Fiquem vocês sabendo que, muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão de novo as grandes alamedas por onde passe o homem livre, para construir uma sociedade melhor.

(Últimas declarações de Salvador Allende ao povo chileno a 11 de Setembro de 1973, quando os aviões dos generais fascistas já bombardeavam o Palácio de La Moneda)

26 de novembro de 2017

COMO TAL

Com a devida vénia e respectiva autorização transcreve-se mais um Soneto de Adilson Zotovici

Prática da Maçonaria
Eu diria providencial
Pois perene, o Olho é vigia
Por todo canto, imparcial

Fanatismo, idolatria
Envaidecimento  pessoal
Distancia da filantropia...
Não decoram o lhano avental

Só bons costumes dia a dia
Com amor e humildade afinal
Sem soberba e hipocrisia ;

Um livre pedreiro , um igual,
Não ser o tal  na confraria
Mas...reconhecido como tal

Adilson Zotovici

24 de novembro de 2017

Jantar-Debate


Grémio Universalis

O PODER DO DINHEIRO
no séc. XXI
 
Jantar-Debate
Prof. Doutor Jorge Landeiro
Terça-Feira, 28 de Novembro, 20.30H
Hotel Real Parque
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Lisboa
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Inscrições: barreiras.antonio@gmail.com - 937269529

12 de novembro de 2017

Curiosidades Maçónicas: Origem da Palavra «Freemasons»


Traduzido, com a devida vénia, da Revista Pietre-Stones, Review of Freemansonry, sendo a tradução da responsabilidade da Comissão Editorial deste Blogue, logo, qualquer erro detectado é atribuído ao mesmo.

O primeiro uso conhecido da palavra Pedreiros-Livres (Freemasons )- na forma Maçom, sem hífen (Free Masons) - ocorreu na Cidade de Londres (Letter-book H de 9 de Agosto de 1376), embora a palavra tenha sido de facto excluída, surgindo Maçom (Mason) em sua substituição.
Os Maçons (Masons) e os Pedreiros-Livres (Freemasons) foram sujeitos a intercâmbios durante os séculos 15 e 16 e os Pedreiros-Livres (Freemasons) estavam, em geral, destinados a cortar segmentos da pedra, sendo usada a palavra Maçom (Mason) para designar todos os trabalhadores da pedra.
 E. Ashmole, no seu diário, escreveu que ele foi feito um Maçom (Free Mason) passando a pertencer, em 1686, à "Comunidade de Maçons Livres" (Fellowship of Free Masons).
 James Anderson ao escrever suas Constituições de 1723 não usou uma única vez a palavra Pedreiros-Livres (Freemasons). Quaisquer que sejam as razões, as Constituições de 1723 contêm aproximadamente 126 referências a Maçons, sob as formas, a saber: Maçons, Maçons Livres e Aceitos e nenhuma referência aos Pedreiros-Livres (Freemasons), sendo de tal forma intensa a tenacidade da tradição que até hoje a maioria das Constituições são dirigidas a maçons livres e aceitos e aos maçons não aceitos.
O folheto antimaçónico mais antigo, de 1698, adverte o público contra "aqueles chamados de Maçons Livres" - quase certamente o que agora sabemos como francos-maçons ditos especulativos.

4 de novembro de 2017

LIÇÃO DAS JOIAS


Mais um Soneto do Ir.'. Adilson Zotovici

Movem as joias do canteiro !
Com rigor, com equidade,
Que um mestre sobranceiro
As reveste com vontade

Passa um dia, ano inteiro ,
Com a oportunidade
De servir à cada obreiro
De exercer fraternidade

Cada cargo, passageiro,
Que se cumpre sem vaidade
Que todo igual é herdeiro

Mas creio que na verdade
Mostra ao livre pedreiro...
Grande lição de igualdade !

