Fiquem vocês sabendo que, muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão de novo as grandes alamedas por onde passe o homem livre, para construir uma sociedade melhor.

(Últimas declarações de Salvador Allende ao povo chileno a 11 de Setembro de 1973, quando os aviões dos generais fascistas já bombardeavam o Palácio de La Moneda)

9 de dezembro de 2015

A Propósito do Nome Simbólico

 

MIGUEL AUGUSTO BOMBARDA NASCEU NO RIO DE JANEIRO A 06. MARÇO DE 1851, 28 ANOS APÓS DOM PEDRO, FILHO DE D. JOÃO VI TER POSTO FIM AO REINO UNIDO DO BRASIL E DE PORTUGAL, REINO UNIDO ESSE QUE, NA ÉPOCA, PORTUGAL POUCO OU NADA MAIS ERA DO QUE UM MERO PROTETORADO BRITÂNICO, ENTREGUE A UMA JUNTA GOVERNATIVA CHEFIADA PELO MARECHAL BERESFORD – O MONSTRO QUE MANDOU ENFORCAR, EM OUTUBRO DE 1817 NO FORTE DE SÃO JULIÃO DA BARRA O GENERAL GOMES FREIRE DE ANDRADE, QUE NÃO MORRIA DE AMORES PELA PROTECÇÃO INGLESA. É DESSES TEMPOS QUE CHEGOU ATÉ AOS DIAS DE HOJE A IMPAGÁVEL EXPRESSÃO PORTUGUESA “PARA INGLÊS VER”.

O PAI DE BOMBARDA AO DAR AO FILHO O NOME DE MIGUEL PRETENDIA DESTA FORMA REPUDIAR O “GRITO DO IPIRANGA” E MARCAR A SUA FIRME OPÇÃO PELO PRÍNCIPE D. MIGUEL E PELOS IDEAIS CONSERVADORES. OPTA PELA NACIONALIDADE PORTUGUESA AOS 18 ANOS.

2 de dezembro de 2015

Porquê Descartes, Porquê o Modelo Cartesiano como Fonte do Conhecimento?

(1596-1650 d.C.) 

MQIrs., como sabemos o Iluminismo ou a chamada Idade da Razão foi determinante para a evolução da nossa Civilização e caracterizou-se na história por um periodo em que os filósofos deram ênfase ao uso da Razão como o melhor método de se chegar à Verdade. Neste periodo iniciado no Sec.XVII até final do Sec.XVIII, figuram outros Ils.:.Irs.:. como Condorcet ,Diderot , Rousseau , Voltaire ou em Inglaterra , Jonh Locke , cuja acão e trabalhos estiveram na origem das revoluções norte-americana e francesa na Sec.XVIII.  Para os iluministas o progresso nos “assuntos humanos”parecia assegurado. A Razão e não a ignorância, a emoção ou superstição ...1), Descartes , no Discurso do Método , nada mais não fez do que adptar o conceito de Deus a uma razão por si criada.   Descartes é considerado o fundador da filosofia moderna . 

Façamos agora uma breve reflexão sobre este nosso Ir.:. e a árvore cartesiana, os princípios metafísicos e Deus, por si amplamente estudados na sua sua filosofia: 

Como matemático, físico e filósofo, o autor do “Discurso do Método”1) e das “Meditações Metafísicas”, Descartes, elaborou um novo método de conhecimento fundado sobre a razão, a única capaz de permitir ao homem alcançar um conhecimento perfeito das verdades mais elevadas. O famoso “Cogito ergo sum” (Penso, logo existo!) faz do pensamento, o princípio da existência, um passo nuclear da Teoria do Conhecimento: “existo” torna o espirito mais certo que a matéria , e o meu espirito ( para mim) mais certo que o espirito dos outros(2)


Nesta relação sujeito-objeto, é condição inequívoca que o Conhecimento cartesiano concentra-se na subjetividade ou na mente pensante, pois esta que cria ou elabora o conceito sobre o objeto pensado. Por outras palavras, Descartes reconhece o ego ou o eu psicológico como uma substância em si, que ele chamava de “substantia cogitans” ou apenas “cogito”, independente ontologicamente dos entes externos à subjetividade. A partir desta substância subjetiva seria possível desencadear o processo de entendimento da verdade, independentemente da objetividade substantiva e da relação criada entre o sujeito e objeto – ou como diria Husserl, da consciência com o fenômeno. Esta afirmação, de que o pensamento criado pelo ser pensante seria a fonte de todo conhecimento, quando desenvolvido através do método cartesiano, foi uma das grandes contribuições de Descartes para a filosofia moderna. Isto fica claro nas considerações de Milovic (2004, p.67):

