O mais curto resumo da história da humanidade cabe em três palavras: MEDOS, INTERESSES, E AFECTOS.
Na minha opinião, qualquer acção humana é condicionada por esses MEDOS, INTERESSES e AFECTOS. Estes três factores são universais. Enquadram sistematicamente qualquer acção. Estão na génese, são a dinâmica e au mesmo tempo delimitam o perímetro possível ou acessível ao Homem, no domino material ou imaterial.
Esta teia na qual estamos todos presos e da qual ninguém escapa, gera incertezas, desconforto, dúvidas, angústias e lembra-nos a cada instante a mais importante característica humana: Ter consciência. Ter consciência mas não só. Na realidade é ter consciência e ter perfeita consciência disso.
Para atenuar este pesado desconforto, ou pesadelo constante, o homem inventa espelhos onde se vê, ou se revê, mas em situação mais confortável. São bengalas: objectivo “ter boa consciência” ou seja mais conforto. Todos nós sem excepção temos várias dessas bengalas. A bengala mais frequente, fundadora de certezas, é quase sempre servida pelos humanos dominantes. Tal como nos documentários sobre a natureza, Os humanos dominantes são os “Alfa”. Controlam os grupos as sociedades e civilizações. O método é simples : os humanos Alfa distribuem verdades em troca de submissão.
O dominado delega a capacidade de decisão nos “Alfa”. Em troca recebe verdades com essas verdades constrói um mundo virtual no qual só o próprio acredita. Desse mundo tira a energia com a qual pretende afirmar um estatuto que na realidade cedeu. As verdades dos Alfa vão parir certezas, as certezas adormecem as consciências. Com a certeza de defender um ideal, se assassina, e se faz regredir uma sociedade. Assim foi quando uns dominados nascidos em França, República laica, aceitam de um Alfa Yemenita, a missão de matar uns insubmissos, e ameaçadores cartoonistas cuja principal característica era: não aceitar verdades nem se quer de eles próprios. Mas os Alfa estavam lá na manifestação. Entre eles, alguns censuram a venda de qualquer publicação satírica dentro do seu território.
Viriato, M:.M:.
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