Fiquem vocês sabendo que, muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão de novo as grandes alamedas por onde passe o homem livre, para construir uma sociedade melhor.

(Últimas declarações de Salvador Allende ao povo chileno a 11 de Setembro de 1973, quando os aviões dos generais fascistas já bombardeavam o Palácio de La Moneda)

25 de dezembro de 2017

NOITE LOUVADA


Com a devida vénia e respectiva autorização mais um poema de Adilson Zotovici


A dizer-vos muito tenho
A pedir-vos quase nada
D’emoção não me contenho
Nessa noite encantada !

A Vós , óh Senhor, eu venho
Com minha voz embargada
Agradecer-vos me atenho
Por nossa feliz jornada

Manjedoura  imaculada
Um inefável engenho
A terra iluminada

Nessa data Consagrada
Graças, Graças, com empenho
É NATAL...noite louvada !

Adilson Zotovici

23 de dezembro de 2017

Natal 2017


A comissão Editorial do Blogue deseja Boas Festas a todos os seus leitores e colaboradores.
A Quadra Natalícia tem vários significados esperando que os humanos, quando querem, façam aquilo que tão bem sabem fazer, a saber: o respeito mútuo por todas as interpretações.


Procura Iniciática, Transmissão e Ritual - reflexões


I – Introdução

O caminho que nos é proposto no dia da nossa Iniciação tem por fim  fazer-nos passar  dum estado considerado "inferior" a um estado "superior “ de consciência, lançando a ponte para o contínuo aperfeiçoamento interior, a caminho do Conhecimento e da Luz,  que deve guiar todos os Maçons. Isto é verdade para todos os Ritos, por forma a  admitir e elevar os seus adeptos a um grau de conhecimento de certos  mistérios, pela entrega das chaves que dão acesso aos  dados fundamentais,  traçando o caminho a seguir para alcançar as  etapas   progressivas  desse mesmo  conhecimento.
Este  percurso exige um caminho  que desce  até o fundo de nós mesmos,   via do Conhecimento,  indo de " nós mesmos para nós mesmos”.  Daí a importância dos Ritos  de Iniciação e dos Mitos, que representam  os perigos,  as armadilhas  a evitar para alcançar a visão salvadora do Ser, mas não a do Ter.   Daí os perigos dum caminho iniciático, de cariz marcadamente pessoal , caracterizado pelo acesso individual e único, aliado à  compreensão dos símbolos,  fora  de todo o método ou "escolas" tradicionais…
Segundo D. Béresniak (7) : “Enfrentar o medo é uma constante de todos os Ritos Iniciáticos de todos os tempos sendo a sua abolição a primeira etapa para o Despertar. Moral, conhecimento e amor são indissociáveis deste processo”…. “A reflexão sobre os símbolos é o trabalho mais importante que se efectua na Maçonaria não esquecendo que a leitura e a escrita são formas superficiais de uma conversação”.
No desenvolvimento da procura iniciática, o Ritual desempenha um papel primordial,  mas apesar da sua inquestionável importância, não será o único vector a ter em conta, já que apesar de representar o guia e o fio condutor do trabalho maçónico em Loja, o objectivo da procura iniciática não se restringe estritamente a ele.
O trabalho que procurámos estruturar é um tributo a dois reconhecidos autores e estudiosos maçónicos, I. Mainguy e Victor Guerra (felizmente ainda vivos) para além do (para nós) sempre presente D. Béresniak, (conforme indicado na bibliografia). Representa uma ligação entre perspetivas independentes, mas que se complementam, construindo o fio condutor do caminho que perspectivamos. Deste modo os erros ou inconsistências que possam existir, serão por certo da nossa inteira responsabilidade.