24 de novembro de 2015

Jaime Cortesão


A escolha do nome que adoptei prende-se com a profunda admiração que sempre tive pela Vida e Obra do grande Pedagogo, do Médico, do Humanista, do Revolucionário e Maçon - Jaime Cortesão. Importa, pois, dar-vos a conhecer um pouco do que foi o seu percurso cívico e político.

Jaime Zuzarte Cortesão nasceu a 29 de Abril de 1884 em Ançã, uma vila do concelho de Cantanhede, distrito de Coimbra. Esta Vila, terra natal desta ilustre personalidade, cujo Foral, concedido por el Rei D. Manuel I, comemora este ano de 2015 precisamente 500 anos da sua concessão.

Jaime Cortesão estudou no Porto, em Coimbra e em Lisboa.

A sua vida de estudante universitário foi uma sucessão de experiências depressa abandonadas (passou por Grego, Direito e Belas-Artes), antes de se fixar em Medicina, que terminaria em Lisboa, em 1909, com uma tese que espelha já a sua multiplicidade de interesses (A Arte e a Medicina - Antero de Quental e Sousa Martins). A medicina não era, porém, a sua paixão; exerceu-a sem grande entusiasmo e cedo se entregou a outras actividades, nomeadamente ao ensino (nos liceus e mais tarde nas Universidades Populares, criadas durante a República), à literatura e à política.

11 de novembro de 2015

Choremos, Choremos, Choremos!


O Nosso Querido Irmão Rui Veiga Pinto, V:. M:. da R:. L:. Damião de Góis, nº 523 a Or:. de Lisboa, passou ao Or:. Eterno.

O corpo chegará amanhã, 11 de Novembro de 2015, pelas 11H00 ao Palácio Maçónico, realizando-se uma Cadeia de União de Pompas Fúnebres.

O féretro sairá no dia 12 de Novembro de 2015 (Quinta Feira) do Palácio, pelas 13H00, para o Cemitério do Alto de S.João, estando prevista a cremação pelas 14H00.

Que a Memória deste Exemplar Irmão, nos ilumine neste dia tão triste!

8 de novembro de 2015

A Influência da Cavalaria na Maçonaria



Existem 4 graus no Rito Escocês Antigo e Aceito que são os designados Graus Capitulares e que marcam a transição entre a maçonaria do ofício e as tradições e espírito da cavalaria medieval.

A Cavalaria foi, concretamente na França, uma das várias instituições existentes na Idade Média que tinha por objectivo fundamental a defesa comum.

Os cavaleiros admitidos nas ordens de cavalaria assumiam um juramento de 

Fraternidade de armas e de se defenderem mutuamente. É conhecida a célebre frase: um por todos e todos por um!

A religião, a guerra, a lealdade e o culto da exaltação do amor, bem com a protecção e defesa dos mais desfavorecidos constituíam aspectos nucleares da vida de um cavaleiro. Outros aspectos de importância fundamental num cavaleiro eram a cortesia, como refinamento da lealdade cavaleiresca, e também o culto da mulher.

Exaltavam o sentimento de honra que, nessa altura, atingiu um nível que nunca tinha estado presente entre os heróis da antiguidade.

O regime feudal concorreu para firmar a mística que se desenvolveu em torno da Cavalaria. O cavaleiro era “pintado” como homem forte, corajoso, leal a um senhor feudal, de espírito profundamente religioso, não raras vezes virtuoso, e extremamente romântico, pois que geralmente se confessava ardentemente apaixonado por uma dama, a quem garantia eterno amor e lealdade, embora esse amor geralmente fosse platónico.

O cavaleiro constituiu a base da hierarquia feudal, a sua reserva moral e ética, o herói a quem o necessitado, o fraco, e o oprimido podiam pedir ajuda.

28 de outubro de 2015

Cândido


A escolha de um nome simbólico foi, ao menos para um iniciado como eu, tarefa difícil e merecedora de reflexão.

De facto, que critérios e que princípios me deveriam balizar?