Adilson Zotovici

3 de novembro de 2017

A Vida Comunitária em Loja e o Simbolismo das suas Funções


Este será mais um traçado que não poderá ser considerado de Instrução, pois apenas pretende percorrer pistas que necessitarão de ser aprofundadas com um rigor reflexivo para nos guindar à Luz, Luz esta, que tem uma tripla pronúncia: amor, conhecimento e trabalho que, como escreveu Daniel Béresniak, …são indispensáveis sem que nenhum deles possa ser privilegiado ou posto de lado para se não correr o risco de se tornarem paródias
Assim, e sabendo nós que uma Loja designa uma comunidade de francos-maçons que se reúnem à volta do Templo numa perspectiva simbólica, podemos começar, usando a analogia como procedimento essencial do pensamento simbólico, por imaginar que o ser humano é um microcosmos e o universo o macrocosmos representando o Templo a intimidade entre estes dois opostos, ou seja, comecemos por tentar racionalizar e compreender a obra humana (nas vertentes racional, imaginativa e intuitiva) para a situar no universo. Esta relação entre sonho e realidade é feita decifrando os símbolos de modo a proporcionar a verdadeira libertação da dicotomia objectividade/subjectividade.
Para que se …reúna o que está esparso…,é necessário que esta vida comunitária, aqui expressa na Loja/Templo, tenha regras surgindo assim a funcionalidade bem visível nos Ofícios e Oficiais que a compõem. É desta funcionalidade e suas implicações que vos quero falar.
Convém recordar que as viagens são um dos princípios essenciais do ensino iniciático e se as cito é para remarcar que nenhuma pessoa deve permanecer numa função durante demasiado tempo para se não correr o risco de esquecermos as três facetas de uma função: fazer, proteger e ensinar. As funções de uma vida comunitária foram-se buscar às das sociedades humanas, tanto no plano material como espiritual com a particularidade de, na F-M serem fraternas, quer dizer, sem primazia de nenhuma delas sendo todas importantes, como na construção de um edifício em que uma pedra sustenta a outra sem nenhuma delas, isoladamente, ser superior à outra. É claro que há uma hierarquia, nunca no sentido profano em que as diferenças geram conflitos. Aqui, o V.’.M.’. cessante passa a G.’.Int.’. numa demonstração de grande humildade e igualdade, ou seja, cada um cumpre o seu papel numa ordem programada e útil ao funcionamento onde a cada um dos Oficiais cabe uma função específica que se for correctamente cumprida toda a Loja fica beneficiada.

Independentemente dos Ritos (em que o número de Oficiais varia consideravelmente) há em todos uma tríade fundamental: V.’.M.’.,1º e 2º VVig.’. (as chamadas Luzes da Loja) e uma grande variabilidade nas restantes funções podendo ir desde os dez Ofícios no R.’.E.’.A.’.A.’. e Francês aos oito nos de Menphis-Misrain ou ainda como nos Ritos anglo-saxónicos (Emulação e York) que tem 8 obrigatórios e sete não obrigatórios. Quanto à denominação dos Ofícios a mesma variabilidade se mantém (por exemplo nos ritos anglo-saxónicos não há Ir.’. Orad.’.) mas o que interessa saber é que todos os Rituais são discutíveis por serem baseados em rituais mais antigos que foram sendo descontextualizados e adaptados às realidades do espaço e tempo de cada época. Remarco que as diferenças entre eles são apenas superficiais mas o ensino é o mesmo, ou seja, aprender a separar o trigo do joio que é captar a unidade fundamental do espírito humano para se abrirem as portas do saber e do progresso, e isto sem prepotências (um conjunto de Lojas constitui uma Obediência e não uma Potência), quer espirituais quer materiais.

2 de novembro de 2017

Efemérides-Novembro


Transcrito, com a devida vénia e repsectiva autorização, do LIVRO DAS EFEMÉRIDES – HISTÓRICAS, POLÍTICAS, MAÇÓNICAS E SOCIAIS - 2016
Daniel Madeira de Castro Página 519


