”  …enquanto maçom aprendiz depois do difícil trabalho de desbastamento da pedra bruta, foi-me, generosamente, concedida a possibilidade de prosseguir para os desafios destinados aos irmãos Companheiros, aceitando a missão de polir a pedra que procurei, tanto quanto me foi possível, desbastar enquanto aprendiz. 
De facto, o trabalho de polimento representa, simbolicamente, um processo de transformação, cujo objectivo consiste em transformar a pedra bruta numa pedra Cúbica, com vista a erigir uma construção perfeita, sendo que essa construção constitui um desafio de aperfeiçoamento permanente, em que o Maçon se propõe superar as limitações e os apelos da vida profana, procurando, incessantemente, a luz e a sabedoria de modo a incorporar, entre outros, os princípios da Igualdade, Liberdade e Fraternidade que norteiam a maçonaria de uma forma global. 
Neste contexto, é indispensável o trabalho em Loja, uma vez que constitui, tal como referi, em trabalho anterior, um santuário de aprendizagem mútua onde se aprende a exercitar a inteligência, a usar a razão, a praticar o bem e a justiça, e a aplicar as sábias leis da natureza. A loja é, sem dúvida, um espaço de trabalho, debate e aperfeiçoamento pessoal e colectivo.
Com efeito, a passagem da perpendicular ao nível representa, para o Companheiro, o início de um novo desafio, cujo objectivo central consiste em atingir a plenitude maçónica.

O Companheiro (no segundo grau do percurso maçónico) é iluminado pela Estrela Flamejante e para chegar a este grau precisou de realizar cinco viagens que descrevi com detalhe no traçado acima referido
No que respeita à Decoração do Templo no painel do Companheiro é de sublinhar a Oriente a Estrela radiante de cinco pontas com a Letra G no centro. A Ocidente, as paredes do Templo integram Cinco Quadros com as inscrições correspondentes relacionadas com cada uma das cinco viagens supra mencionadas.