Fiquem vocês sabendo que, muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão de novo as grandes alamedas por onde passe o homem livre, para construir uma sociedade melhor.

(Últimas declarações de Salvador Allende ao povo chileno a 11 de Setembro de 1973, quando os aviões dos generais fascistas já bombardeavam o Palácio de La Moneda)

16 de fevereiro de 2021

O Maçom no Séc. XXI – As Redes Sociais

 


O Maçom no Séc. XXI – As Redes Sociais

O Facebook é a mais apavorante máquina de espionagem já inventada.”  JULIAN ASSANGE

Em entrevista ao Expresso, o neurocientista António Damásio diz que as redes sociais "são uma das mais espetaculares razões de declínio da qualidade de vida" e que o acesso rápido e maciço a informação mal pensada "é um risco extraordinário". 

 “As redes sociais são uma armadilha” Zygmunt Bauman

O que tem em comum os Maçons e as Redes Sociais no Séc. XXI? 

O que tem em comum é que ambos funcionam em rede, de âmbito universal, com motivação comum e com um propósito de partilha de conhecimento. 

O que não tem em comum os Maçons e as Redes Sociais no Séc. XXI?

 Os maçons são ritualistas, discretos e livres – pensadores, que trabalham em loja e que são originários do século XVIII («oficialmente» com a fundação Grande loja de Londres - 1717) enquanto as redes sociais surgem a partir da massificação da Internet em 2000, impulsionadas pela inovação tecnológica (ex.º PC´s, App´s, Tecnologia Hi-fi colocar fonte ??), que tornam mais acessíveis através de novos dispositivos electrónicos, como é o caso das tablets e smartphones. 

Segundo os relatórios Digital 2020 (fonte: We Are Social and Hootsuite — https://wearesocial.com/global-digital-report-2019) os “midia” digitais, móveis e sociais tornaram-se uma parte indispensável da vida quotidiana das pessoas por todo o mundo. Mais de 4,5 biliões de pessoas utilizam agora a internet, enquanto os utilizadores das redes sociais ultrapassaram a fasquia dos 3,8 biliões. Colocar dados de Portugal de utilização de internet e de redes sociais (em desenvolvimento -https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_pesquisa&frm_accao=PESQUISAR&frm_show_page_num=1&frm_modo_pesquisa=PESQUISA_SIMPLES&frm_texto=Inqu%C3%A9rito+%C3%A0+utiliza%C3%A7%C3%A3o+de+tecnologias+de+informa%C3%A7%C3%A3o+e+comunica%C3%A7%C3%A3o+pelas+fam%C3%ADlias&frm_modo_texto=MODO_TEXTO_ALL&frm_data_ini=&frm_data_fim=&frm_tema=QUALQUER_TEMA&frm_area=o_ine_area_Destaques&xlang=pt)

A impossibilidade da nossa presença física devido ao confinamento foi substituída (parcialmente) pelas plataformas tecnológicas em regime de on-line (Ex. Zoom, Teams) pelo atendimento telefónico de vídeo chamadas, surgindo assim uma outra figura de trabalho que é o tele-trabalho, que já existia alguns anos atrás, mas, que agora se torna uma pratica à escala global permitido deste modo que a vida em sociedade persiga mesmo á distância. Na prática antecipou-se pelo menos 4 a 5 anos a taxa de penetração, que só se previa atingir por volta de 2025/6 

A comunicação pela internet e as redes sociais proporcionou-nos falar com os nossos pais, filhos e os avós que estão num lar, ou em casa em confinamento, com o chefe da empresa onde trabalhamos pelo chat ou mesmo com os nossos clientes que necessitam de uma informação acerca dos nosso nossos serviços ou produtos, ou simplesmente para encomendar uma pizza para a nossa refeição.

 

Em suma, de certa forma podemos afirmar que o “Homem Social” foi substituído provisoriamente pelo “Homem Digital.” 

A internet tem um outro lado escuro, obscuro e manipulador das redes sociais, que se desenvolve com muita desinformação,  através de “fake news” e de milhões de perfis falsos, que influenciam e elegem presidentes da República, ou que influenciam as opções politicas dos povos, com foi o caso da saída do Reino Unido da União Europeia, apelidada de Brexit (23.06.2016 — https://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao-europeia/detalhe/e-1-de-janeiro-e-o-acordo-pos-brexit-ja-vigora-afinal-o-que-e-que-muda), sendo o caso mais conhecido, a Cambridge Analytica (https://tecnoblog.net/236612/facebook-cambridge-analytica-dados/) que esteve por trás da manipulação de muitas campanhas eleitorais por todo mundo, com relevo para a de Donald  Trump e a do Brexit. 

Assim surge o dilema das redes sociais que procuram constantemente melhorar o seu modelo de negócios, justificado pela “economia da atenção”, e empresas como o Facebook ou Google tornaram-se  em muito pouco tempo, as maiores empresas do mundo. 

Perante tanta adversidade, imprevisibilidade e risco que todo mundo está sujeito neste momento das nossas vidas, coloca-se a questão central desta prancha - qual é o papel dos Maçons e as Redes Sociais no Séc. XXI? 



A Maçonaria como uma ordem universal (Editado pela Comissão Editorial do Blogue), que procura o aperfeiçoamento da humanidade através da elevação moral e espiritual do individuo (Editado pela Comissão Editorial do Blogue) não pode ficar indiferente a esta nova realidade planetária. 

Por outro lado, sendo uma obediência que sobretudo trabalha em Loja com descrição, encontra-se numa posição estratégica delicada, em lidar com a internet e as redes sociais sem ferir as suas origens, os seus princípios e os sue valores e sobretudo os seus maçons ou associados. 

A opção de apanhar boleia das “redes sociais” ou perder o comboio tecnológico pode colocar em causa a sobrevivência desta antiga associação de livres-pensadores. 

O que devemos fazer é instalar um debate sem tabus, aberto á diversidade de opiniões e sensibilidades, que possa iluminar-nos e fazer com que a maçonaria esteja mais presente e talvez mais “visível” na vida da nossa sociedade, ou então arrisca-se a ganhar um lugar num livro de história que um dia vai ser publicado acerca das consequências da pandemia planetária que é o Covid 19.

António Damásio, Comp:.


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