Atenda-se (e entenda-se) que o Simbolismo maçónico é o elemento  fundamental do pensamento  iniciático,   de que não se pode fazer  uma intelectualização redutora.  Deve ser acima de tudo um processo de conhecimento e o instrumento da transformação interior do homem.   Enquanto que a linguagem da razão é necessáriamente limitada, "o Simbolismo,  enquanto suporte da  intuição transcendente, abre possibilidades verdadeiramente ilimitadas" (René Guénon, «Perspectivas sobre a Iniciação») (2).
Face ao papel primordial do simbolismo maçónico, recordamos (de novo)  D. Béresniak (5), ao afirmar : “A Iniciação ao pensamento simbólico não é mais que um utensílio intelectual que ajuda a indagar por que razão tais representações gráficas podem estar associadas a determinadas reflexões. 
Os símbolos que o Maçom usa fazem parte de um fundo comum à humanidade mas a maneira particular de os combinar, essa, é específica da Maçonaria” (“L’Apprentissage Maçonnique - Une École de L’éveil»).

21 de dezembro de 2017

Solstício Inverno 2017


Este ano o Solstício de Inverno, ponto da eclíptica em que o Sol atinge a posição mínima de afastamento (altura)  em relação ao equador, ocorre no dia 21 de Dezembro às 16h 28min.

Este instante marca o início do Inverno no Hemisfério Norte, estação mais fria do ano. Neste dia, o sol no plano da eclíptica passará pela declinação mínima  (latitude ao equador) de -23° 26′  5″, atingindo o máximo de fluxo de energia solar (J/m2) no hemisfério sul do planeta. Produz também um dos dias mais curtos do ano no hemisfério norte.

Esta estação prolonga-se por 88,99 dias até ao próximo Equinócio que ocorre no dia 20 de Março de 2018 às 16h 15min.

16 de dezembro de 2017

Blagues

 Transcrito (a tradução foi feita pela Comissão Editorial do Blogue cabendo a ela a responsabilidade de qualquer erro), com a devida vénia, do Blogue etoile2poles.free.fr

Uma noite, aconteceu com o papa Bento (omitido pela Comissão Editorial do Blogue) o que acontece com todos os homens: ele morre. Fecha os olhos e sente-se aspirado para o Céu. Quando abre as pálpebras, um homem está parado à sua frente.
- Ah! Meu Deus! Finalmente, aqui estou no paraíso, depois de uma vida dedicada à glória de Deus Nosso Senhor!
Aproxima-se do homem e diz-lhe:
- Saúdo-te Pedro, aqui estou finalmente, Eu, Bento, teu sucessor...
Na frente dele, os olhos do homem agigantam-se:
- Quem?
- Bem... Eu... Bento, o papa da Igreja Católica.
- Desculpe, mas não tenho ninguém com esse nome.
Então, o Papa fica vermelho de raiva!
- Quem és tu? Estás a divertir-te comigo! Eu sou o Papa da Igreja de
Roma! Onde está o chefe?
- O chefe? Atrás da porta, ali ao fundo.
Bento (omitido pela Comissão Editorial do Blogue) vislumbra uma pequena porta a um canto, dirige-se para ela e começa a bater, toc…toc…
"Venerável Mestre", disse uma voz lá dentro, "batem, profanamente, à porta do templo!


Um médico e um canalizador pertencem à mesmo Loja. Um domingo de manhã, o doutor encontra a sua retrete entupida. Ele telefona ao seu irmão, o canalizador, que lhe diz:
"Mas eu não trabalho aos domingos. Não pode esperar até amanhã? "
Então o médico responde:
"Eu também não trabalho aos domingos, mas se tu te sentires mal, meu irmão, eu vou imediatamente ver-te. "
"Tudo bem, eu vou", responde o canalizador.
Quando chegou, olhou para a retrete tirando dois comprimidos de aspirina do bolso que lança para a retrete puxando o autoclismo e diz: "Ora a qui está. Se amanhã não estiveres melhor, voltarei para te ver»

13 de dezembro de 2017

CAMINHEMOS


Com a devida vénia e respectiva autorização transcreve-se mais um poema de Adilson Zotovici

Caminhemos sim, sem parar !
Em marcha firme, adiante,
Desde a aurora, do limiar,
Da nossa busca incessante

Oh quão bom ver o despertar
Do passaredo vibrante
Do Sol, o ocaso e o raiar
O sopro de vida pujante

Busquemos em cada lugar
Aqui bem ao lado ou distante
A felicidade sem par
Breve simplória ou marcante

Com a Força Divina a guiar
Superemos  vereda intrigante
Sem esmorecer ou curvar
Qual  bom  cavaleiro  andante

Vamos entender e  tolerar
Em convívio com o semelhante
Conjugando o verbo amar
Perdoando o ser errante

Supérfluo não se deve levar
Embora até redundante
Vez que excesso só pode pesar
Como o alheio e o não importante !

