Fiquem vocês sabendo que, muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão de novo as grandes alamedas por onde passe o homem livre, para construir uma sociedade melhor.
(Últimas declarações de Salvador Allende ao povo chileno a 11 de Setembro de 1973, quando os aviões dos generais fascistas já bombardeavam o Palácio de La Moneda)
25 de dezembro de 2017
NOITE LOUVADA
Com a devida vénia e respectiva autorização mais um poema de Adilson Zotovici
A dizer-vos muito tenho
A pedir-vos quase nada
D’emoção não me contenho
Nessa noite encantada !
A Vós , óh Senhor, eu venho
Com minha voz embargada
Agradecer-vos me atenho
Por nossa feliz jornada
Manjedoura imaculada
Um inefável engenho
A terra iluminada
Nessa data Consagrada
Graças, Graças, com empenho
É NATAL...noite louvada !
Adilson Zotovici
23 de dezembro de 2017
Natal 2017
A comissão Editorial do Blogue deseja Boas Festas a todos os seus leitores e colaboradores.
A Quadra Natalícia tem vários significados esperando que os humanos, quando querem, façam aquilo que tão bem sabem fazer, a saber: o respeito mútuo por todas as interpretações.
Procura Iniciática, Transmissão e Ritual - reflexões
I – Introdução
O caminho que nos é proposto no dia da nossa Iniciação tem por fim fazer-nos passar dum estado considerado "inferior" a um estado "superior “ de consciência, lançando a ponte para o contínuo aperfeiçoamento interior, a caminho do Conhecimento e da Luz, que deve guiar todos os Maçons. Isto é verdade para todos os Ritos, por forma a admitir e elevar os seus adeptos a um grau de conhecimento de certos mistérios, pela entrega das chaves que dão acesso aos dados fundamentais, traçando o caminho a seguir para alcançar as etapas progressivas desse mesmo conhecimento.
Este percurso exige um caminho que desce até o fundo de nós mesmos, via do Conhecimento, indo de " nós mesmos para nós mesmos”. Daí a importância dos Ritos de Iniciação e dos Mitos, que representam os perigos, as armadilhas a evitar para alcançar a visão salvadora do Ser, mas não a do Ter. Daí os perigos dum caminho iniciático, de cariz marcadamente pessoal , caracterizado pelo acesso individual e único, aliado à compreensão dos símbolos, fora de todo o método ou "escolas" tradicionais…
Segundo D. Béresniak (7) : “Enfrentar o medo é uma constante de todos os Ritos Iniciáticos de todos os tempos sendo a sua abolição a primeira etapa para o Despertar. Moral, conhecimento e amor são indissociáveis deste processo”…. “A reflexão sobre os símbolos é o trabalho mais importante que se efectua na Maçonaria não esquecendo que a leitura e a escrita são formas superficiais de uma conversação”.
No desenvolvimento da procura iniciática, o Ritual desempenha um papel primordial, mas apesar da sua inquestionável importância, não será o único vector a ter em conta, já que apesar de representar o guia e o fio condutor do trabalho maçónico em Loja, o objectivo da procura iniciática não se restringe estritamente a ele.
O trabalho que procurámos estruturar é um tributo a dois reconhecidos autores e estudiosos maçónicos, I. Mainguy e Victor Guerra (felizmente ainda vivos) para além do (para nós) sempre presente D. Béresniak, (conforme indicado na bibliografia). Representa uma ligação entre perspetivas independentes, mas que se complementam, construindo o fio condutor do caminho que perspectivamos. Deste modo os erros ou inconsistências que possam existir, serão por certo da nossa inteira responsabilidade.
Atenda-se (e entenda-se) que o Simbolismo maçónico é o elemento fundamental do pensamento iniciático, de que não se pode fazer uma intelectualização redutora. Deve ser acima de tudo um processo de conhecimento e o instrumento da transformação interior do homem. Enquanto que a linguagem da razão é necessáriamente limitada, "o Simbolismo, enquanto suporte da intuição transcendente, abre possibilidades verdadeiramente ilimitadas" (René Guénon, «Perspectivas sobre a Iniciação») (2).
Face ao papel primordial do simbolismo maçónico, recordamos (de novo) D. Béresniak (5), ao afirmar : “A Iniciação ao pensamento simbólico não é mais que um utensílio intelectual que ajuda a indagar por que razão tais representações gráficas podem estar associadas a determinadas reflexões.
Os símbolos que o Maçom usa fazem parte de um fundo comum à humanidade mas a maneira particular de os combinar, essa, é específica da Maçonaria” (“L’Apprentissage Maçonnique - Une École de L’éveil»).
21 de dezembro de 2017
Solstício Inverno 2017
Este ano o Solstício de Inverno, ponto da eclíptica em que o Sol atinge a posição mínima de afastamento (altura) em relação ao equador, ocorre no dia 21 de Dezembro às 16h 28min.
Este instante marca o início do Inverno no Hemisfério Norte, estação mais fria do ano. Neste dia, o sol no plano da eclíptica passará pela declinação mínima (latitude ao equador) de -23° 26′ 5″, atingindo o máximo de fluxo de energia solar (J/m2) no hemisfério sul do planeta. Produz também um dos dias mais curtos do ano no hemisfério norte.
Esta estação prolonga-se por 88,99 dias até ao próximo Equinócio que ocorre no dia 20 de Março de 2018 às 16h 15min.
16 de dezembro de 2017
Blagues
Transcrito (a tradução foi feita pela Comissão Editorial do Blogue cabendo a ela a responsabilidade de qualquer erro), com a devida vénia, do Blogue etoile2poles.free.fr
Uma noite, aconteceu com o papa Bento (omitido pela Comissão Editorial do Blogue) o que acontece com todos os homens: ele morre. Fecha os olhos e sente-se aspirado para o Céu. Quando abre as pálpebras, um homem está parado à sua frente.
- Ah! Meu Deus! Finalmente, aqui estou no paraíso, depois de uma vida dedicada à glória de Deus Nosso Senhor!
Aproxima-se do homem e diz-lhe:
- Saúdo-te Pedro, aqui estou finalmente, Eu, Bento, teu sucessor...
Na frente dele, os olhos do homem agigantam-se:
- Quem?
- Bem... Eu... Bento, o papa da Igreja Católica.
- Desculpe, mas não tenho ninguém com esse nome.
Então, o Papa fica vermelho de raiva!
- Quem és tu? Estás a divertir-te comigo! Eu sou o Papa da Igreja de
Roma! Onde está o chefe?
- O chefe? Atrás da porta, ali ao fundo.
Bento (omitido pela Comissão Editorial do Blogue) vislumbra uma pequena porta a um canto, dirige-se para ela e começa a bater, toc…toc…
"Venerável Mestre", disse uma voz lá dentro, "batem, profanamente, à porta do templo!
