Fiquem vocês sabendo que, muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão de novo as grandes alamedas por onde passe o homem livre, para construir uma sociedade melhor.

(Últimas declarações de Salvador Allende ao povo chileno a 11 de Setembro de 1973, quando os aviões dos generais fascistas já bombardeavam o Palácio de La Moneda)

14 de agosto de 2017

REPENSANDO A MAÇONARIA


Transcrito do extinto JB News (nº 972 de 02.05.2013) este artigo de Hercule Spoladore

As vezes algumas dúvidas nos vêm à mente e, refletindo, perguntamos: Qual foi a força mágica que fez com que a Maçonaria sobrevivesse? Qual foi o amálgama sociológico imperecível utilizado para que acontecesse? Quais foram os fatores que permitiram a sua continuidade? Francamente, não conseguimos uma resposta satisfatória. Encontramos explicações lógicas e coerentes apenas para algumas partes, mas para o todo, não nos convence as respostas propostas. Quando pesquisamos a história das associações esotéricas e iniciáticas alternativas, são raras as que duraram e ainda duram através dos tempos. Outras, que hoje conhecemos, ressurgiram como herdeiras de honoráveis e tradicionais instituições antigas, invocando para si uma antigüidade as vezes suspeita. Já, com a Maçonaria não aconteceu esse ressurgimento, porque ela jamais adormeceu. A partir do Iluminismo ou Ilustração, viu a monarquia se esvair, viu nascer a república, e com ela pelo menos, acredita-se, o mundo respirou um pouco de democracia, viu o pensamento humano se transformar, e sabe que teve parte nisso, Ela, desde que apareceu, vem atravessando o tempo, enfrentando e solucionando suas próprias crises, ocupando seu espaço, tem a sua própria história documentada, sendo mais presente que a própria história de muitos povos nos últimos cinco ou seis séculos. Inclusive, não nega as modificações pelas quais passou, quando deixou de ser Operativa. Sua história é muito transparente e não é guardada como um segredo. Seria uma instituição bastante organizada administrativamente? Não, e seguramente podemos afirmar que não é. Algumas potências e mesmo algumas lojas têm uma excelente organização, é verdade, mas a Maçonaria de um modo geral é mal administrada. Seria então, uma instituição que funcionaria tendo como exemplo algumas religiões seculares? Acreditamos que não, pois as religiões apesar de tratarem com a espiritualidade de seus fiéis, conta com um fator envolvente, a Fé, que não é o caso da Maçonaria, pois ela não é uma religião. O maçom deve ocupar-se com a Razão e não com a Fé, mas não pode deixar de ter Fé. Inúmeras variáveis entram neste estudo se a considerarmos como um todo. Se analisarmos todas elas, não se concebe como a Maçonaria continua inabalável, não sucumbindo aos acidentes de percurso que ela tem enfrentado ao longo de sua história, e que não foram poucos. Interessante explicação dos esotéricos quando afirmam que a Ordem seria o resultado de uma força coletiva resultante da somação da energia mental de um grupo, cuja força seria dotada de personalidade e que seria uma entidade viva e não abstrata. É o que eles afirmam ser uma Egrégora.