O primeiro exercício foi o de listar os nomes de maçons famosos, em Portugal e no estrangeiro. Mas verifiquei, sem grande surpresa, que pouco ou nada sabia que me permitisse com eles identificar de forma clara e sem dúvidas.

Decidi por isso fazer uma escolha mais pessoal.

A começar ....(A Comissão Editorial do Blogue decidiu omitir o conteúdo por possuir dados pessoais)...

O primeiro motivo da escolha constitui pois o de homenagear esse homem bom.......(A Comissão Editorial do Blogue decidiu omitir o conteúdo por possuir dados pessoais)...

O segundo motivo tem como referência António CÂNDIDO de Figueiredo, ilustre funcionário público, jurista e intelectual dos finais do Século XIX e princípios do Século XX.

11 de outubro de 2015

Origens do Grau de Mestre


Para caracterizarmos o que é, hoje, o terceiro e último grau de instrução das Lojas Azuis deveremos recuar a tempos idos no sentido de melhor esclarecer aquele que é considerado, por um lado o último da instrução básica e por outro o início da Mestria de Si que durará a vida inteira sendo considerado o grau pela qual a F-M recorda, à vez, as Associações Profissionais da Idade Média e os Mistérios da Antiguidade.

Como sabem, este grau e ao contrário do que afirmam muitos historiadores, não existiu sempre na F-M. Cito Findel que no seu livro de 1862 (História da Franco-Maçonaria) afirma: …no princípio, o ritual de recepção formava um todo invisível não havendo senão um grau, logo, o Grau de Mestre não existia naquela altura…
Assim, dividi a exposição em três distintas partes, a saber:

1-      A Mestria na Franco-Maçonaria Profissional ou Operativa.

2-    A Iniciação durante o Período de Transição.

3-     O Terceiro Grau na Franco-Maçonaria Especulativa.

Iniciemos o primeiro item:
A MESTRIA NA F-M PROFISSIONAL OU OPERATIVA 

A F-M deriva das corporações profissionais que praticavam a arte de construir. Era nelas, e sob a organização económica da Idade Média baseada em associações e privilégios, que se aplicavam os conhecimentos necessários ao exercício de cada profissão. Com os seus segredos, que salvaguardavam em Testamentos, estavam divididas em dois graus: os Aprendizes, e quando estes eram considerados aptos para exercer a profissão seriam admitidos nos Companheiros. Nesta altura o Mestre era um título (Magister, Meister, Master) que era atribuído a um Companheiro que tivesse operários sob as suas ordens ou abrindo um atelier por sua conta. Seria equivalente ao que hoje chamamos Patrão.

7 de outubro de 2015

Mistérios Antigos sob uma Brisa Racional


Mistérios Antigos! Não há maçom, em todos os cantos do Planeta, que não saiba que foi a Franco-Maçonaria a esponja que, não só os absorveu e reteu, como também depois de espremida os solta em catapulta. A este reservatório da ciência antiga, todos os historiadores da F-M designam por Mistérios Antigos e tem sido alvo de milhares de páginas escritas, de conferências ditas e de tema de debates em associações secretas ou abertas, tudo com um cunho muito filodóxico e quase nada filosófico.

Devido ao seu cariz oculto, misterioso e divino, pergunto aos MM:.QQ:.IIr:. se o que sabemos sobre eles corresponde mesmo ao que eram? Depois da leitura e análise de dois livros (The Biggining of Francmansory de Frank Higgins escrito em 1916 e Contre Histoire de la Philosophie de Michel Onfray escrito em 2006) uma brisa carregada de fragmentos racionais percorreu-me a alma e o corpo não sendo, por conseguinte, esta análise, nem idealista nem transcendental lembrando-me de Demócrito quando afirmou que tão ou mais importante que procurar o prazer é impedir o seu correlato, quer dizer, o desprazer.
Começo pelos princípios dos princípios, a ver:

1- Todos concordamos que os mistérios antigos não são senão a gnose dos tempos primevos que, por tal, são vagos e apetecendo mesmo dizer que quase incompreensíveis. Os antigos estavam convencidos que a complexidade dos fenómenos físicos não estava acessível ao entendimento de todos os homens criando uma espécie de exame moderno a que chamaram Iniciação que filtrava os interessados através de símbolos (a expressão mais corrente nesses tempos idos, ou seja, uma espécie de proto-linguagem).

