Fiquem vocês sabendo que, muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão de novo as grandes alamedas por onde passe o homem livre, para construir uma sociedade melhor.

(Últimas declarações de Salvador Allende ao povo chileno a 11 de Setembro de 1973, quando os aviões dos generais fascistas já bombardeavam o Palácio de La Moneda)

25 de abril de 2020

OS CRAVOS DE ABRIL


Com a devida vénia e respectiva autorização se transcreve este poema de Adilson Zotovici:

OS CRAVOS DE ABRIL

Versos em singela homenagem
A um  povo irmão e ordeiro
Lusitanos com amor, coragem,
Dissiparam velho nevoeiro

Disse o canto alvissareiro
Da “Grândula, vila morena”
O refrão tão verdadeiro
“O Povo é quem mais ordena”

Numa linguagem serena
Com fraternidade, brandura,
Soberania, igualdade plena
Por expressão sem clausura

Acima dos travos de amargura
Bravos com afã, em união,
Com Cravos Vermelhos e ternura
Nas ruas com elã, em aclamação

Vinte e cinco de abril a elisão
Da ditadura em verdade
Marco duma revolução
Social, cultural, à sociedade

E o Trovador da Liberdade
Autor da senha sobranceira
Comemora na eternidade
Sob a sombra da azinheira !

Adilson Zotovici

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