Estava eu na câmara de reflexão num ambiente onde tudo ou quase tudo me interrogava e ao que eu ia respondendo ao solicitado e aos objectos que á minha volta pareciam que me questionavam mais, que eu a eles.
Estávamos no ano de 1999 e eu um candidato, profano, a entrar para algo que eu pouco conhecia mas que sabia que era uma Ordem com provas dadas desde há séculos na defesa do primado do homem como ser igual fraterno e livre.
Pouco mais era do meu conhecimento nem a minha curiosidade ser bastante para que até ali me debruçasse sobre a maçonaria em particular.
Eu era um simples médico de família que gostava de participar nos movimentos e associações de carácter cívico e social e politica local.
Participei em todas as associações de pais das escolas dos meus 3 filhos, era presidente, e ainda sou, de uma IPSS, com provas dadas no apoio á família na valência de jovens e idosos.
A minha actividade política foi a nível autárquico em juntas de freguesia e assembleia municipal.
O meu percurso de vida era praticamente este, de forma reduzida.
Um dia um colega meu de curso que eu já não via há meia dúzia de anos e após retomarmos um convívio mais regular, lançou-me o convite para a entrada na Maçonaria e eu perguntei porquê, embora com algum entusiasmo.
Respondeu-me de forma simples e directa, tu não és maçom, mas fazes maçonaria, e entregou-me um pequeno livro para eu ler e meditar, “ Introdução á maçonaria de António Arnault.
Este foi o meu primeiro contacto com a Maçonaria seguida dos inquéritos até chegar á câmara de reflexão, onde a curiosidade, a expectativa e a vontade pertencer ao GOL se misturavam no meu pensamento.
Ao pedido para escolher um nome simbólico fiquei baralhado, que nome vou escolher? Um nome de alguém importante? Alguém simples? Alguém que me tivesse marcado profundamente? Meu Pai? Meu Avô?...Quem?
Após alguns minutos no comboio do meu pensamento, salta-me um nome, César.
César foi a primeira personagem histórica que me impressionou, ao estudar então com 13 anos a antiguidade clássica. Um dos 1ºs grandes líderes que dá inicio ao grande Império Romano mas que não deixou de ser um defensor dos mais pobres no combate aos grandes interesses, no combate á corrupção, tendo sido assassinado em pleno senado romano por aqueles que estavam do lado dos grandes interesses e corruptos.
Mas também me veio ao pensamento a escolha de José. Personagem bíblica que aceitou ser o pai de uma criança, não sua, mas que a protegeu como de seu sangue.
Foi contudo esquecido pelo mundo católico pensa-se até ao século IV quando Santa Helena lhe dedicou uma Igreja.
Foi esta escolha, José e César que naquela tarde e naquela sala de reflexão eu juntei num nome só duas personalidades que me marcaram na fase da minha pré-adolescência e que eu chamei para me acompanhar durante a minha vida maçónica.
Meus irmãos, foi desta forma simples, quase inculta, que passei a chamar simbolicamente. José César.
Juntar a Força á Ternura e Compromisso.
José César M:. M:.
Novembro de 2014
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