Um médico e um canalizador pertencem à mesmo Loja. Um domingo de manhã, o doutor encontra a sua retrete entupida. Ele telefona ao seu irmão, o canalizador, que lhe diz:
"Mas eu não trabalho aos domingos. Não pode esperar até amanhã? "
Então o médico responde:
"Eu também não trabalho aos domingos, mas se tu te sentires mal, meu irmão, eu vou imediatamente ver-te. "
"Tudo bem, eu vou", responde o canalizador.
Quando chegou, olhou para a retrete tirando dois comprimidos de aspirina do bolso que lança para a retrete puxando o autoclismo e diz: "Ora a qui está. Se amanhã não estiveres melhor, voltarei para te ver»
Uma noite, aconteceu com o papa Bento (omitido pela Comissão Editorial do Blogue) o que acontece com todos os homens: ele morre. Fecha os olhos e sente-se aspirado para o Céu. Quando abre as pálpebras, um homem está parado à sua frente.
- Ah! Meu Deus! Finalmente, aqui estou no paraíso, depois de uma vida dedicada à glória de Deus Nosso Senhor!
Aproxima-se do homem e diz-lhe:
- Saúdo-te Pedro, aqui estou finalmente, Eu, Bento, teu sucessor...
Na frente dele, os olhos do homem agigantam-se:
- Quem?
- Bem... Eu... Bento, o papa da Igreja Católica.
- Desculpe, mas não tenho ninguém com esse nome.
Então, o Papa fica vermelho de raiva!
- Quem és tu? Estás a divertir-te comigo! Eu sou o Papa da Igreja de
Roma! Onde está o chefe?
- O chefe? Atrás da porta, ali ao fundo.
Bento (omitido pela Comissão Editorial do Blogue) vislumbra uma pequena porta a um canto, dirige-se para ela e começa a bater, toc…toc…
"Venerável Mestre", disse uma voz lá dentro, "batem, profanamente, à porta do templo!
Um médico e um canalizador pertencem à mesmo Loja. Um domingo de manhã, o doutor encontra a sua retrete entupida. Ele telefona ao seu irmão, o canalizador, que lhe diz:
"Mas eu não trabalho aos domingos. Não pode esperar até amanhã? "
Então o médico responde:
"Eu também não trabalho aos domingos, mas se tu te sentires mal, meu irmão, eu vou imediatamente ver-te. "
"Tudo bem, eu vou", responde o canalizador.
Quando chegou, olhou para a retrete tirando dois comprimidos de aspirina do bolso que lança para a retrete puxando o autoclismo e diz: "Ora a qui está. Se amanhã não estiveres melhor, voltarei para te ver»
14 de dezembro de 2017
13 de dezembro de 2017
CAMINHEMOS
Com a devida vénia e respectiva autorização transcreve-se mais um poema de Adilson Zotovici
Caminhemos sim, sem parar !
Em marcha firme, adiante,
Desde a aurora, do limiar,
Da nossa busca incessante
Oh quão bom ver o despertar
Do passaredo vibrante
Do Sol, o ocaso e o raiar
O sopro de vida pujante
Busquemos em cada lugar
Aqui bem ao lado ou distante
A felicidade sem par
Breve simplória ou marcante
Com a Força Divina a guiar
Superemos vereda intrigante
Sem esmorecer ou curvar
Qual bom cavaleiro andante
Vamos entender e tolerar
Em convívio com o semelhante
Conjugando o verbo amar
Perdoando o ser errante
Supérfluo não se deve levar
Embora até redundante
Vez que excesso só pode pesar
Como o alheio e o não importante !
Ora, vamos caminhar !
Por senda exterior e vibrante
Pra encontrar no interior, a morar...
O SENHOR , pela paz reinante !
Adilson Zotovici
5 de dezembro de 2017
Maçonaria, Gestão e a Loja – reflexões
Transcrito, com a devida vénia e respectiva autorização, do Blogue Jakim&Boaz
I – Introdução
Após alguns trabalhos apresentados neste Blog envolvendo temas relativos aos conceitos básicos de gestão duma loja maçónica e à sua eventual correlação com alguns pressupostos e práticas de Liderança e Gestão das organizações profanas, achámos oportuno elaborar uma síntese que integrasse as áreas que considerámos importantes daqueles trabalhos, complementadas com outros pontos que julgámos não terem sido equacionados ou tratados insuficientemente ou sem a relevância necessária.
Sendo a Loja a célula base de todo o corpo maçónico, actua a nível local sob a jurisdição do Grande Oriente, enquanto garante superior da coordenação obediencial. O seu funcionamento e a sua dinâmica dependem do cumprimentos dos deveres e obrigações acordados pelos Maçons que a constituem, quando da Iniciação, mas também da capacidade do Quadro da loja em gerir eficazmente os recursos à disposição, em especial o primordial recurso humano, óbviamente dependente do filtro do processo de selecção. Esta capacidade (ou não) constitui o determinante principal para a sua afirmação e perspectiva de desenvolvimento, contributo decisivo para a evolução da Obediência, sobretudo no espaço geográfico em que se insere.
A Loja Maçónica representa um modelo único no seu género, sendo considerada como uma micro-organização peculiar, já que possui apenas IIr∴ iguais em direitos, mas não em deveres. Todos os IIr∴, unidos pelo juramento e vinculados pelo segredo maçónico são solidários entre si. Estes princípios traduzem desde logo uma diferença inequívoca face ao mundo profano, diferença essa que é superiormente enquadrada pelo facto do comportamento em sessão ser guiado e codificado pelo ritual.
Nesta micro-organização peculiar, os oficiais assumem uma hierarquização no plano das responsabilidades e o sistema organizativo e de gestão distingue-se pela particularidade de ninguém deter nem o poder temporal absoluto, nem o poder espiritual. Esta “sociedade” só obtem a soberania e o poder a partir de si mesma. Traduz um modelo único no seu género, comparativamente à generalidade das organizações do mundo profano, nas suas diferentes áreas de actuação.
Estipula o Regulamento Geral da N:.A:.O:., que para a eleição a qualquer cargo em loja, é necessário que o Maçom tenha o grau de Mestre (exceptuando o previsto para o cargo de Secretário). Em especial o Venerável (ponto c) do Artº respectivo) deverá ter pelo menos 2 anos de experiência neste grau, e estar entre os mais assíduos e conhecedores dos assuntos maçónicos, sendo omisso quanto ao prévio desempenho de outros cargos em Loja.
Este é um ponto a que se deverá sempre dar particular relevo. Não é, à partida, aconselhável escolher para V:.M:. alguém que não tenha tido experiência prévia no desempenho de alguns cargos em Loja, nomeadamente os de: Mestre de Cerimónias, Experto, Secretário, Vigilantes ou Orador, o que na generalidade é respeitado. Sendo certo que todos os cargos são igualmente importantes, as Luzes da Loja (VVigs e V:.M:.), por serem os que mais exigem conhecimento e preparação, deverão ser preenchidos, salvo em casos excepcionais (formação recente da Loja, fracturas ou dissenções internas), por Mestres com reconhecida experiência e conhecimento para tal.