Vale a pena ressaltar que, apesar dos desencontros, a Maçonaria realmente possui uma força-pensamento muito poderosa, completada pela Iniciação, pela disciplina ritualística e pela doutrina. Mas, mesmo assim ainda não temos base suficiente para explicar a sua perenidade. Ela tem vida própria. Ainda assim, nos arriscamos a mencionar os fatores citados, ou seja, o iniciático e o ritualístico, e perguntarmos: não seriam eles os fatores determinantes da sobrevivência da Ordem? Entretanto, se analisarmos outras instituições iniciáticas, estas também possuem seus rituais, porém a grande maioria delas desapareceu. Muito a propósito, este questionamento que estamos fazendo no momento, já era feito em pleno século XVIII pelo maçom J.G. Fichte (1762-1814), célebre pensador alemão que afirmava que a verdade maçônica só se atingirá pela busca incessante e pelo conhecimento das fontes esotéricas, as quais seriam transmitidas pela tradição oral e não pelas fontes exotéricas (no caso, os livros, que para ele seriam profanos). Ele, em seu trabalho “Filosofia na Maçonaria” menciona as perseguições sofridas pela Ordem na época, em que viveu, em alguns países da Europa, porem em outros ela encontrava proteção. Num país ela era expulsa como inimiga do trono e incitadora de revoluções. Já em outro país, tinha pleno apoio do governo.
Citava também em seu trabalho, que Irmãos que vinham de todas as partes em busca das suas verdades em suas lojas e, mas nem sempre as encontrando, voltavam decepcionados aos seus lares, mas não desistiam, vinham novamente atrás de suas perquirições, esquecendo-se de suas frustrações da sessão anterior, ou seja, sempre voltavam. Os chamados segredos da Maçonaria de quando em vez, como sempre, foram profanados através de publicações, algumas até divulgadas com muitos detalhes, nos atribuindo as mais fantásticas mentiras e como sempre nos relacionando aos poderes satânicos. Nem isso abalou a Ordem. Ela continuou a viver. Nada a destruiu. O sábio maçom alemão estranhava esta “imortalidade” da Ordem. Entre todos os ataques e estes são inúmeros e constantes através de publicações dois merecem destaques um deles é o livro “Os Protocolos dos Sábios do Sion”, que é se sombra de dúvidas, o que mais efeitos deletérios causaram e poderá causar à Ordem, porque nos ligou às perseguições feitas de forma endêmica aos judeus, quando em realidade a Ordem apenas emprestou para si, nomes, alegorias, passagens e normas de moral extraídas da Bíblia, transformado-as em valores filosóficos e simbólicos para a sua doutrina. Assim também fizeram as religiões que adotam a Bíblia. Todas baseadas na história do povo judeu. Temos em nossas fileiras inúmeros Irmãos de origem judaica, mas nada temos a ver com o povo judeu em si, e sua posição política e econômica no mundo. A influência judaica na Maçonaria é apenas bíblica, aliás, como o é em todas as religiões ditas cristãs.
Outra publicação que por ironia reverteu em benefício da própria Maçonaria foi a “Masonry Dissected” de Samuel Prichard publicada em um jornal profano de Londres em 20/10/1730 revelando ao público londrino os rituais dos três graus simbólicos. Acontece que até então os rituais eram praticados de cór, isto é porque não eram escritos. Sua prática era transmitida através das gerações de Maçons, oralmente. Era proibido escrever. Prichard o perjuro da época, acabou por se tornar hoje um clássico, pois sua obra é uma das poucas fontes documentais de como era praticado a ritualística naqueles tempos. Acresça-se que na própria época, apesar do escândalo que causou tal publicação, veneráveis, mais folgados começaram a usar os rituais publicados (na época chamados catecismos), já que praticamente não havia rituais impressos até então. Ainda mencionava Fichte, a divisão interna constante nos meios maçônicos, onde há sempre um confronto muito grande de idéias, de poder, de mando, e de opiniões os quais até a presente data continuam existindo. Muito tempo se passou e tudo continua na mesma. O tempo passou, o maçom não mudou. Hoje, alguns autores falam até que, acreditamos, pejorativamente, que o maior inimigo da Maçonaria é o próprio maçom. Se pensarmos bem, a situação até piorou, desde Fichte, pois, mais de dois séculos se passaram e os maçons mudaram conceitos que não poderiam ser mudados, trocaram cores de ritos, criaram novos ritos, inventaram lendas que nada tinham a ver com a tradição, multiplicaram-se as divisões sob o nome de potências, foram criadas a Maçonaria Mista e a Feminina, inventaram uma expressão chamada “regularidade maçônica” muito mal explicada à luz da lógica. Os maçons mais esclarecidos costumam perguntar quem é quem para dar regularidade à alguém. Emprestamos inúmeros símbolos de outras ordens iniciáticas, das religiões, e em especial da Bíblia, nossa maior fonte de símbolos, da arte de construir, das ferramentas e materiais usados nas construções, aproveitamos a essência filosófica interessante à Ordem de todas as escolas filosóficas. Os símbolos maçônicos genuínos são poucos, esta é a verdade. Interessante frisar que talvez um dos poucos símbolos criados na Ordem foi o Altar dos Juramentos que nasceu a partir de um pequeno apêndice colocado no altar do venerável e depois por questão de comodidade, criaram um pequeno móvel triangular. Deveria ficar no Oriente, mas já foi passear e está agora no Ocidente. Outro símbolo que precede à Bíblia e o próprio templo de Salomão na Maçonaria são as duas colunas que emergem de tempos imemoriais. Evocam-se muito os landmarques, que seriam os limites ou lindeiros, uma espécie de coleção de leis antigas, herdadas através dos Old Charges, e que deveriam ser imutáveis. Entretanto, se nos detivermos com cuidado à leitura destes documentos, veremos que nossa concepção a respeito destes princípios atualmente está muito afastada. Os famosos landmarques, ultrapassados, com mais de sessenta classificações idealizadas por inúmeros autores são usados informalmente de acordo com as conveniências das lojas das potências e em especial dos grão-mestres, tudo em nome das Antigas Obrigações. Interessante frisar que os ditos landmarques não existiam como tais na Maçonaria Operativa. Eles apareceram na Maçonaria Especulativa, e seriam uma coleção das normas da Instituição, mais precisamente uma espécie de regimento ou estatuto usado pelas corporações da construção e pelas guildas. Os landmarques são tidos por muitos maçons como sagrados. Mesmo que seus artigos sejam distorcidos e até preconceituosos, muitos maçons os acham sagrados. Impossível transgredi-los, pelo menos por estes maçons.