2- Civilizações muito mais antigas que a dos Gregos como a dos Fenícios, Alto Egipto, Índia, Persas, Caldeus, Assírios, Sumérios e muitas outras tinham nos Sacerdotes os guardiães dessa gnose.

15 de setembro de 2015

42 ANOS DEPOIS...

A 11 de Setembro de 1973, um Homem Livre e de Bons Costumes,  ocupava o mais alto Cargo de uma Nação imensa eleito pelo voto popular. 

As causas e consequências da sua morte foram e serão escalpelizadas sob as perspectivas social, política e filosófica.

Mas sob o olhar simples de uma mulher ou de um homem, o desaparecimento de um digníssimo representante da espécie humana no seu estado mais puro causará, sobretudo, uma arrepiante tristeza.

42 anos depois a sua coragem, o seu espítito de luta e a sua indomável vontade de defender a Liberdade, Igualdade e Fraternidade não pode nem deve cair no esquecimento. Até sempre!


23 de agosto de 2015

Versos Irmãos


Ao profano que fui,
À razão que não intui,
Iniciado para que, Orientado,
Descubra o limite propositado

Entre a luz e a sombra,

À construção (seja de Alhambra

Ou de mim) a dedicação

Sem prévio refrão,

Companheiro para instruir

A mente e o corpo sentir,

Aprender os mistérios

(pequenos e grandes) nos sérios

Rituais que desmontam

A diferença e contam

Uma história em que liberdade,

Igualdade e fraternidade

Não são letra morta

11 de agosto de 2015

Quem pode combater o Fundamentalismo Financeiro?


O Título desta Prancha, adaptada de um trabalho que tenho em curso faz uns anos, e que deverá estender-se por mais alguns se assim o Grande Arquiteto do Universo permitir, pretende colocar-nos duas questões essenciais:

1)    Como podemos denunciar e combater uma nova forma de fundamentalismo que podemos designar como “Fundamentalismo Financeiro”?

2)    Quem na sociedade portuguesa contemporânea tem a responsabilidade de combater essa nova forma de Fundamentalismo?
 
Começo por indicar que nesta reflexão sigo interpretações desenvolvidas por um dos autores que me inspira desde os tempos em que escrevi a minha Tese de Doutoramento, já lá vão 16 anos. Trata-se de Jurgen Habermas, que para mim representa o grande reformador da visão Marxista clássica e a quem chamo de bom grado “o Grande Neo-Marxista”, ainda que essa seja uma designação discutível como todas as designações deste género.

Focando-nos na primeira questão, e refletindo de forma sumária sobre a existência de uma nova forma de “Fundamentalismo Financeiro”, podemos então adotar a visão de Habermas que nos auxilia a entender o fenómeno. Assim, assumamos que qualquer fundamentalismo obtém o seu espaço de crescimento na forma de movimento social com gênese num contexto de acentuadas contradições sociais que de forma dissimulada estabeleça baixos níveis de legitimidade do Estado e um profundo relativismo de valores.

Pedro Hispano: porque escolhi este Nome Simbólico

                                                                              
João XXI

187º Papa

Nome de nascimento Pedro Julião

Nascimento    Lisboa, Portugal,

entre 1205 e 1226

Eleição            20 de Setembro de 1276

Fim do pontificado     20 de Maio de 1277

Antecessor     Adriano V

Sucessor        Nicolau III

Listas dos papas: cronológica · alfabética
João XXI nascido Pedro Julião Rebolo mais conhecido como Pedro Hispano[1] , (Lisboa, 1215  — Viterbo, 20 de maio de 1277) foi papa entre 20 de setembro de 1276, até à data da sua morte, tendo sido também um famoso médico, filósofo, professor e matemático português do século XIII.
Alguns autores indicam como data de nascimento o ano de 1205[2] , outros que foi antes de 1210, possivelmente em 1205 ou 1207[3] e outros ainda entre 1210 e 1220.[4]
História pessoal
Pontificado

Assumiu o nome de Pedro Hispano sendo o papa João XXI.

João XXI irá marcar o seu breve pontificado (de pouco mais de 8 meses) pela fidelidade ao XIV Concílio Ecuménico de Lião. Apressa-se a mandar castigar, em tribunal criado para o efeito, os que haviam molestado os cardeais presentes no conclave que o elegera.