Em termos de suporte a um melhor desempenho das Luzes da Loja poder-se-á questionar a necessidade destes possuírem alguns conhecimentos e sobretudo experiência anterior, na área da gestão de organizações profanas. Não cremos que seja absolutamente necessário, mas será provavelmente conveniente, se aliado a sustentado conhecimento do funcionamento da Obediência e dos princípios maçónicos, aliados à prática ritualística em Loja, tão necessários ao eficaz desempenho daqueles cargos. Procuraremos nos pontos seguintes, clarificar esta afirmação.
3 de dezembro de 2017
Coluna Norte-Tributo a Daniel Béresniak
MM.’.QQ.’.IIr.’. sentados na Coluna Norte, quando olho para vós, a minha memória afectiva denuncia-me com singelas gotas de água e cloreto de sódio que escorrem sublimadas pelo muito que aí, sentado como vós, aprendi e reaprendi modificando o meu comportamento, materialmente montado e espiritualmente incompleto.
Aí, foram muitas as vezes que perguntei a mim próprio, porque me sentia ignorante e desfasado, para e porquê a sucessão dos trabalhos com símbolos, gestos e toques a desfilarem sem sentido aparente e num corrupio ambíguo que provocava, à vez, uma alegria intensa e uma tristeza estranha?
Quis o acaso e a necessidade que nesses instantes e pedaços estivessem presentes, solidários e fraternos, um conjunto de IIr.’. que fizeram a diferença: uns confiando nas minhas capacidades, outros cedendo-me grande parte da sua bibliografia pessoal e ainda outros, com a sua maneira de estar e agir, a demonstrarem que é possível um segundo nascimento com a finalidade de reunir o que está esparso.
Das mil leituras que fiz, das mil experiências que assimilei e das mil coisas que me escaparam, vou falar-vos de uma Obra Literária, da qual farei um resumo pessoal (embora os conceitos e as ideias pertençam ao Autor) com o intuito de poder contribuir, se assim o desejarem, para a vossa caminhada na via da Luz, que uma vez Iniciada vai ser calcorreada infinitamente até ao fim dos vossos dias. Chama-se L’Apprentissage Maçonnique, une école de l’éveil? O Autor é Daniel Béresniak-um digníssimo representante dos que sentem e agem a Liberdade, Igualdade e Fraternidade. É óbvio que a leitura completa da obra é, não só essencial como obrigatória. É claro também que todas as incorrecções que encontrarem, sou o responsável e nunca o Autor.
Em termos de estrutura do traçado vou enumerar (aqui sim, a escolha é minha) o que de mais importante apurei transcrevendo os extraordinários pensamentos de D. Béresniak e seguindo os capítulos da Obra mencionada. Assim:
A-INTRODUÇÃO
1-O estudo dos símbolos e dos mitos é a via para a introspecção e do conhecimento de Si-mesmo.
2-Para se dominarem as paixões é preciso conhecê-las primeiro.
3-Homem Livre: nada sabe; é indiferente às honrarias e considerações sociais; segue um caminho à volta de si próprio para não ser manipulado por ideologias que aprenderá a desmontar; reduz e isola os mitos dos arquétipos que os compõem ficando ao abrigo do ódio e das simplificações mortais.
4-Fraternidade não é cumplicidade pois esta prefere falar do Eu com palavras caras evitando a todo o custo dissecar o Si-mesmo. A Beneficência não é uma delicadeza que a vaidade deu à virtude (esta chama-se caridade).
5-O interesse no estudo dos símbolos é causado pelas chaves que eles contêm, chaves estas, que são correntes de pensamento associadas ao património cultural do universo.
6-Resolver os problemas dos outros sem primeiro resolvermos os nossos colocam a ambição, não como um valor mas como a expressão mais conveniente à fuga de Si-mesmo.
7-A Franco-Maçonaria tem sido entrelaçada por ortodoxias exotéricas que juntam ao seu tesouro bibelots de pacotilha para que se esqueçam os conhecimentos que permitem distinguir as pedras preciosas da quinquilharia.
8-O Homem vulgar reage, mas necessita de aprender a agir. Para tal, é essencial conhecer-se a si próprio nem que tenha que contestar o carácter racional das suas escolhas e procurar as origens irracionais.
9-A Mestria deve revelar-se por um estado de espírito entre a crítica sistemática e a confiança pueril.
2 de dezembro de 2017
Efemérides-Dezembro
Transcrito, com a devida vénia e respectiva autorização, do LIVRO DAS EFEMÉRIDES – HISTÓRICAS, POLÍTICAS, MAÇÓNICAS E SOCIAIS - 2016
Daniel Madeira de Castro Página 561
DEZEMBRO
1383 – Surge em Lisboa uma confederação das corporações de mestres, de representação consultiva junto da municipalidade da capital, A Casa dos Vinte e Quatro, constituída por dois representantes de cada um dos doze ofícios oficialmente representados, e que foi extinta com a consolidação política do liberalismo socio-económico em 1834. Este organismo preservou a integridade da idiossincrasia operativa dos mestres agregados, tal como a sua hierarquia administrativa se apresentava paralelamente analógica à tecnologia da escala iniciática da estrutura maçónica especulativa portuguesa a Casa Real dos Pedreiros Livres da Lusitânia (março de 1733), à qual pertenceram alguns maçons operativos, como o arquiteto húngaro Carlos Mardel (8/9/1763), responsável pela reedificarão da baixa pombalina após o terramoto destrutivo de 1755.
1663 – Em Wakefield praticava-se um ritual maçónico de sete graus que foi escrito e revisto por Robert Padgett, maçon, aprovados neste mês numa assembleia, passando a ser conhecido por Constituições de Roberts. Entre os maçons locais praticava a seguinte oração "Santíssimo e Glorioso El Shaddai, Grande Arquiteto do Céu e da Terra, doador de todos os dons e de todas as graças, que prometeste que, quando dois ou três estiverem reunidos em Teu Nome nós reunimo-nos, suplicando-Te humildemente que nos abençoes em todas as nossas empresas, que nos dês o Teu Espírito Santo a fim de iluminar os Espíritos de Sabedoria e de Inteligência do nosso venerável e digno mestre, a fim de que possamos conhecer-Te e servir-Te como convém e de que todas as nossas ações possam tender para a Tua Glória e Salvação das nossas ações", depois a Loja era aberta em nome de Salomão.
1733 – Ata da Loja Olds King Arm's, n° 238 de Londres, lê-se que o painel de Loja deve ser desenhado sobre tela.