Fala-se de uma tradição, que teria uma importância muito grande na sobrevivência da Ordem. Analisemos então este aspecto. Em primeiro lugar teríamos que nos respaldar nos acontecimentos históricos lendários, alguns que realmente aconteceram e outros alegóricos repletos de simbolismo. Lembramos que o mito pode ser baseado numa lenda, e esta vale pela mensagem que nos traz, e não pelo compromisso com a realidade que aparentemente deveria ter. Um outro aspecto da tradição seria a respeito dos usos e costumes que não são escritos e são transmitidos oralmente. Estes se relacionariam mais com a ritualística e os ensinamentos provindos dos Old Charges. A parte disciplinar e administrativas dos Old Gharges foram reunidas sob o nome de landamarques, que seriam o acervo norteador da Ordem. Mas a maioria dos manuscritos que compõem este acervo são ambíguos, obscuros e difíceis de serem interpretados. Parecem não terem nada a ver com a Ordem, tal qual a conhecemos atualmente. Ouvimos constantemente que toda a história da Ordem, bem como a maior parte dos nossos ensinamentos provem destes documentos. Entretanto, segundo um autor, não se sabe ao certo da procedência da Ordem. Ele reuniu mais de cinquenta possibilidades do aparecimento da Maçonaria. Mas convenhamos com algumas verdades. Na Maçonaria Operativa, não haviam templos, haviam tabernas onde os maçons se reuniram, não havia Bíblia, que só entrou na Ordem em 1751, quando o seu uso foi tido como obrigatório na Maçonaria Inglesa, não havia o grau de mestre, que só foi incorporado na Maçonaria Simbólica em 1738, após ter sido criado em 1725. E pasmem, nos Old Charges não havia uma única referência sequer ao Antigo Egito, Cabala, Alquimia, Rosa-Cruzes, Templários ou a qualquer tipo de hermetismo ou ocultismo, ou outra organização. Esta miscelânea de credos e este ocultismo nasceram na França ao tempo da fundação do Conselho de Imperadores do Ocidente e do Oriente, que acabou fundando o Rito de Heredon de vinte e cinco graus, base do futuro REAA. Também não se fazia menção ao sentido simbólico das ferramentas. Nas Antigas Obrigações estavam contidas as lendas e as antigas tradições e como eram feitas as antigas construções. Convenhamos com uma realidade que nos salta a frente e não temos coragem de admitir. A Maçonaria Operativa já no século XVI e meados do século XVII, perdeu seu antigo esplendor, seu poder. Tanto é verdade que no ano de 1600 recebeu comprovadamente seu primeiro maçom aceito John Boswel. Isto porque a arte da construção tinha se tornado alvo do conhecimento popular, ou seja, todos tinham acesso a ela e assim ela se enfraqueceu. Então começou a ser dominada por maçons não operativos. Melhor analogia é aquela que quando uma firma começa a não dar certo e é envolvida por outra, que conserva seu nome, porque ele tem credito junto ao comércio, mas ao tomar posse, muda quase tudo, conservando apenas o que interessa ao novo grupo. A Maçonaria dita Especulativa assimilou a Operativa como quis. No século passado, o maçom Albert Pike, Soberano Comendador do Supremo Conselho da jurisdição sul dos Estados Unidos, iniciou um processo de descristiniazacão do Rito Escocês Antigo e Aceito, mudando em parte a influência religiosa no Rito transformando a interpretação desta forma de muitos símbolos antigos. É sem dúvida, mais um fato intrigante e transformador de conceitos dentro do Rito e da Ordem.