Ora, vamos caminhar !
Por senda exterior e vibrante
Pra encontrar no interior, a morar...
O SENHOR , pela paz reinante !

Adilson Zotovici

5 de dezembro de 2017

Maçonaria, Gestão e a Loja – reflexões


Transcrito, com a devida vénia e respectiva autorização, do Blogue Jakim&Boaz
I – Introdução
 Após alguns trabalhos apresentados neste Blog envolvendo temas relativos aos conceitos básicos de gestão duma loja maçónica e à sua eventual correlação com alguns pressupostos e práticas de  Liderança e Gestão das organizações profanas,  achámos oportuno  elaborar uma síntese que integrasse as áreas que considerámos importantes daqueles trabalhos,  complementadas com outros pontos que julgámos não terem sido equacionados ou tratados insuficientemente ou sem a relevância necessária.
 Sendo a Loja a célula base de todo o corpo maçónico, actua a nível local sob a jurisdição do Grande Oriente, enquanto garante superior da coordenação obediencial. O seu funcionamento e a sua dinâmica dependem do cumprimentos dos deveres e obrigações acordados pelos Maçons que a constituem, quando da Iniciação,  mas também da capacidade do Quadro da loja em gerir eficazmente os recursos à disposição, em especial o primordial recurso humano,  óbviamente dependente do filtro do processo de selecção. Esta capacidade (ou não)  constitui o determinante principal para a sua afirmação e perspectiva de desenvolvimento, contributo decisivo para a  evolução da Obediência,  sobretudo no espaço geográfico em que se insere.

A Loja Maçónica representa um modelo único no seu género, sendo considerada como uma micro-organização peculiar, já que  possui  apenas IIr∴ iguais em direitos, mas não em deveres.  Todos os  IIr∴,  unidos  pelo  juramento e vinculados pelo segredo maçónico são  solidários entre si.  Estes  princípios   traduzem desde logo uma diferença  inequívoca  face ao  mundo profano,  diferença essa que é superiormente enquadrada pelo facto do comportamento em sessão ser  guiado e codificado pelo ritual.
 Nesta micro-organização peculiar,  os oficiais assumem uma hierarquização  no plano das responsabilidades e o sistema organizativo e de gestão distingue-se pela particularidade de ninguém deter nem o poder temporal  absoluto, nem  o poder espiritual.  Esta “sociedade” só  obtem a soberania e o poder a partir de si mesma. Traduz um modelo único no seu género, comparativamente à generalidade das organizações do mundo profano, nas suas diferentes áreas de actuação.
 Estipula o Regulamento Geral da N:.A:.O:., que para a  eleição a qualquer cargo em loja, é  necessário que o Maçom tenha o grau de Mestre (exceptuando o previsto para o cargo de Secretário). Em especial o Venerável (ponto c) do Artº respectivo)  deverá ter pelo menos 2  anos de experiência neste grau, e estar entre os mais assíduos e conhecedores dos assuntos maçónicos,  sendo omisso quanto ao prévio desempenho de outros cargos em Loja.

 Este é um ponto a que se deverá sempre dar particular relevo. Não é, à partida, aconselhável escolher para V:.M:. alguém que não tenha tido experiência prévia no desempenho de alguns cargos em Loja, nomeadamente os de:  Mestre de Cerimónias, Experto, Secretário,  Vigilantes ou Orador, o que na generalidade é respeitado.  Sendo certo que todos os cargos são igualmente importantes, as Luzes da Loja (VVigs e V:.M:.), por serem os que mais exigem conhecimento e preparação, deverão ser preenchidos, salvo em casos excepcionais (formação recente da Loja, fracturas ou  dissenções internas), por Mestres com reconhecida experiência  e conhecimento para tal.
 Em termos de suporte a um melhor desempenho das Luzes da Loja poder-se-á questionar a necessidade destes possuírem alguns conhecimentos e sobretudo experiência anterior, na área da gestão de organizações profanas. Não cremos que seja absolutamente necessário, mas será provavelmente conveniente,  se aliado a sustentado conhecimento do funcionamento da Obediência e dos princípios maçónicos, aliados à prática ritualística em Loja, tão necessários ao eficaz desempenho daqueles cargos. Procuraremos nos pontos seguintes, clarificar esta afirmação.

