Com a devida vénia e respectiva autorização se transcreve este poema de Adilson Zotovici:
EMPROADO
Ouvi dum livre pedreiro
Há pouco iniciado
Algo nada corriqueiro
Que deixou-me intrigado
Questionou em tom brejeiro
O que vem após trilhado
Como aprendiz, companheiro,
Mestre e mestre instalado
Que lhe pareceu grosseiro
Após o trono deixado
Nunca mais viu tal obreiro
Em sua Loja sentado
Será que o labor costumeiro
Com o malhete empunhado
Que a mim sonho sobranceiro,
Em verdade fardo pesado ?
Respondi firme, ligeiro,
Que é um trabalho Sagrado,
Um período alvissareiro
A quem com a luz contemplado
Se nos deixou sorrateiro
Precisa ser perscrutado,
Se desídia do garimpeiro
Por ouro de tolo cavado
Erro comum no canteiro
De não tê-lo observado
Dia a dia, tempo inteiro,
Quiçá um dissimulado !
Talvez um interesseiro
Que atropelou o postulado
Buscando fama ou dinheiro
E se frustrou sem encontrado
Quero crer por derradeiro
Seja sim, um emproado,
Que olvidou o valor primeiro
Que eterno o aprendizado !!!
Autor: Adilson Zotovici - (21072021)
(selecionado do Informativo “CHICO DA BOTICA” - Ano 20, Edição 199 – 31 Mai. 2025 )

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