NOVEMBRO
1721 — Criado pelo maçon sueco, Emmanuel Swedenborg (29/1/1688), o Rito Swedenborg, desenvolvido com oito graus, em que os últimos cinco são de inspiração bíblica.
1773 — Processo da justiça maçónica contra Diego Lagrange, maçon, que preso em Cádis e com seus bens confiscados, confessou o nome de quarenta maçons em Lima, atual Peru.
1787 — O comerciante francês François Gilles era suspeito de ser maçon, em face das suas frequentes deslocações ao nosso país, em 1791/2 teve papel relevante de promoção da Maçonaria em Portugal juntamente com Jean Josset d'Orquigny, Jean Batiste de la Marche, Cavaleiro de Feron, sendo provável que tenha sido V.M. duma loja em Lisboa.
1821 — Primeira lista conhecida de treze lojas do G.O.L., onze em Lisboa e duas no Porto.
1849 — Medida a velocidade da luz, a 313.240 kms/s, por Armand Fizeau.
— Utilizado pela primeira vez o cimento armado, por Joseph Manier.
1873 — As cidades rivais de Buda e Peste foram unidas a formaram a atual capital da Hungria, Budapeste.
1902 — J. M. Bacon atravessou de balão o canal da Irlanda.
1903 — O Partido Social Democrata Russo no Congresso de Londres dividiu-se em dois, os mencheviques (Plekhanov) e os bolcheviques (Lenine).
1909 – Publicado em Coimbra o primeiro número do Folhas Novas, que durou cinco números até abril de 1910, editado e dirigido por Floro Henriques, "… O plano d’estas folhas nasceu d’um grupo de homens de acção, que determinaram pôr por obra os seus ideaes, fazendo-os circular por toda a parte, sobretudo entre a gente do campo, onde a verdade é, quasi sempre, aquillo que o padre quer" é “um dos raros exemplos do esforço de propaganda laicista especificamente orientada para a “gente do campo, onde a liberdade é, quase sempre, aquilo que o padre quer” (do editorial). Num universo marcado pelo analfabetismo e pelo catolicismo, como era o mundo rural, alguns republicanos e socialistas procuravam difundir os seus ideais, não se limitando às cidades”.
1911 — Congresso Anarquista Português, discutiu-se a presença do anarquismo nos meios sindicais, prevalecendo a orientação que apostou na doutrinação do sindicalismo, secundarizando a intervenção nas organizações sindicais.
1922 — Os comunistas foram obrigados a romper com a maçonaria, uma decisão do 4.° Congresso do P.C.U.S., Manuel Alpedrinha e Victor Hugo Velez Grilo, militantes do P.C.P., entre outros, abandonaram a maçonaria.
– Publicado o primeiro número da revista quinzenal Cruzada Nacional de Nun’Álvares, orgão doutrinário da Cruzada Nun’Álvares, organização nacionalista, monárquica e reacionária, dirigida por João Afonso de Miranda, que durou até 1938. Identificada com o catolicismo social e corporativismo associativo, bases do Estado Novo, autoritária e antiliberal, abrangendo nesta plataforma reacionária de várias individualidades do campo sidonista aos monárquicos integralistas e dos católicos aos principais interesses económicos então instalados agrupados à volta de Moses Amzalak, passando por personalidades do campo cultural e literário "declarada ruptura com a legalidade republicana, cuja concretização era insusceptível de ser posta em prática senão fora do quadro constitucional então vigente". 1925 – O G.M. Domizio Torrigiani eleito em 1919 pelo G.O. de Itália emitiu um decreto suspendendo os trabalhos maçónicos, foi preso em Lipari e assim se manteve até às vésperas da sua morte em 1932.
1927 – Publicado o primeiro número do jornal republicano clandestino A Victória, "Nesta hora de fé, entusiasmo, de acrisolado amor pela Pátria, é-nos grato gritar, vibrantemente: PELA REPÚBLICA! PELA LIBERDADE! PELA CONSTITUIÇÃO! A luta, a batalha, o triunfo dos nossos ideais, estão
próximos! Exercito, marinha, tudo quanto sinta vibrar dentro de si amor patrio: Ás Armas! Viva a República!".
1937 — O decreto lei n° 28219 regulamentou a necessidade da licença para uso de isqueiro na via pública, sujeito a multa, abolido em maio de 1970. Os estudantes caricaturavam esta lei, acendendo cigarros, com um pedaço de telha sobre a cabeça, para "estarem debaixo de teto".
1940 – Após a ocupação da Bélgica pelas forças alemãs fascistas, a Maçonaria e as suas lojas cessaram a sua atividade, como já havia sucedido na Holanda.
1958 — O G.O. de França e a G.L. de França desenvolveram um projeto de fusão das duas potências maçónicas, que fracassou.
1961 — Fundada a G.L. da Índia, com o G.M. Syed Raza Aga Khan, Nabab de Rampur.
1970 — A A.R.A., liderada por Jaime Serra, braço armado do P.C.P. fez explodir bombas junto da Escola Técnica da P.I.D.E., em Sete Rios, junto ao Centro Cultural Americano e a bordo do navio Niassa, que era utilizado para o transporte das tropas para a guerra colonial.
1995 — O papa João Paulo II declarou irrevogável a proibição do sacerdócio feminino.
2003 — Ordenado na igreja episcopal anglicana nos E.U.A., o bispo Gene Robinson, assumidamente homossexual, meses depois a mesma igreja no Canadá celebrou casamentos gays e lésbicos, abrindo uma crise, entre ortodoxos e liberais.

Daniel Madeira de Castro, M.'.M.'.