3 de dezembro de 2017

Coluna Norte-Tributo a Daniel Béresniak


MM.’.QQ.’.IIr.’. sentados na Coluna Norte, quando olho para vós, a minha memória afectiva denuncia-me com singelas gotas de água e cloreto de sódio que escorrem sublimadas pelo muito que aí, sentado como vós, aprendi e reaprendi modificando o meu comportamento, materialmente montado e espiritualmente incompleto.
Aí, foram muitas as vezes que perguntei a mim próprio, porque me sentia ignorante e desfasado, para e porquê a sucessão dos trabalhos com símbolos, gestos e toques a desfilarem sem sentido aparente e num corrupio ambíguo que provocava, à vez, uma alegria intensa e uma tristeza estranha?
Quis o acaso e a necessidade que nesses instantes e pedaços estivessem presentes, solidários e fraternos, um conjunto de IIr.’. que fizeram a diferença: uns confiando nas minhas capacidades, outros cedendo-me grande parte da sua bibliografia pessoal e ainda outros, com a sua maneira de estar e agir, a demonstrarem que é possível um segundo nascimento com a finalidade de reunir o que está esparso.
Das mil leituras que fiz, das mil experiências que assimilei e das mil coisas que me escaparam, vou falar-vos de uma Obra Literária, da qual farei um resumo pessoal (embora os conceitos e as ideias pertençam ao Autor) com o intuito de poder contribuir, se assim o desejarem, para a vossa caminhada na via da Luz, que uma vez Iniciada vai ser calcorreada infinitamente até ao fim dos vossos dias. Chama-se L’Apprentissage Maçonnique, une école de l’éveil? O Autor é Daniel Béresniak-um digníssimo representante dos que sentem e agem a Liberdade, Igualdade e Fraternidade. É óbvio que a leitura completa da obra é, não só essencial como obrigatória. É claro também que todas as incorrecções que encontrarem, sou o responsável e nunca o Autor.
Em termos de estrutura do traçado vou enumerar (aqui sim, a escolha é minha) o que de mais importante apurei transcrevendo os extraordinários pensamentos de D. Béresniak e seguindo os capítulos da Obra mencionada. Assim:

A-INTRODUÇÃO
1-O estudo dos símbolos e dos mitos é a via para a introspecção e do conhecimento de Si-mesmo.
2-Para se dominarem as paixões é preciso conhecê-las primeiro.
3-Homem Livre: nada sabe; é indiferente às honrarias e considerações sociais; segue um caminho à volta de si próprio para não ser manipulado por ideologias que aprenderá a desmontar; reduz e isola os mitos dos arquétipos que os compõem ficando ao abrigo do ódio e das simplificações mortais.
4-Fraternidade não é cumplicidade pois esta prefere falar do Eu com palavras caras evitando a todo o custo dissecar o Si-mesmo. A Beneficência não é uma delicadeza que a vaidade deu à virtude (esta chama-se caridade).
5-O interesse no estudo dos símbolos é causado pelas chaves que eles contêm, chaves estas, que são correntes de pensamento associadas ao património cultural do universo.
6-Resolver os problemas dos outros sem primeiro resolvermos os nossos colocam a ambição, não como um valor mas como a expressão mais conveniente à fuga de Si-mesmo.
7-A Franco-Maçonaria tem sido entrelaçada por ortodoxias exotéricas que juntam ao seu tesouro bibelots de pacotilha para que se esqueçam os conhecimentos que permitem distinguir as pedras preciosas da quinquilharia.
8-O Homem vulgar reage, mas necessita de aprender a agir. Para tal, é essencial conhecer-se a si próprio nem que tenha que contestar o carácter racional das suas escolhas e procurar as origens irracionais.
9-A Mestria deve revelar-se por um estado de espírito entre a crítica sistemática e a confiança pueril.