1750 – Louis de Noailles, duque de Ayen, maçon, capitão da Guarda Escocesa, marechal de França, recebeu a carta patente n° 22 para a criação da Loja Amenidade, loja militar, no Regimento Noailles-Dragons.
1770 – O gov. do Funchal enviou para Lisboa, o prisioneiro François d'Allincourt, por ser maçon.
1777 – O alfabeto maçónico franco-alemão era utilizado na correspondência duma amante de José Anastácio da Cunha (11/5/1744), que provavelmente lho transmitiu.
1789 – Verificou-se um poder crescente dos jacobinos (Maximilien Robespierre), dos cordeliers (Georges Danton) e de outros clubes de Paris.
1796 – A Inglaterra conquistou o Sri Lanka aos holandeses.
1820 – Nas eleições para as Cortes Constituintes, de 116 deputados, 50 eram maçons.
1877 – Thomas Edison (11/2/1847) conseguiu a primeira gravação sonora reproduzida num fonógrafo.
1897 – Luz de Almeida (25/3/1867), maçon, fundou em Portugal a Carbonária, que em 5 de Outubro tinha cerca de 40.000 membros.
1904 — Motim dos estudantes do Seminário de Bragança, revoltados com o rigor disciplinar, organizaram protestos, foram expulsos diversos seminaristas. Conforme sublinhou Luís Reis Torgal, o ensino eclesiástico era fundamental "não só para a formação do clero, mas também para a formação de um sector de elite que não poderia ter estudado sem o apoio material da igreja". A realidade é que os seminários, como o de Bragança, que funcionava desde 13/1/1766, eram geralmente frequentados por estudantes que "acorriam aos seminários sem vocação e apenas por imperativos familiares e materiais".
1910 – Fundada a revista Águia dirigida por Teixeira de Pascoaes, onde Fernando Pessoa viria a participar ativamente e que se publicou no Porto de Dezembro de 1910 a 1932.
1923 — Primeiro número do semanário Homens Livres, Livres da Finança & dos Partidos, só saíram dois números, tinha como redator principal António Sérgio, contando com a colaboração de Afonso Lopes Vieira e juntou colaboradores de diferentes campos políticos e foi editado por Reinaldo Santos.
1942 — Fundado o Núcleo de Doutrinação e Ação Socialista, agrupando estudantes universitários como Vitorino e José de Magalhães Godinho, Moura Dinis, Afonso Costa (filho), Gustavo Soromenho, Mário de Castro, António Macedo, Paulo Quintela, Teixeira Ribeiro, Mário Cal Brandão, Olívio França, Artur Santos Silva, Teixeira Ribeiro, muitos deles maçons.
1943 — Fundação do M.U.N.A.F. - Movimento de Unidade Nacional Anti-Fascista, organização clandestina que representou o primeiro grande movimento unitário antifascista dos anos 40 e que congregou diferentes filiações partidárias (socialistas, republicanos, comunistas, católicos, liberais, monárquicos e seareiros) e independentes. O gen. Norton de Matos presidiu ao Conselho Nacional e ficou a fazer parte da Comissão Política, juntamente com Barbosa de Magalhães e Bento de Jesus Caraça. Estabeleceu-se uma Comissão Executiva que contou, entre os seus membros: Fernando Piteira Santos, José Magalhães Godinho, Jacinto Simões, Alberto Rocha, Manuel Duarte e Moreira de Campos, muitos deles maçons e publicaram a revista Resurgimento.
1944 — Criação em Lisboa da União Socialista, resultado da fusão do Núcleo de Doutrinação e Ação Socialista com a União Democrática, virá a ter uma organização à escala nacional e núcleos nos principais sectores socioprofissionais, e editará um órgão mensal clandestino intitulado A Terra. A sua ação nos anos 50 incidiu na doutrinação e estudos (projetos de reforma do ensino e da constituição política, análise de problemas económicos e sectoriais). Esta organização, a que estiveram associados Mário de Azevedo Gomes e Henrique de Barros, sobreviveu até 1964, data em que os seus elementos aderiram à A.S.P. - Ação Socialista Portuguesa.
1945 — O camponês egípcio Muhamad Ali as-Salmman, encontrou um pote vermelho de cerâmica, contendo treze livros de papiro encadernados em couro, no total descobriram cinquenta e dois textos naquele sítio, dececionados, levaram para casa, e sua mãe chegou a usar alguns papiros para acender o fogo. Na primeira análise, a primeira linha traduzida do copta foi: "Essas são as palavras secretas que Jesus, O Vivo, proferiu, e que seu gémeo, Judas Tomé, anotou". Em 1952, O museu Copta do Cairo, recebeu para sua guarda os manuscritos, faltavam algumas páginas e um códice fora vendido pela família de Mohammed para o Inst. Jung, Zurique, esses códices passaram a ser chamados de Bíblioteca de Nag Hammadi, localidade onde foram encontrados os manuscritos, e depois Evangelhos Gnósticos ou Evangelhos Apócrifos.
1953 — Nos E.U.A. foram realizadas as primeiras experiências de televisão a cores.
1958 — A G.L. de França propôs ao G.O. de França e à G.L. Nacional Francesa, a união das três obediências francesas num quadro confederativo sob a égide dum Grande Conselho Nacional.
1960 – Importante reunião do Comité Central do P.C.P. onde foi presente em nome da Comissão Política o documento A Tendência Anarco-lIberal do Trabalho de Direcção, e outro documento lido por Vilarigues Tarefas da Organização. Informe da Comissão Política, este da autoria de Cunhal, que veio na sequência do Ensinamentos de uma Série de Traições, uma leitua dos desvios de direita protagonizados na direção de Fogaça.
Daniel Madeira de Castro, M.'.M.'.
26 de novembro de 2017
COMO TAL
Com a devida vénia e respectiva autorização transcreve-se mais um Soneto de Adilson Zotovici
Prática da Maçonaria
Eu diria providencial
Pois perene, o Olho é vigia
Por todo canto, imparcial
Fanatismo, idolatria
Envaidecimento pessoal
Distancia da filantropia...
Não decoram o lhano avental
Só bons costumes dia a dia
Com amor e humildade afinal
Sem soberba e hipocrisia ;
Um livre pedreiro , um igual,
Não ser o tal na confraria
Mas...reconhecido como tal
Adilson Zotovici
Prática da Maçonaria
Eu diria providencial
Pois perene, o Olho é vigia
Por todo canto, imparcial
Fanatismo, idolatria
Envaidecimento pessoal
Distancia da filantropia...