Antiguidade / Modernidade no R:.E:.A:.A:.




…O R:.E:.A:.A:. é derivado do dito Rito de Perfeição que foi trazido de Charleston para França pelos chamados exilados que retornaram à Pátria. Em 1804 Germain Hacquet constituiu as Lojas du Phénix dits Écossais D’Heredon, uma Loja Simbólica, um conselho de Kadosh e um Consistório de Príncipes do Real Segredo (criado por E. Morin). Pouco tempo depois o Conde de Grasse-Tilly também retorna à Pátria tomando contacto com a Loja Saint-Alexandre d’Écosse e criando o Supremo Conselho do Grau 33º. Foi esta Loja que convocou um Comité Geral das Lojas Escocesas nascendo a 23.10.1804 a Grande Loja Escocesa. Mais tarde Napoleão exigiu que esta fosse imediatamente fundida com o Grande Oriente de França estabelecendo-se um tratado de união entre as duas Obediências…

Acabei de vos citar aquilo que se poderá chamar História, ou seja, uma sequência de factos e acções que, com o aparecimento da escrita se tornou uma disciplina que estuda os factos passados.

Mas não é por aí que quero ir, por um lado por não ter a preparação científica necessária, e por outro porque qualquer dos MM:.QQ:.IIr:. estará tão apto ou mais do que eu para o fazer. Interesso-me mais por aquilo que me é mais fácil e acessível e que os eruditos chamam de Historicidade, ou seja, dar importância aos factos históricos para se compreender a cultura e a realidade, mas, pessoalmente, não seguindo padrões ou chavões pré-estabelecidos ou conhecidos.

É nesta, diria, 2ª linha, que vou caminhar ao debruçar-me sobre o Título deste Traçado: Antigo ou Moderno será o R:.E:.A:.A..?

Comecemos de trás para a frente sem os a priori históricos e filosóficos, antes seguir cronologicamente os factos assegurando-nos da sua realidade e lembrando-nos que depois dos trabalhos de Eric Ward (que inspiraram a teoria do L’Emprunt (empréstimo) em relação à origem da transição da Maçonaria Operativa para a Especulativa) velhas máximas da história da Maçonaria começaram a ser contestadas colocando muitos IIr:. a rever, de novo, quer os factos históricos quer a importância que terão tido.

Do Estudo da História da Maçonaria à aplicação dos seus Princípios no quotidiano


O Ser Humano nasce, cresce, aprende (através do Estudo e com os Outros) e escolhe uma de duas opções:

a)ou se integra na Sociedade, disponibilizando-lhe a sua Inteligência, os seus Conhecimentos, a sua Maturidade;

b)ou apenas usufrui (ou serve-se …) do esforço e da entrega dos Demais.

Os valores da Virtude (praticar o Bem, contrariar o Mal, praticar a Disponibilidade para com os Outros, contrariar o Egoismo) concretizam-se nas práticas da Beneficência, da não-Maleficência e da Justiça. Estes princípios são a base do dia-a-dia dum Maçon pois “… a Maçonaria consubstancia nos seus Princípios orientadores – o dever da Beneficência, a partilha através da Solidariedade, a reflexão sobre a Igualdade no acesso, a Tolerância como prática de Liberdade de pensamento …” *1.

“… Aos Maçons que ocupam lugares de decisão política, de administração pública ou de administração empresarial … exige-se um exemplar comportamento moral e ético…” *2 o qual se espera de quem assume a elevada responsabilidade da “coisa pública”, isto é, da gestão do Estado Português.

AMADEU GAUDÊNCIO (Ir:. Magalhães Lima e, mais tarde, Ir:. Gomes Freire), em 1933 (e:. v:.)  advertiu-nos que “… o Maçon tem que ser um homem virtuoso …” *3 considerando ele que deve possuir “… as três grandes virtudes …: a Beneficência, a Discrição e a Obediência. Sem estas virtudes não se compreende o homem nem se concebe o Maçon …” *4.

Mefistofeles e a Nova Ordem Mundial


Mefistofeles: ... Palavra derivada do grego que quer dizer aquele que odeia a luz.

Nova Ordem Mundial- que surgirá da globalização como governo totalitário, com poder ilimitado.

Este poder também procede de um "centro omnipresente", esta força directriz omnipresente comunica-se por meio da modificação do comportamento e da mudança de identidade..."