2 de dezembro de 2017

Efemérides-Dezembro


Transcrito, com a devida vénia e respectiva autorização, do LIVRO DAS EFEMÉRIDES – HISTÓRICAS, POLÍTICAS, MAÇÓNICAS E SOCIAIS - 2016
Daniel Madeira de Castro Página 561


DEZEMBRO

1383 – Surge em Lisboa uma confederação das corporações de mestres, de representação consultiva junto da municipalidade da capital, A Casa dos Vinte e Quatro, constituída por dois representantes de cada um dos doze ofícios oficialmente representados, e que foi extinta com a consolidação política do liberalismo socio-económico em 1834. Este organismo preservou a integridade da idiossincrasia operativa dos mestres agregados, tal como a sua hierarquia administrativa se apresentava paralelamente analógica à tecnologia da escala iniciática da estrutura maçónica especulativa portuguesa a Casa Real dos Pedreiros Livres da Lusitânia (março de 1733), à qual pertenceram alguns maçons operativos, como o arquiteto húngaro Carlos Mardel (8/9/1763), responsável pela reedificarão da baixa pombalina após o terramoto destrutivo de 1755.
1663 – Em Wakefield praticava-se um ritual maçónico de sete graus que foi escrito e revisto por Robert Padgett, maçon, aprovados neste mês numa assembleia, passando a ser conhecido por Constituições de Roberts. Entre os maçons locais praticava a seguinte oração "Santíssimo e Glorioso El Shaddai, Grande Arquiteto do Céu e da Terra, doador de todos os dons e de todas as graças, que prometeste que, quando dois ou três estiverem reunidos em Teu Nome nós reunimo-nos, suplicando-Te humildemente que nos abençoes em todas as nossas empresas, que nos dês o Teu Espírito Santo a fim de iluminar os Espíritos de Sabedoria e de Inteligência do nosso venerável e digno mestre, a fim de que possamos conhecer-Te e servir-Te como convém e de que todas as nossas ações possam tender para a Tua Glória e Salvação das nossas ações", depois a Loja era aberta em nome de Salomão.
1733 – Ata da Loja Olds King Arm's, n° 238 de Londres, lê-se que o painel de Loja deve ser desenhado sobre tela.
1750 – Louis de Noailles, duque de Ayen, maçon, capitão da Guarda Escocesa, marechal de França, recebeu a carta patente n° 22 para a criação da Loja Amenidade, loja militar, no Regimento Noailles-Dragons.
1770 – O gov. do Funchal enviou para Lisboa, o prisioneiro François d'Allincourt, por ser maçon.
1777 – O alfabeto maçónico franco-alemão era utilizado na correspondência duma amante de José Anastácio da Cunha (11/5/1744), que provavelmente lho transmitiu.
1789 – Verificou-se um poder crescente dos jacobinos (Maximilien Robespierre), dos cordeliers (Georges Danton) e de outros clubes de Paris.
1796 – A Inglaterra conquistou o Sri Lanka aos holandeses.
1820 – Nas eleições para as Cortes Constituintes, de 116 deputados, 50 eram maçons.
1877 – Thomas Edison (11/2/1847) conseguiu a primeira gravação sonora reproduzida num fonógrafo.
1897 – Luz de Almeida (25/3/1867), maçon, fundou em Portugal a Carbonária, que em 5 de Outubro tinha cerca de 40.000 membros.
1904 — Motim dos estudantes do Seminário de Bragança, revoltados com o rigor disciplinar, organizaram protestos, foram expulsos diversos seminaristas. Conforme sublinhou Luís Reis Torgal, o ensino eclesiástico era fundamental "não só para a formação do clero, mas também para a formação de um sector de elite que não poderia ter estudado sem o apoio material da igreja". A realidade é que os seminários, como o de Bragança, que funcionava desde 13/1/1766, eram geralmente frequentados por estudantes que "acorriam aos seminários sem vocação e apenas por imperativos familiares e materiais".