Não decoram o lhano avental
Só bons costumes dia a dia
Com amor e humildade afinal
Sem soberba e hipocrisia ;
Um livre pedreiro , um igual,
Não ser o tal na confraria
Mas...reconhecido como tal
Adilson Zotovici
24 de novembro de 2017
Jantar-Debate
Grémio Universalis
O PODER DO DINHEIRO
no séc. XXI
Jantar-Debate
Prof. Doutor Jorge Landeiro
Terça-Feira, 28 de Novembro, 20.30H
Hotel Real Parque
Av. Luís Bívar 67
Lisboa
15€
Inscrições: barreiras.antonio@gmail.com - 937269529
14 de novembro de 2017
12 de novembro de 2017
Curiosidades Maçónicas: Origem da Palavra «Freemasons»
Traduzido, com a devida vénia, da Revista Pietre-Stones, Review of Freemansonry, sendo a tradução da responsabilidade da Comissão Editorial deste Blogue, logo, qualquer erro detectado é atribuído ao mesmo.
O primeiro uso conhecido da palavra Pedreiros-Livres (Freemasons )- na forma Maçom, sem hífen (Free Masons) - ocorreu na Cidade de Londres (Letter-book H de 9 de Agosto de 1376), embora a palavra tenha sido de facto excluída, surgindo Maçom (Mason) em sua substituição.
Os Maçons (Masons) e os Pedreiros-Livres (Freemasons) foram sujeitos a intercâmbios durante os séculos 15 e 16 e os Pedreiros-Livres (Freemasons) estavam, em geral, destinados a cortar segmentos da pedra, sendo usada a palavra Maçom (Mason) para designar todos os trabalhadores da pedra.
E. Ashmole, no seu diário, escreveu que ele foi feito um Maçom (Free Mason) passando a pertencer, em 1686, à "Comunidade de Maçons Livres" (Fellowship of Free Masons).
James Anderson ao escrever suas Constituições de 1723 não usou uma única vez a palavra Pedreiros-Livres (Freemasons). Quaisquer que sejam as razões, as Constituições de 1723 contêm aproximadamente 126 referências a Maçons, sob as formas, a saber: Maçons, Maçons Livres e Aceitos e nenhuma referência aos Pedreiros-Livres (Freemasons), sendo de tal forma intensa a tenacidade da tradição que até hoje a maioria das Constituições são dirigidas a maçons livres e aceitos e aos maçons não aceitos.
O folheto antimaçónico mais antigo, de 1698, adverte o público contra "aqueles chamados de Maçons Livres" - quase certamente o que agora sabemos como francos-maçons ditos especulativos.
7 de novembro de 2017
5 de novembro de 2017
4 de novembro de 2017
LIÇÃO DAS JOIAS
Mais um Soneto do Ir.'. Adilson Zotovici
Movem as joias do canteiro !
Com rigor, com equidade,
Que um mestre sobranceiro
As reveste com vontade
Passa um dia, ano inteiro ,
Com a oportunidade
De servir à cada obreiro
De exercer fraternidade
Cada cargo, passageiro,
Que se cumpre sem vaidade
Que todo igual é herdeiro
Mas creio que na verdade
Mostra ao livre pedreiro...
Grande lição de igualdade !
Adilson Zotovici
3 de novembro de 2017
A Vida Comunitária em Loja e o Simbolismo das suas Funções
Este será mais um traçado que não poderá ser considerado de Instrução, pois apenas pretende percorrer pistas que necessitarão de ser aprofundadas com um rigor reflexivo para nos guindar à Luz, Luz esta, que tem uma tripla pronúncia: amor, conhecimento e trabalho que, como escreveu Daniel Béresniak, …são indispensáveis sem que nenhum deles possa ser privilegiado ou posto de lado para se não correr o risco de se tornarem paródias…
Assim, e sabendo nós que uma Loja designa uma comunidade de francos-maçons que se reúnem à volta do Templo numa perspectiva simbólica, podemos começar, usando a analogia como procedimento essencial do pensamento simbólico, por imaginar que o ser humano é um microcosmos e o universo o macrocosmos representando o Templo a intimidade entre estes dois opostos, ou seja, comecemos por tentar racionalizar e compreender a obra humana (nas vertentes racional, imaginativa e intuitiva) para a situar no universo. Esta relação entre sonho e realidade é feita decifrando os símbolos de modo a proporcionar a verdadeira libertação da dicotomia objectividade/subjectividade.
Para que se …reúna o que está esparso…,é necessário que esta vida comunitária, aqui expressa na Loja/Templo, tenha regras surgindo assim a funcionalidade bem visível nos Ofícios e Oficiais que a compõem. É desta funcionalidade e suas implicações que vos quero falar.
Convém recordar que as viagens são um dos princípios essenciais do ensino iniciático e se as cito é para remarcar que nenhuma pessoa deve permanecer numa função durante demasiado tempo para se não correr o risco de esquecermos as três facetas de uma função: fazer, proteger e ensinar. As funções de uma vida comunitária foram-se buscar às das sociedades humanas, tanto no plano material como espiritual com a particularidade de, na F-M serem fraternas, quer dizer, sem primazia de nenhuma delas sendo todas importantes, como na construção de um edifício em que uma pedra sustenta a outra sem nenhuma delas, isoladamente, ser superior à outra. É claro que há uma hierarquia, nunca no sentido profano em que as diferenças geram conflitos. Aqui, o V.’.M.’. cessante passa a G.’.Int.’. numa demonstração de grande humildade e igualdade, ou seja, cada um cumpre o seu papel numa ordem programada e útil ao funcionamento onde a cada um dos Oficiais cabe uma função específica que se for correctamente cumprida toda a Loja fica beneficiada.
Independentemente dos Ritos (em que o número de Oficiais varia consideravelmente) há em todos uma tríade fundamental: V.’.M.’.,1º e 2º VVig.’. (as chamadas Luzes da Loja) e uma grande variabilidade nas restantes funções podendo ir desde os dez Ofícios no R.’.E.’.A.’.A.’. e Francês aos oito nos de Menphis-Misrain ou ainda como nos Ritos anglo-saxónicos (Emulação e York) que tem 8 obrigatórios e sete não obrigatórios. Quanto à denominação dos Ofícios a mesma variabilidade se mantém (por exemplo nos ritos anglo-saxónicos não há Ir.’. Orad.’.) mas o que interessa saber é que todos os Rituais são discutíveis por serem baseados em rituais mais antigos que foram sendo descontextualizados e adaptados às realidades do espaço e tempo de cada época. Remarco que as diferenças entre eles são apenas superficiais mas o ensino é o mesmo, ou seja, aprender a separar o trigo do joio que é captar a unidade fundamental do espírito humano para se abrirem as portas do saber e do progresso, e isto sem prepotências (um conjunto de Lojas constitui uma Obediência e não uma Potência), quer espirituais quer materiais.
2 de novembro de 2017
Efemérides-Novembro
Transcrito, com a devida vénia e repsectiva autorização, do LIVRO DAS EFEMÉRIDES – HISTÓRICAS, POLÍTICAS, MAÇÓNICAS E SOCIAIS - 2016
Daniel Madeira de Castro Página 519
NOVEMBRO
1721 — Criado pelo maçon sueco, Emmanuel Swedenborg (29/1/1688), o Rito Swedenborg, desenvolvido com oito graus, em que os últimos cinco são de inspiração bíblica.
