Fiquem vocês sabendo que, muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão de novo as grandes alamedas por onde passe o homem livre, para construir uma sociedade melhor.

(Últimas declarações de Salvador Allende ao povo chileno a 11 de Setembro de 1973, quando os aviões dos generais fascistas já bombardeavam o Palácio de La Moneda)

30 de junho de 2021

CONVITE

 - CONVITE

Forum sobre o tema: “ Maçonaria!... e depois da pandemia ???”

A “ Confraria  Maçons em Reflexão “, do estado de  Minas Gerais-BR, que se reúne virtualmente e congrega irmãos regulares de diversas Lojas e ritos, de potencias ou obediências de todo Brasil, dedicada aos estudos maçônicos através de seus membros, professores, escritores, poetas, palestrantes, tem a honra de convidar nossos amados irmãos maçons portugueses  para o  Forum sobre  o  tema  “ Maçonaria!...e depois da pandemia ???” que será desenvolvido pelos confrades, reconhecidos e notáveis palestrantes, escritores, poliglotas, eruditos irmãos ,Newton Agrella  e  Michael Winetzki, mediado pelo professor Celso Ricardo de Almeida, que será realizado no dia   7 de Julho de 2021 às 19:45h ( Brasília-Brasil ) pelo aplicativo ZOOM ID 835 3174 7442 Passcode 107625

A presença, ainda que  à distância, dos sapientes irmãos portugueses, trará ao evento um brilho especial, pelo que somos gratos.

Adilson Zotovici – confrade/administração


 

21 de junho de 2021

VELHO NÃO,...ANTIGO !

 


VELHO NÃO,...ANTIGO !

Com discrição, empatia,

Eu compartilho contigo

Lição da maçonaria

Meu caro irmão e amigo


Ligeiro qual ventania

Passa o tempo que bendigo

Que o Grande Arquiteto e Guia

Nos dá, e feliz eu sigo


Num paradoxo a magia

O tempo não é inimigo...

É feitor da sabedoria


“Não se envelhece” predigo

Torna-se com eutimia

Sábio livre pedreiro ”antigo” !


Adilson Zotovici

Solstício de Verão 2021

 


O Solstício de Verão ocorre no dia 21 de Junho de 2021 às 04h32min, marcando o início da estação no hemisfério Norte. O Verão prolonga-se por 93,66 dias até ao próximo Equinócio, a 22 de Setembro de 2021.

Festa pagã em que se celebra o fim e o início de um novo ciclo tão caro aos Iniciados.

13 de junho de 2021

DIALÉCTICA E MAÇONARIA, PORQUÊ E O QUÊ?

 


DIALÉCTICA E MAÇONARIA, PORQUÊ E O QUÊ?

Porquê? Fundamentalmente por duas razões, a saber: em primeiro lugar porque não pertenço ao número dos NN∴QQ∴IIr∴ que já sabem tudo e que facilmente se empolgam nas certezas que definem, quer a N∴A∴O∴ quer o conceito de Dialéctica, antes pelo contrário, sou um seguidor do saber não sabido (tão caro a S. Freud), motivo pelo qual me vou dedicar, primeiro ao estudo do paralelismo/antagonismo entre Maçonaria e Dialéctica, e de seguida partilhá-lo convosco na medida em que os ecos dos outros são sempre bem-vindos, apreciados e indutores das respectivas correcções; Em segundo lugar porque me lembro sempre de F. Nietzsche que ditou para a posteridade estas palavras:…um pensador pode não aprender nada de novo, mas tem a obrigação de ir até ao fundo na descoberta daquilo, que para ele, é coisa assente…, o recado subtil que estas palavras encerram ajusta-se perfeitamente ao objectivo deste traçado.

O Quê? Também por duas razões: Na primeira citarei (Editado pela Comissão Editorial do Blogue) que diz…A Maçonaria é uma Ordem Universal, filosófica e progressiva, fundada na Tradição iniciática, obedecendo aos princípios da Fraternidade e da Tolerância, constituindo uma Aliança de Homens Livres e de Bons Costumes, de todas as raças, nacionalidades e crenças…, e na segunda farei um breve resumo da história da dialéctica baseado no livro “La Dialectique” de Claude Bruaire que passo a expressar: a Dialéctica não é senão habituar-se ao discernimento provável, recusar a confusão das premissas, eliminar sofismas e a indecisão concluindo com a razão que daí resulta. Parece simples este conceito, mas do senso múltiplo ao conceito unívoco muita água passará por debaixo da ponte. 

Vamos esmiuçar: a razão deve enunciar a realidade com exactidão, adequação e universalidade, e esta é a fórmula-mãe do diálogo filosófico, e o estatuto dialéctico não importa tanto aos jogos da linguagem mas mais à capacidade de exprimir o que é, logo, por um lado o que é inefável e indeterminado é inacessível à linguagem e por outro lado a verdade não é um dado imediato e não nos é dada de modo instantâneo ou directo, assim, só através da linguagem conceptual e do discurso racional se pode atingir a Luz chamando-se a isto o prelúdio da dialéctica.


Recordemos que antes da invenção da lógica não havia senso conceptual, apenas o senso empírico e directo, daí os Idealistas terem proposto que o pensamento está aprisionado pelo corpo que usurpa o poder do conhecimento, ou seja, é a Era de Platão em que o diálogo dialéctico só abordava o saber das aparências, tratando-as como aparências e debatendo o pensamento com ele mesmo sem verificação, ou seja, a vaidade era o sumo da dialéctica, por se considerar que o que vinha do exterior não passava de um conjunto de opiniões estéreis.

Felizmente que a seguir veio Aristóteles (com o seu Organon) que definiu a dialéctica como um debate consigo mesmo mas, consigo mesmo, dar uma chance às correntes diferentes e contraditórias, quer dizer, conduzir-nos para lá de nós próprios apesar de ser um caminho solitário. Uma coisa é certa, se a razão discursiva levar a uma ciência demonstrativa, a dialéctica fica de fora por esta navegar na interrogação e no provável, ou seja, a nobreza da dialéctica está na investigação pelo debate salientando as oposições (a famosa negação da negação) e, sobretudo, fixa-se onde a ciência é muda. Tal como na maçonaria, a dialéctica abre a verdade que não consegue ser dita.