Fiquem vocês sabendo que, muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão de novo as grandes alamedas por onde passe o homem livre, para construir uma sociedade melhor.

(Últimas declarações de Salvador Allende ao povo chileno a 11 de Setembro de 1973, quando os aviões dos generais fascistas já bombardeavam o Palácio de La Moneda)

29 de março de 2016

Correntes Antimaçónicas: Breve Resumo Racional


Se há assunto, ideia, matéria, teoria ou prática onde a Franco-Maçonaria se sente à vontade, por possuir armas e argumentos válidos, é precisamente no terreno dos Contrários. É que desde a tradição Hermética à moderna Instrução, o Maçom é orientado para uma racionalidade espírito/material que o dota particularmente para analisar e colocar em prática a Construção Ideal, daí ter-me lembrado que valia a pena, embora resumidamente, percorrer os caminhos das Correntes Antimaçónicas que, quer queiramos ou não, tiveram uma preciosa influência no nosso percurso enquanto Ordem Universal.

Parecem ter surgido no início do Séc. XVIII em paridade com o crescimento da Maçonaria dita Especulativa, e em várias regiões do globo, cada uma delas apresentando circunstâncias regionais e continentais. Esta dimensão internacional do que se considera o antimaçonismo primário é muito ambígua no sentido em que as suas formas e tendências se apresentaram sob a forma de ultrajes e vinganças com grande simplificação sendo a maior parte delas sem fundamento estruturado, coerente e apenas montadas em campanhas ignominiosas em que o plano escondido é um ataque político-social provocado pelo sentimento de perda do absolutismo, quer temporal quer espiritual da época ou, como diriam os psicanalistas, uma reacção afectiva de origem neurótica, ou seja, o principal factor não é apenas a mudança mas o medo dessa mudança, da distância crítica e da adaptação a novos ideais em que se sentem desenraizados.

Por questão de metodologia abordaremos as origens destas correntes antimaçónicas em França, EUA, Roma Pontifica, Espanha e América Latina de um modo mais substancial que já vão tornar pesado este traçado e mais ligeiramente as que grassaram na Bélgica, Turquia, Inglaterra, Escandinávia, Rússia e tantas outras regiões.

17 de março de 2016

Afonso Gundar, porquê?


Uma primeira resposta e opção: sem referências a vultos da ciência, da arte, da literatura, da política. Antes, origens.
Sem grandes referências históricas ou filosóficas. Só origens, ciente que transportamos no nosso código genético isso mesmo.

Ora, quais são as minhas origens? Uma, a familiar. Outra a nacionalidade.
Da família haverá pouco, ou muito, a dizer mas, sobre isso, não perderei tempo, tal é a sua ligação à administração de um País em construção, a sua dimensão e a dispersão determinada pelas funções de cavalaria a que era chamada pelos reis de Portugal.

Da família, de Gundar, de nome Men de Gundar, um fidalgo asturenho que acompanhou o Conde D. Henrique, em serviço da Rainha Dª Teresa, tendo como missão servi-lo na gestão do Condado Portucalense.

D. Mem de Gundar, segundo o que se sabe, pertencia ao mais alto grau da nobreza, integrando o conselho privado de monarcas. Foi Alcaide-Mor de Celorico de Basto, fundador do mosteiro da Ordem de São Bento e senhor de São Salvador de Lafões, da Quinta das Rosas e da Vila do Rego.
Da outra, a nacionalidade, também origem, a homenagem ao que considero o primeiro português: aquele que sonhou e realizou Portugal.
Ora, são estas as minhas referências a Gundar e a Afonso.

O primeiro, perdido no tempo e na história de família, já com uma nova noção de nação/estado, através de seu neto, que lhe sucedeu em todos os títulos e propriedades, antes Lourenço Eanes Gundar, adoptou para si o nome de Lourenço do Rêgo, provavelmente por influência de uma das suas regiões geridas.