1773 — Processo da justiça maçónica contra Diego Lagrange, maçon, que preso em Cádis e com seus bens confiscados, confessou o nome de quarenta maçons em Lima, atual Peru.
1787 — O comerciante francês François Gilles era suspeito de ser maçon, em face das suas frequentes deslocações ao nosso país, em 1791/2 teve papel relevante de promoção da Maçonaria em Portugal juntamente com Jean Josset d'Orquigny, Jean Batiste de la Marche, Cavaleiro de Feron, sendo provável que tenha sido V.M. duma loja em Lisboa.
1821 — Primeira lista conhecida de treze lojas do G.O.L., onze em Lisboa e duas no Porto.
1849 — Medida a velocidade da luz, a 313.240 kms/s, por Armand Fizeau.
— Utilizado pela primeira vez o cimento armado, por Joseph Manier.
1873 — As cidades rivais de Buda e Peste foram unidas a formaram a atual capital da Hungria, Budapeste.
1902 — J. M. Bacon atravessou de balão o canal da Irlanda.
1903 — O Partido Social Democrata Russo no Congresso de Londres dividiu-se em dois, os mencheviques (Plekhanov) e os bolcheviques (Lenine).
1909 – Publicado em Coimbra o primeiro número do Folhas Novas, que durou cinco números até abril de 1910, editado e dirigido por Floro Henriques, "… O plano d’estas folhas nasceu d’um grupo de homens de acção, que determinaram pôr por obra os seus ideaes, fazendo-os circular por toda a parte, sobretudo entre a gente do campo, onde a verdade é, quasi sempre, aquillo que o padre quer" é “um dos raros exemplos do esforço de propaganda laicista especificamente orientada para a “gente do campo, onde a liberdade é, quase sempre, aquilo que o padre quer” (do editorial). Num universo marcado pelo analfabetismo e pelo catolicismo, como era o mundo rural, alguns republicanos e socialistas procuravam difundir os seus ideais, não se limitando às cidades”.
1911 — Congresso Anarquista Português, discutiu-se a presença do anarquismo nos meios sindicais, prevalecendo a orientação que apostou na doutrinação do sindicalismo, secundarizando a intervenção nas organizações sindicais.
1922 — Os comunistas foram obrigados a romper com a maçonaria, uma decisão do 4.° Congresso do P.C.U.S., Manuel Alpedrinha e Victor Hugo Velez Grilo, militantes do P.C.P., entre outros, abandonaram a maçonaria.
– Publicado o primeiro número da revista quinzenal Cruzada Nacional de Nun’Álvares, orgão doutrinário da Cruzada Nun’Álvares, organização nacionalista, monárquica e reacionária, dirigida por João Afonso de Miranda, que durou até 1938. Identificada com o catolicismo social e corporativismo associativo, bases do Estado Novo, autoritária e antiliberal, abrangendo nesta plataforma reacionária de várias individualidades do campo sidonista aos monárquicos integralistas e dos católicos aos principais interesses económicos então instalados agrupados à volta de Moses Amzalak, passando por personalidades do campo cultural e literário "declarada ruptura com a legalidade republicana, cuja concretização era insusceptível de ser posta em prática senão fora do quadro constitucional então vigente". 1925 – O G.M. Domizio Torrigiani eleito em 1919 pelo G.O. de Itália emitiu um decreto suspendendo os trabalhos maçónicos, foi preso em Lipari e assim se manteve até às vésperas da sua morte em 1932.
1927 – Publicado o primeiro número do jornal republicano clandestino A Victória, "Nesta hora de fé, entusiasmo, de acrisolado amor pela Pátria, é-nos grato gritar, vibrantemente: PELA REPÚBLICA! PELA LIBERDADE! PELA CONSTITUIÇÃO! A luta, a batalha, o triunfo dos nossos ideais, estão
próximos! Exercito, marinha, tudo quanto sinta vibrar dentro de si amor patrio: Ás Armas! Viva a República!".
1937 — O decreto lei n° 28219 regulamentou a necessidade da licença para uso de isqueiro na via pública, sujeito a multa, abolido em maio de 1970. Os estudantes caricaturavam esta lei, acendendo cigarros, com um pedaço de telha sobre a cabeça, para "estarem debaixo de teto".
1940 – Após a ocupação da Bélgica pelas forças alemãs fascistas, a Maçonaria e as suas lojas cessaram a sua atividade, como já havia sucedido na Holanda.
1958 — O G.O. de França e a G.L. de França desenvolveram um projeto de fusão das duas potências maçónicas, que fracassou.
1961 — Fundada a G.L. da Índia, com o G.M. Syed Raza Aga Khan, Nabab de Rampur.
1970 — A A.R.A., liderada por Jaime Serra, braço armado do P.C.P. fez explodir bombas junto da Escola Técnica da P.I.D.E., em Sete Rios, junto ao Centro Cultural Americano e a bordo do navio Niassa, que era utilizado para o transporte das tropas para a guerra colonial.
1995 — O papa João Paulo II declarou irrevogável a proibição do sacerdócio feminino.
2003 — Ordenado na igreja episcopal anglicana nos E.U.A., o bispo Gene Robinson, assumidamente homossexual, meses depois a mesma igreja no Canadá celebrou casamentos gays e lésbicos, abrindo uma crise, entre ortodoxos e liberais.
Daniel Madeira de Castro, M.'.M.'.
29 de outubro de 2017
22 de outubro de 2017
ÉTIENNE MORIN (1717 - 1771)
UN HOMME AUX SOURCES DE L’ÉCOSSISME
Journée d’étude ouverte
Le colloque Étienne Morin du samedi 28 Octobre à Paris
• La Patente Morin et les origines du Rite Écossais Ancien Accepté
par Jean-Pierre CORDIER
• Etienne Morin, essai de biographie
par Roger DACHEZ
• Etienne Morin et le Manuscrit Baylot-Saint-Domingue-1764
par Joseph WAGES
• Après Morin, le « Rite de Perfection » en France après 1761
par Pierre MOLLIER
• Les sources iconographiques du Prince du Royal Secret
par Dominique JARDIN
• La société de Saint-Domingue de 1763 à 1791
Eric SAUNIER
• Morin et ses successeurs, les voyages du Rite Écossais Ancien Accepté à travers langues et cultures
par Jean-Pierre GONET
19 de outubro de 2017
Medicinas Naturais/Terapêuticas Não Convencionais(TNC).
A Lei de Bases das TNC foi aprovada em 2003 por unanimidade (algo muito pouco frequente) na Assembleia da República, que também aprovou em 2013, sem qualquer voto contra, a sua regulamentação.