"O terror psicológico não é a essência, é somente o sinal do que significa o novo totalitarismo. O segredo do êxito do movimento está no poder do dinheiro e do consumo, porque evita tornar-se responsável pelos erros do mesmo. Os fracassos prescritos do mercado de Wall Street em proteger as empresas atribuem-se a forças transcendentais da " mão invisível" que castiga as empresas pelos pecados alegadamente cometidos contra as "leis do mercado"...

Manter a maioria num estado contínuo de ansiedade interior funciona, porque as pessoas são obrigadas a estar demasiado ocupadas a assegurar a sua própria sobrevivência ou a competir por ela para colaborar na construção de uma reacção eficaz."

"As técnicas de manipulação psicológica da sociedade são quase tão antigas como a própria humanidade. ... O lema: divide e vencerás.

O Cavaleiro Ramsay e o Rito Escocês Antigo e Aceito: mito e realidade !


Andrew Michel de Ramsay nasceu na Escócia, em Ayr, em 1686, segundo Ligou, ou em 1680/81,segundo Mackey.   

O pai era padeiro na Escócia e foi referido por alguns autores como um eclesiástico anglicano, partidário dos Stuarts e arruinado pela revolução de 1688/1689.
A mãe seria descendente da família do Barão de Dun.
Fez os estudos de teologia, mas viveu toda a sua vida da hospitalidade e dos serviços prestados a destacados nobres e fidalgos, seja como preceptor junto, nomeadamente, do Duque de Wemyss, do Conde de Sassenage, dos Chateau-Thierry, do Duque de Bouillon e do próprio James III (do seu filho mais velho), seja como simples hóspede do arcebispo Fénelon, de Madame de Guyon ou do Duque de Sully.
Mesmo quando se deslocou a Inglaterra de 1728 a 1730 foi na casa de um familiar do Duque de Argyl que esteve.

Segundo Claude Guérillot, é nesta altura que terá sido iniciado na Loja Horn, em Março de 1730, pelo Duque de Richmond.
No entanto, André Kervella considera duvidosa a sua iniciação nesse ano, dado que a sua inserção nos meios maçónicos é muito anterior e, segundo este autor, esses meios nada tinham a ver com “ a imitação dos hanoverianos”(sic).
Do que não existem dúvidas é que em 1729 foi eleito membro da Royal Society, juntamente com Montesquieu.
Apesar de insistentes esforços e empenhados contactos nunca conseguiu ser admitido na Academia Francesa.

Ramsay fez tudo o que estava ao alcance junto dos meios políticos mais influentes para obter um título nobre e ser admitido como cavaleiro na Ordem de S. Lázaro.
É recebido cavaleiro da Ordem de S. Lázaro a 20 de Maio de 1723, por Louis de Bourbon, Duque de Chartres e regente de França. Aliás, quando foi admitido na Royal Society mencionou na sua assinatura o título de Cavaleiro de S. Lázaro.

Porque Escolhi o Nome de Luís Cabral


Luís Cabral nasceu em Bissau a 11 de Abril de 1931, tendo ido viver para Cabo-Verde com 1 ano de idade. Quando o Pai morreu, Luís Cabral tinha 20 anos e já há dois que trabalhava nos Serviços de Estatística em Cabo-Verde. Com várias propriedades no interior da ilha de Santiago, as secas prolongadas tinham deixado a Família sem grandes possibilidade de o manter a estudar.

Com a morte do Pai  e os  Irmãos mais novos para criar, a situação tornou-se ainda mais difícil para Luís Cabral. A seguir aos funerais, um próspero comerciante da Praia, grande amigo do Pai dos tempos da Guiné, ofereceu-lhe um emprego nos seus escritórios, com um salário superior ao que vinha auferindo nos Serviços de Estatística.

No entanto, os contactos com o meio-irmão, mais velho, Amílcar, foram produzindo frutos. Na Guiné, removidas as dificuldades levantadas pela Polícia quanto à sua permanência no território, Amílcar prometeu arranjar-lhe um emprego. Seduzido pelas ideias do irmão, que afinal eram as suas, Luís deixou a Mãe e os Irmãos em Cabo Verde.

Chegou a Bissau, numa manhã de Abril de 1953, disposto a começar uma nova vida.