E aí como fica a famosa tradição maçônica? Como é que podemos valorizá-la assim com os inúmeros enxertos que foram feitos e continuam ainda a ser em número cada vez maior. Foge, desta forma do nosso raciocínio os parâmetros de julgamento. E ainda mais, a tradição oral parece-nos um tanto falha, pois com o correr dos anos, com tantas mudanças nos foram transmitidas obviamente, tradições falsas, porque os Irmãos acabaram alterando os conceitos e procedimentos, e os repassando errados e incorretos. Argumentam alguns que estes adendos enriqueceram a Ordem do ponto de vista esotérico. Ora, então não evoquemos a famosa tradição, quando quisermos explicar o que realmente aconteceu. Vamos ser honestos e admitir que criamos novos símbolos, que mudamos a tradição. O próprio desenvolvimento cientifico tecnológico nos levou a muitas mudanças que nem as percebemos. Vamos então encontrar uma fórmula que se torne adequada, ou seja, vamos repensar nossa história, vamos torna-la mais coerente, mais transparente e mais simples. Tenhamos a coragem de afirmar que muito dos nossos mestres, de acordo com suas conveniências e épocas da nossa história acabaram por mudar tudo, e que através de um verdadeiro complô, nos passaram a impressão de que tudo continuava na mesma de acordo com suas origens. As provas contidas nas fontes primárias nos fazem pensar diferente. A Maçonaria ainda nos coloca em dificuldades quando a analisamos, pois estaremos diante de uma instituição que não é um pais soberano, mas sim inúmeros países imateriais, sem limites territoriais, representados pelas potências em si, dentro de um país real, possuindo dentro de sua forma de governo os poderes executivo, legislativo e judiciário. Quer dizer, pequenos estados virtuais dentro de um Estado real, cujas leis devem ser obedecidas, pois são soberanas. Proclama que em seus templos é expressamente proibido a discussão de assuntos religiosos ou políticos. Ainda com relação à política, admitindo-se ou não, a Maçonaria sempre através de seus membros teve muita influência, inclusive tendo participação direta na liberdade de muitos povos, pregando com idéias libertárias. Ela querendo ou não, é política. Ela é para muitos, considerada como filha do Iluminismo ou Ilustração ou será que o Iluminismo foi apenas mais uma das ferramentas que a Ordem utilizou? Por ideal? Teria sido um meio de sobrevivência? Os maçons se reúnem em templos, os quais são cópias do Parlamento Inglês ou então mais fielmente dos templos católicos, e ainda querem nos fazer crer que nossos templos são cópias fiéis do Templo de Salomão. Fica claro para os Irmãos que entendem um pouco do simbolismo maçônico que se trata apenas de uma analogia. De apenas um simbolismo.Só que para muitos Irmãos, ela passa a ter uma conotação como se fosse uma verdade, quase uma religião. Costumamos ouvir que a Maçonaria não é dogmática, mas esta não é a realidade, porque, somos obrigados a crer na Lenda de Hiran, a crer na imortalidade da alma e crer no Grande Arquiteto de Universo. Ora, não podemos negar, são dogmas incontestes. É muito mencionado o ecletismo como ponto de união. Sabemos que o ecletismo é uma posição moral ou intelectual caracterizada pela escolha, entre diversas formas de conduta ou opinião ou até de religião, sem se admitir uma linha rígida de pensamento.