Há duas fronteiras que delimitam o âmbito das medicinas naturais. A primeira é com Hipócrates, que há cerca de 2 400 anos afirmou claramente que todas as doenças têm causas naturais, contrariando assim a medicina mágico-religiosa, sob cuja visão tanto as causas como o tratamento das doenças seriam sobrenaturais. A segunda dá-se no século XIX, com a estruturação do espírito científico, partilhado pelas TNC, sendo que esse século é também o do nascimento da indústria química e farmacêutica. Nessa época portanto a saúde natural demarca-se da medicina convencional, optando pelo não uso de fármacos químicos. As suas terapias são portanto baseadas em produtos, elementos e métodos naturais: água, plantas alimentares e medicinais, massagens e manipulações, estilo de vida saudável inclusivamente actividade física aeróbica, exercícios respiratórios, contacto com a natureza e crítica do alcoolismo, do tabagismo e das drogas. Tem uma atitude preventiva e só secundariamente terapêutica.
É assim que no século XIX se estruturam no Ocidente a Homeopatia, a Osteopatia, a Quiroprática e a Naturopatia, com a divulgação de práticas como a hidroterapia e a alimentação natural, nomeadamente os vegetarianismos e no Japão a macrobiótica. A Acupunctura e a Medicina Tradicional Chinesa, milenares na Ásia, só se tornarão disponíveis ao Ocidente na segunda metade do século XX.
Actualmente milhões de portugueses e muitos milhões de europeus e cidadãos de todo o mundo recorrem a estas opções terapêuticas, cujo posicionamento não inclui nem deve incluir de forma nenhuma guerras a quaisquer outras, nomeadamente à Medicina Convencional. O que se verifica é que os cidadãos do mundo actual exercem a sua liberdade de escolha para gerir as suas opções terapêuticas que entendem como mais convenientes para o seu bem-estar e a sua saúde.
O século XXI é de cooperação, intercâmbio, complementaridade e autonomia adulta da população cada vez mais informada e educada. Por isso é também o século da liberdade e da capacitação da autonomia do cidadão. É neste quadro que o crescimento da saúde natural se verifica em todo o mundo desde a década de 1960.
Carlos Ventura M.´. M.´.
18 de outubro de 2017
O Centenário do «Portugal Futurista»
Grémio Literário ( Rua Ivens, 37 – ao Chiado); (25 de Outubro (4ª feira) | 19h30
por: António Valdemar (Academia das Ciências)
O centenário da publicação do primeiro e único número, da revista Portugal Futurista, uma das referências obrigatórias do modernismo, e que em 1917, provocou grande escândalo e foi apreendido pela Policia, vai ser assinalado, no próximo dia 25, no Grémkio Literário, com uma conferência proferida por António Valdemar, que tem realizado, nos últimos anos, investigações em bibliotecas e em arquivos, a propósito dos vários aspectos daquele movimento literário e artistico.
Participaram no Portugal Futurista Almada Negreiros, Fernando Pessoa, Santa Rita Pintor,Carlos Filipe Portifirio, Rebelo Bettencourt, Amadeo de Sousa Cardoso, Raúl Leal, e, ainda, Guillaume Apolinaire, Blaisse Cendras através de Sonia e Robert Delaunay, ao tempo refugiados em Portugal, devido á eclosão da Iª Grande Guerra Mundial.
O Portugal Futurista incluiu, também, montagem de textos de de Boccionni, Carra, Russolo e Severini, e as traduções do manifesto futurista «Le Mussic-Haal», de Marinetti e o « Manifesto Futurista da Luxuria», de Valentine de Saint Point.
A conferência, no salão nobre daquela instituição, que terá inicio ás 19 e 30 horas, será acompanhada com a projecão de fotografias da época (pelo designer Álvaro Carrilho) de personalidades e acontecimentos culturais, políticos e sociais.
16 de outubro de 2017
GRANDE MAÇONARIA
Mais um Poema do Ir.'. Adilson Zotovici
Há algo de incoerente
Quando igualdade sombria
Entre iguais se faz presente
Na Sublime Confraria
Não há grão de romã diferente
Com desdém ou idolatria,
Reluzindo cada semente
Que na igualdade a magia
Livre pedreiro patente
Mesmo maço e cinzel de valia
Igual ritual pertinente
Lavra a mesma cantaria
Em vida eterna é crente
Mesmos Arcanos por guia
Ao Grande Arquiteto temente
À meia noite, ao meio dia
A uma potência obediente
Por jura, por serventia,
Grande Loja, Grande Oriente...
Mas...”uma só Maçonaria” !
Adilson Zotovici
15 de outubro de 2017
Meus Irmãos e Irmãs nos vossos Graus e Qualidades, depois desta bela Prancha, Disse ...
Transcrito, com a devida vénia, do Blogue «Pierres Vivantes» de Roger Dachez
( A Tradução é da responsabilidade da Comissão Editorial do Blogue Salvador Allende, logo qualquer erro detectado não será atribuído ao Autor)
Eis, de alguma forma forma, um compêndio de expressões maçónicas bem tipificadas! ...Pelo menos é isso que você pensa. No entanto, não é bem assim: as fórmulas "em seus Graus e Qualidades", "Prancha" e "Disse", têm, cada uma delas, uma origem externa à Maçonaria e não foram introduzidas senão - em França e não noutro lugar, vamos sublinhá-lo novamente - muito tarde e gradualmente desde o final do século XIX, e ainda ...
"Em vossos Graus e Qualidades"
Seria inútil procurar essa expressão em textos ou rituais maçónicos do século XVIII e mesmo no século XIX: não está em nenhum lugar. Mas então, de onde é que vem e o que faz no discurso maçónico ao ponto de, tão frequentemente, se pensar que foram os franco maçons que inventaram esta fórmula protocolar? A fórmula também contém variantes: "graus, dignidades e funções", etc. Sendo tudo isso realmente conhecido e bastante clássico, mas não na Maçonaria: é um lugar-comum da fraseologia administrativa e dos discursos oficiais do serviço público. Na verdade, no serviço público, distinguem-se por graus, qualidades e funções (ou títulos). O grau permite ao seu titular que mantenha um certo número de empregos. Os quadros de emprego dispõem de um ou mais escalões de acordo com o seu estatuto particular. Quando há vários graus, eles são hierárquicos. O grau inclui antiguidade, nível de recrutamento e, acessoriamente, agrupam tipos de pagamento. Também se fala, mais recentemente, de "categoria" ou "classificação". Assim, uma pessoa pode ser um funcionário público de grau A, B ou C, do primeiro ao décimo terceiro escalão, e pode também possuir o cargo de "secretário administrativo da classe normal" ou "chefe do departamento de engenheiro de 1ª categoria". Além disso, pode-se possuir o título de magistrado ou desempenhar a função de médico hospitalar - que inclui vários graus e escalões.