1910 – Fundada a revista Águia dirigida por Teixeira de Pascoaes, onde Fernando Pessoa viria a participar ativamente e que se publicou no Porto de Dezembro de 1910 a 1932.
1923 — Primeiro número do semanário Homens Livres, Livres da Finança & dos Partidos, só saíram dois números, tinha como redator principal António Sérgio, contando com a colaboração de Afonso Lopes Vieira e juntou colaboradores de diferentes campos políticos e foi editado por Reinaldo Santos.
1942 — Fundado o Núcleo de Doutrinação e Ação Socialista, agrupando estudantes universitários como Vitorino e José de Magalhães Godinho, Moura Dinis, Afonso Costa (filho), Gustavo Soromenho, Mário de Castro, António Macedo, Paulo Quintela, Teixeira Ribeiro, Mário Cal Brandão, Olívio França, Artur Santos Silva, Teixeira Ribeiro, muitos deles maçons.
1943 — Fundação do M.U.N.A.F. - Movimento de Unidade Nacional Anti-Fascista, organização clandestina que representou o primeiro grande movimento unitário antifascista dos anos 40 e que congregou diferentes filiações partidárias (socialistas, republicanos, comunistas, católicos, liberais, monárquicos e seareiros) e independentes. O gen. Norton de Matos presidiu ao Conselho Nacional e ficou a fazer parte da Comissão Política, juntamente com Barbosa de Magalhães e Bento de Jesus Caraça. Estabeleceu-se uma Comissão Executiva que contou, entre os seus membros: Fernando Piteira Santos, José Magalhães Godinho, Jacinto Simões, Alberto Rocha, Manuel Duarte e Moreira de Campos, muitos deles maçons e publicaram a revista Resurgimento.
1944 — Criação em Lisboa da União Socialista, resultado da fusão do Núcleo de Doutrinação e Ação Socialista com a União Democrática, virá a ter uma organização à escala nacional e núcleos nos principais sectores socioprofissionais, e editará um órgão mensal clandestino intitulado A Terra. A sua ação nos anos 50 incidiu na doutrinação e estudos (projetos de reforma do ensino e da constituição política, análise de problemas económicos e sectoriais). Esta organização, a que estiveram associados Mário de Azevedo Gomes e Henrique de Barros, sobreviveu até 1964, data em que os seus elementos aderiram à A.S.P. - Ação Socialista Portuguesa.
1945 — O camponês egípcio Muhamad Ali as-Salmman, encontrou um pote vermelho de cerâmica, contendo treze livros de papiro encadernados em couro, no total descobriram cinquenta e dois textos naquele sítio, dececionados, levaram para casa, e sua mãe chegou a usar alguns papiros para acender o fogo. Na primeira análise, a primeira linha traduzida do copta foi: "Essas são as palavras secretas que Jesus, O Vivo, proferiu, e que seu gémeo, Judas Tomé, anotou". Em 1952, O museu Copta do Cairo, recebeu para sua guarda os manuscritos, faltavam algumas páginas e um códice fora vendido pela família de Mohammed para o Inst. Jung, Zurique, esses códices passaram a ser chamados de Bíblioteca de Nag Hammadi, localidade onde foram encontrados os manuscritos, e depois Evangelhos Gnósticos ou Evangelhos Apócrifos.
1953 — Nos E.U.A. foram realizadas as primeiras experiências de televisão a cores.
1958 — A G.L. de França propôs ao G.O. de França e à G.L. Nacional Francesa, a união das três obediências francesas num quadro confederativo sob a égide dum Grande Conselho Nacional.
1960 – Importante reunião do Comité Central do P.C.P. onde foi presente em nome da Comissão Política o documento A Tendência Anarco-lIberal do Trabalho de Direcção, e outro documento lido por Vilarigues Tarefas da Organização. Informe da Comissão Política, este da autoria de Cunhal, que veio na sequência do Ensinamentos de uma Série de Traições, uma leitua dos desvios de direita protagonizados na direção de Fogaça.
Daniel Madeira de Castro, M.'.M.'.