Parece que o ecletismo deu certo na Ordem, não a levou ao caos total, pois caso assim acontecesse ela não existiria mais. . Entretanto, surpreendentemente a Ordem pelo menos conseguiu incutir nos seus adeptos o respeito mútuo colocando um verdadeiro livre-pensador ao lado de um maçom totalmente esotérico e eles se chamarem de Irmãos e um respeitar os pontos de vista do outro. Talvez no campo das idéias, a fraternidade, o respeito e a famosa tolerância prevaleceram. Deram certo. Incrível! Sim, conhecendo-se como é complexo o ser humano esta foi uma das grandes vitórias da Ordem. Não conseguimos saber se todos estes fatores mencionados têm alguma coisa a ver com a sobrevivência da Maçonaria. O fato é que ela sobrevive, e tal qual as colmeias, suas lojas continuam a receber novos Irmãos, e a enxamear quando seus quadros estão repletos geralmente através das cisões. Aliás, a fundação de uma nova loja deveria ser um fato natural, quando a loja-mãe tivesse um certo número de obreiros, mas o que acontece geralmente é que a fundação de uma nova loja quase sempre é litigiosa e por confronto de lideres. . O maçom vive na esfera Terra, mas sente-a, enxerga-a plana, talvez não por sua culpa, mas sim por estar inserido dentro de princípios que ele não ousa repensa-los. . Parece que a Maçonaria criada dentro dos rígidos princípios cartesianos e newtonianos sempre funcionou sem o saber, por analogia figurada dentro da teoria Quântica e da Relatividade, muito embora estas teorias se refiram ao átomo. Porque fazemos esta analogia? Sabemos que o cartesianismo é considerado pelo racionalismo, pelo dualismo metafísico e quando considera um fenômeno ou um conceito, isola-os da totalidade em que estes aparecem. Ela se aplica aos fenômenos macroscópicos. Já a teoria quântica aplicada à energia corpuscular e, portanto às partículas subatômicas, ou seja a fenômenos não macroscópicos, considerados invisíveis são atualmente empregados e adequados por analogia a outros segmentos da sociedade e não somente a física corpuscular. Alem de lidar com o que poderíamos chamar supostamente de imponderável, ela coloca tudo como sendo um todo, como sendo uma rede em que o homem, este estranho ser, faz parte deste todo. É a nova teoria holística. O leve bater das asas de uma borboleta num canto do mundo poderá causar um vendaval no outro lado do planeta. Uma das características desta teoria é justamente que ela não consegue explicar muitos fenômenos, os quais teremos que esperar que aconteçam, para depois tentar explica-los, pelo menos por enquanto. Dentro desta analogia fantástica, estamos tentando colocar em tese a Maçonaria, porque à luz dos princípios cartesianos e newtonianos, não conseguiremos explicar a sua sobrevivência. Ela continua viva. . Os tempos estão mudando, já não se aceitam explicações bisonhas. Também, não temos maiores respostas no momento. Confessamos humildemente, que temos dúvidas cruéis. Mas, vale a pena nos direcionarmos em tentativas sadías e coerentes, e honestamente procuramos as explicações corretas, que por certo virão com um futuro, que já se faz presente E, diga-se de passagem, aterrador, pois tal é o avanço tecnológico e científico que estamos vendo descortinar diante de nossos olhos.
Por esta razão teremos que repensar a Ordem, e muito...

Hercule Spoladore

1 comentário:

  1. Felicito a Comissão Editorial do Blog pela publicação deste excelente texto (mais um ...) do Ir:. H. Spoladore. Corresponde a uma visão muito lúciad e adogmática da Maçonaria e com base no passado / presente lança pontes para o futuro, que nos levam a questionar esse mesmo futuro e como se desenvolverá (ou não) nele a Augusta Ordem. Tema pertinentemente actual...

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