Fiquem vocês sabendo que, muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão de novo as grandes alamedas por onde passe o homem livre, para construir uma sociedade melhor.

(Últimas declarações de Salvador Allende ao povo chileno a 11 de Setembro de 1973, quando os aviões dos generais fascistas já bombardeavam o Palácio de La Moneda)

18 de abril de 2017

Museu Maçónico


Membro Institucional do ICOM (International Council of Museums). Vale a pena visitar (De 2ª a 6ª Feiras, das 14.30 às 17.30H)!



4 de abril de 2017

Lojas de S. João

MM.’.QQ.’.IIr.’. Este não vai ser um traçado de instrução por isso implicar um estudo profundo dos factos históricos, simbólicos e ritualísticos relacionados com o tema que vos vou propor. Vai ser, apenas, uma lasca da pedra bruta a ser burilada com a finalidade de enriquecer a mim próprio e a todos os MM.’.QQ.’.IIr.’. se assim o desejarem.
Tradicionalmente, as Lojas Azuis são chamadas de Lojas de S. João, bem expressas nos trabalhos do Grau de Apr.’. que todos sabem de cor e salteado.
E logo várias perguntas se impõem: por que razão são assim designadas numa época em que a F-M se exibe laica e não enfeudada à religião? Porquê a razão de os F-M celebrarem os dias festivos de 24 de Junho e 27 de Dezembro? Porquê, seguindo a tradição operativa do reconhecimento entre IIr.’. com perguntas e respostas, eles respondem que …vêm de uma Loja de S. João…?
Por questões de metodologia abordarei este assunto, primeiro sob a perspectiva dos factos históricos e de seguida as possíveis interpretações simbólicas e ritualísticas.
 
1-FACTOS HISTÓRICOS
 
Começo por vos dizer que, segundo alguns estudiosos da tradição maçónica, a 1ªLoja, ou Loja Mãe, foi convocada em Jerusalém dedicando-se a S. João, primeiro o Baptista, depois o Evangelista e, posteriormente, a ambos (não há documentos históricos que o comprovem, apenas lendas).
 Sendo esta a convicção dos que afirmam a grande influência da tradição judaico-cristã na tradição maçónica, quero crer que devemos ir mais além (neste caso mais atrás recuando aos factos percursores da referida tradição judaico-cristã) por haver poucas dúvidas que as celebrações de 24 de Junho (o Baptista) e 27 de Dezembro (o Evangelista) têm como base as festas pagãs dos solstícios onde eram celebradas, quer a regeneração (ou um 2ª nascimento) quer o caminho entre os ciclos, sendo mesmo considerados como o Conhecimento em todas as civilizações pré-abraâmicas.
 Zénite e Nadir, afirmavam os que conheciam as Leis dos Astros mas a dinâmica espácio-temporal não se ateve à materialidade prosseguindo o seu correlato (a espiritualidade) numa senda que nos obriga a recordar a história de cada S. João que a F-M adoptou.Primeiro S. João Baptista, filho de Zacarias e Isabel (prima de Maria), ambos estéreis, logo considerado o seu nascimento como um milagre pois não era esperado, atribuíram-lhe o papel de percursor dos caminhos de jesus, o Cristo, baptizava no Rio Jordão, pregava a renúncia, o arrependimento, a fraternidade, justiça e o combate à tirania tornando-se mártir.

O Nome que Escolhi para Integrar o Universo da Maçonaria



Inspirado em alguém com quem tive o privilégio de conviver até aos meus 23 anos de idade e que foi determinante na forma como vejo e interpreto o mundo em geral, designadamente, os meandros do poder, da política e da economia dominantes, em oposição à ideia de sustentabilidade e de responsabilidade social que tenho procurado incorporar no meu comportamento quotidiano e reflectir nos meus artigos e trabalhos académicos.
Com efeito, refiro-me ao meu avô, (editado pela comissão editorial do blogue) que nasceu no Funchal, filho de (editado pela comissão editorial do blogue), de seu nome solteira, e de, (editado pela comissão editorial do blogue) família burguesa de ascendência nobre, pelo lado da mãe, que remonta a um tal (editado pela comissão editorial do blogue), cobrador de rendas da Ordem de Cristo no século XV, e que por aquelas ilhas possuía terras e deixou família.
O ambiente familiar era, no entanto, de tradição liberal, tendo o seu irmão mais velho, meu tio-avô, (editado pela comissão editorial do blogue), sido um conhecido como republicano radical e advogado de nomeada no foro lisboeta.
O meu avô, (editado pela comissão editorial do blogue) que veio a adoptar o pseudónimo de Meridional, nome com que ficou conhecido no movimento libertário, mudou-se para Lisboa em 1912 e foi no continente que fez toda a sua vida adulta. Terá tido o seu primeiro contacto com o anarquismo com quinze anos, quando, em casa seu pai trouxe um dia um panfleto de propaganda e o assunto foi comentado.

2 de abril de 2017

TEMPLO NOVO





Vilmente assassinado na Porta Oriental
O Mestre legou as Ferramentas para a Construção
Cujos alicerces se edificam desde então
Baseando-se numa hierarquização natural.
Os Aprendizes (Livres e de Bons Costumes) na Iniciação
Se introduzem cumprindo Ritos sem igual,
E abraçam Companheiros com total gratidão
Dando sentido ao Eterno que se torna essencial.


O acesso à Sabedoria é metódico
Expressando-se em múltiplas formas
Com o objectivo de impedir o caótico
E sôfrego individualismo sem normas
Fraternas e Universais no sentido filosófico.

Corresponder às interrogações humanísticas
Sendo Livres é procurar o progresso,
Rebater a Ignorância e regras apriorísticas
À custa da elevação do Direito e Justiça é um sucesso,
Destronar a tirania e as preconceituosas místicas
Saboreando a Verdade e a Razão sem retrocesso
É darmos as mãos saudando a Tolerância
Que destronará o que não terá importância.

Espalhar Sinais e Símbolos
Para que nos reconheçamos
Só é secreto para os tolos,
O que sentimos abraçamos
Numa discrição reservada
Da Palavra Perdida mas procurada.

Se a sepultura foi bafejada
Pela Acácia revelando pureza,
Se o Compasso define a desejada
Guarita, então, de certeza
Nos uniremos num Cordão Nodoso
Inseparável, livre e frutuoso.