Um Olhar Histórico pelos Sistemas Assistenciais de Saúde Europeus - Custos e Benefícios


Tomando como referência o período de plena instalação e organização do SNS, 1990-2009, portanto um período suficientemente alargado para se poderem observar as variações e tendências do desempenho do sector público da saúde, analisaram-se os resultados por ele obtidos, medidos por quatro indicadores principais, (i) mortalidade precoce, (ii) mortalidade infantil, (iii) esperança de vida à nascença e, (iv) esperança de vida saudável.
Considera-se que estes indicadores são aqueles que melhor ilustram e sintetizam não só o desempenho do SNS mas também a medida em que os recursos das comunidades locais e as políticas sectoriais contribuíram para eles, considerando que o direito à saúde e o direito aos cuidados de saúde, embora garantidos por actores sociais e institucionais diferenciados, estão ambos incluídos no contrato social dos países considerados desenvolvidos.

Trata-se, além disso, de verificar se para um bem de mérito como a saúde os recursos disponíveis estão a contribuir com eficiência e efectividade para a sua melhoria, com impactos potenciais no desenvolvimento social e económico. É essa a natureza do retorno que se espera de uma visão alargada do sector da saúde.
No plano metodológico, a avaliação das alterações daqueles indicadores centrou-se em dois momentos temporais, 1990 e 2009, tendo-se selecionado para termos de comparação os países da União Europeia a 15.

Medos, Interesses e Afectos


O mais curto resumo da história da humanidade cabe  em três palavras: MEDOS, INTERESSES, E AFECTOS.

Na minha opinião, qualquer acção humana é condicionada por esses MEDOS, INTERESSES e AFECTOS. Estes três factores são universais.  Enquadram sistematicamente qualquer acção. Estão na génese, são a dinâmica e au mesmo tempo delimitam o perímetro possível ou acessível ao Homem, no domino material ou imaterial.

Esta teia na qual estamos todos presos e da qual ninguém escapa, gera incertezas, desconforto, dúvidas, angústias e lembra-nos a cada instante a mais importante característica  humana: Ter consciência. Ter consciência mas não só. Na realidade é ter consciência e ter perfeita consciência disso.

Para atenuar este pesado  desconforto, ou pesadelo constante, o homem inventa espelhos onde se vê, ou se revê, mas em situação mais confortável. São  bengalas: objectivo “ter boa consciência” ou seja mais conforto. Todos nós sem excepção temos várias dessas bengalas. A bengala mais frequente,  fundadora de certezas, é  quase sempre servida pelos humanos dominantes. Tal como nos documentários sobre a natureza,  Os humanos dominantes são os    “Alfa”. Controlam os grupos as sociedades e civilizações. O método é simples : os humanos Alfa distribuem verdades em troca de submissão.

8 de janeiro de 2015

A Ditadura da Dívida


Proponho-vos discutir aspectos nucleares da nossa vida como Nação, no quadro económico que nos envolve e que vai condicionar a vida do nosso País nas próximas décadas. 

Vivemos tempos que podem por em causa a Democracia e a Liberdade. É contra isso que estamos obrigados a lutar. Mas para sermos eficazes temos que rigorosos e, ao contrário do poder político, que nos últimos Anos, tanto em Portugal como noutros Países do nosso “Mundo”, se degradou para níveis impensáveis, suportando-se em análises imediatistas que podem, com a cosmética adequada, passar a ideia que tudo está melhor porque os indicadores são muito bons, temos obrigação de ir ao fundo das questões e trocar ideias para que possamos intervir de forma informada e rigorosa.

Como compreenderão não me passa sequer pela cabeça que aquilo que vos vou transmitir é algo indiscutível e redutor da troca de ideias e confronto sério de pontos de vista. Não, aquilo que aqui vos trago é um trabalho em que recolhi dados, tentei fundamentar opinião e que deve ser contestado por ideias diferentes, ou semelhantes, mas com perspectivas diferentes, até porque sei que o farão sempre com análises e interpretações fundamentadas e rigorosas.

Para enquadrar o problema permitam-me referir uma Prancha que apresentei em 7 junho 2010, na R:.L:. Ocidente designada por, Economia, Ética e os Tempos Conturbados, em que afirmava, e cito, "Resumindo, entre 1980 e 2009, Portugal aumentou o PIB para o dobro e aumentou 55 vezes a dívida. Se não nos endividámos para crescer, só podemos ter-nos endividado para consumir. Como sabemos que muito deste consumo foi importado, a dívida global é bem maior que a dívida do Estado. Pior, o Estado esmagou os contribuintes com Impostos que suportassem a ineficiência e o clientelismo tentacular que foi criando, sempre suportado numa informação "fait-divers" dirigida a cidadãos infantilizados e analfabetos, servidos por uma justiça que deveria ser cega mas não tanto." Fim de citação.

Cabala e Maçonaria: que dimensões comuns?


Agora que me é dada a responsabilidade de apresentar esta segunda Prancha, não posso deixar de reiterar o meu agradecimento pelo apoio e a paciência que todos demonstram, para com a lentidão do esforço continuado de transformar esta pedra bruta numa pedra que, embora com muitas arestas por suavizar, poderá continuar a aspirar a vir a ter forma.

Fiz esta prancha no sentido de partilhar um fenómeno e um profundo interesse que tem acompanhado a minha vida, faz alguns anos, e ainda antes de me ter sido dada oportunidade de crescer beneficiando do contacto com os valores e momentos de reflexão que me permite a Nossa Augusta Ordem.

Trata-se do interesse que desenvolvi, na modéstia das minhas limitações, pela estrutura filosófica de interpretação dos fenómenos do Universo, reconhecido como a Cabala.

Neste primeiro texto sobre o tema, vou apenas introduzir algumas questões essenciais para a nossa reflexão e como marcadores de Futuros textos que gostaria de escrever.

Assim, procuro estabelecer respostas a duas questões centrais:
a) O que é a Cabala e que dimensões têm sido identificadas como comuns com a Maçonaria?
b) Que implicações pode ter a Cabala para o meu caminho como Maçom?

O que é, então, a Cabala?

Pela complexidade da resposta a esta simples pergunta, tem sido argumentado que para chegar a uma resposta, podemos sempre começar por esclarecer antes o que a Cabala não é. Vejamos.

Porquê José César, nome simbólico


Estava eu na câmara de reflexão num ambiente onde tudo ou quase tudo me interrogava e ao que eu ia respondendo ao solicitado e aos objectos que á minha volta pareciam que me questionavam mais, que eu a eles.

Estávamos no ano de 1999 e eu um candidato, profano, a entrar para algo que eu pouco conhecia mas que sabia que era uma Ordem com provas dadas desde há séculos na defesa do primado do homem como ser igual fraterno e livre.

Pouco mais era do meu conhecimento nem a minha curiosidade ser bastante para que até ali me debruçasse sobre a maçonaria em particular.

Eu era um simples médico de família que gostava de participar nos movimentos e associações de carácter cívico e social e politica local.

Participei em todas as associações de pais das escolas dos meus 3 filhos, era presidente, e ainda sou, de uma IPSS, com provas dadas no apoio á família na valência de jovens e idosos.

A minha actividade política foi a nível autárquico em juntas de freguesia e assembleia municipal.
O meu percurso de vida era praticamente este, de forma reduzida.

Club dos Mak


Já muito se escreveu sobre Francisco de Almeida Grandella e os Makavenkos, mas persiste um estigma sobre ambos, a boémia. 

Não se entenderia que um homem como Grandella tenha tido a ideia e decidido fundar, com um grupo de amigos, um Clube com propósitos boémios, e no qual não era possível discutir política ou religião e ainda por cima bem acompanhados por belas raparigas, boa comida, alguma bebida e muita alegria. Tudo isto só pela boémia?

Apresento-vos o Club dos Mak, uma compilação de textos de autores que, como eu, se apaixonaram por figuras tão distintas da sociedade portuguesa:

Começo por Anabela Natário, jornalista, autora do prefácio do livro Memórias e Receitas Culinárias dos Makavenkos, autora também de grandes reportagens sobre FAG, a sua vida e a sua obra; Francisco de Almeida Grandella, contado pelas suas próprias palavras; maçom, republicano, comerciante, industrial, especialista em "marketing", avalista de revoluções, regimes livres e "bon vivant"; António Lopes, maçom, historiador e professor, diretor da Revista Grémio Lusitano. A complementar, alguns blogues e textos vários que vagueiam livremente pela internet, todos eles no sentido de me transmitirem a sua opinião pessoal.