Basta digitar no Google as palavras "graus, qualidades, funções" para ver uma lista impressionante de discursos públicos em que essas fórmulas são usadas pelos responsáveis e directores de serviços quando se dirigem aos interlocutores: a maioria desses oradores, não nos enganemos, não são maçons, e, sem dúvida, alguns deles repreender-vos-ão amargamente por terem suposto tal! Deve-se, de acordo com o ritual protocolar, citar todos os presentes por ordem hierárquica, mas quando não possível mencionar, em detalhe, todos os presentes, diz-se "a todos vós, Senhoras e Senhores, nos vossos graus, qualidades e funções "...
Mais uma vez, a Maçonaria usou o empréstimo! Desta vez, ao protocolo administrativo, o que se compreende facilmente pois conhece-se a influência que os altos funcionários públicos, magistrados e académicos tiveram nas fileiras da Maçonaria, a partir do século XIX. Os hábitos de linguagem foram simplesmente transferidos para o discurso maçónico. De passagem, e isso também explica o marcado comportamento nas "instituições" maçónicas, foi-se mais ou menos inclinado a considerar a maçonaria como um anexo das instituições do Estado e seu organograma como grelha hierárquica: espero que siga o meu raciocínio...
( A Tradução é da responsabilidade da Comissão Editorial do Blogue Salvador Allende, logo qualquer erro detectado não será atribuído ao Autor)
Eis, de alguma forma forma, um compêndio de expressões maçónicas bem tipificadas! ...Pelo menos é isso que você pensa. No entanto, não é bem assim: as fórmulas "em seus Graus e Qualidades", "Prancha" e "Disse", têm, cada uma delas, uma origem externa à Maçonaria e não foram introduzidas senão - em França e não noutro lugar, vamos sublinhá-lo novamente - muito tarde e gradualmente desde o final do século XIX, e ainda ...
"Em vossos Graus e Qualidades"
Seria inútil procurar essa expressão em textos ou rituais maçónicos do século XVIII e mesmo no século XIX: não está em nenhum lugar. Mas então, de onde é que vem e o que faz no discurso maçónico ao ponto de, tão frequentemente, se pensar que foram os franco maçons que inventaram esta fórmula protocolar? A fórmula também contém variantes: "graus, dignidades e funções", etc. Sendo tudo isso realmente conhecido e bastante clássico, mas não na Maçonaria: é um lugar-comum da fraseologia administrativa e dos discursos oficiais do serviço público. Na verdade, no serviço público, distinguem-se por graus, qualidades e funções (ou títulos). O grau permite ao seu titular que mantenha um certo número de empregos. Os quadros de emprego dispõem de um ou mais escalões de acordo com o seu estatuto particular. Quando há vários graus, eles são hierárquicos. O grau inclui antiguidade, nível de recrutamento e, acessoriamente, agrupam tipos de pagamento. Também se fala, mais recentemente, de "categoria" ou "classificação". Assim, uma pessoa pode ser um funcionário público de grau A, B ou C, do primeiro ao décimo terceiro escalão, e pode também possuir o cargo de "secretário administrativo da classe normal" ou "chefe do departamento de engenheiro de 1ª categoria". Além disso, pode-se possuir o título de magistrado ou desempenhar a função de médico hospitalar - que inclui vários graus e escalões.
Basta digitar no Google as palavras "graus, qualidades, funções" para ver uma lista impressionante de discursos públicos em que essas fórmulas são usadas pelos responsáveis e directores de serviços quando se dirigem aos interlocutores: a maioria desses oradores, não nos enganemos, não são maçons, e, sem dúvida, alguns deles repreender-vos-ão amargamente por terem suposto tal! Deve-se, de acordo com o ritual protocolar, citar todos os presentes por ordem hierárquica, mas quando não possível mencionar, em detalhe, todos os presentes, diz-se "a todos vós, Senhoras e Senhores, nos vossos graus, qualidades e funções "...
Mais uma vez, a Maçonaria usou o empréstimo! Desta vez, ao protocolo administrativo, o que se compreende facilmente pois conhece-se a influência que os altos funcionários públicos, magistrados e académicos tiveram nas fileiras da Maçonaria, a partir do século XIX. Os hábitos de linguagem foram simplesmente transferidos para o discurso maçónico. De passagem, e isso também explica o marcado comportamento nas "instituições" maçónicas, foi-se mais ou menos inclinado a considerar a maçonaria como um anexo das instituições do Estado e seu organograma como grelha hierárquica: espero que siga o meu raciocínio...
11 de outubro de 2017
Gomes Freire de Andrade
Associação 25 de Abril e a Âncora Editora têm o prazer
de a/o convidar para o lançamento do livro
Gomes Freire de Andrade
Um Mártir da Pátria,
de A. J. Rodrigues Gonçalves.
A obra será apresentada pelo Prof. António Ventura,
professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
A sessão terá lugar no próximo dia 19 de Outubro,
quinta-feira, às 18:00 horas, na Associação 25 de Abril,
Rua da Misericórdia, 95, Lisboa.
10 de outubro de 2017
6 de outubro de 2017
Iniciação – Aspectos Controversos
Transcrito, com a devida vénia e respectiva autorização, do Blogue «Jakim&Boaz»
O Irmão Hercule Spoladore regressa com mais outro artigo inédito de sua autoria. Nele discorre sobre a Iniciação de um modo geral e a procura actual por novas verdades, por parte dos profanos. Dentro deste contexto encontram-se implícitos a ritualística da iniciação em si, bem como o preparo do candidato, especialmente o homem moderno que procura novas verdades, que tem que ser bem instruído e orientado pelo padrinho.
Iniciação termo que consta nos dicionários como sendo o acto ou efeito de iniciar-se, ou o começo de qualquer coisa. Seria o recebimento das primeiras noções, de coisas misteriosas ou desconhecidas para os esotéricos, ou iniciar-se numa profissão, num desporto ou em qualquer actividade humana.
Evidentemente esta é uma noção geral, não se referindo tão somente à Iniciação Maçónica, a qual é apenas uma das muitas formas de iniciação, pois existe um número grande de entidades iniciáticas tais como as esotéricas, seitas das mais variadas tendências, religiões, escolas filosóficas, movimentos políticos cuja admissão às vezes é feita por uma iniciação. Até mesmo nas seitas satânicas existem iniciações.
Também não se quer abordar os Grandes Iniciados, homens iluminados que já nasceram assim, dotados de mentes abertas, cósmica em perfeita harmonia com a
natureza e cujas combinações dos genes que já trouxeram do ventre materno, toda a genialidade, como um Leonardo da Vinci, Buda, Pitágoras, Einstein, Cristo e tantos outros que poderiam aqui ser citados.
A abordagem deste trabalho será tão somente sobre Iniciação Maçónica e como cada maçom a recebe.
Quando se fala de Iniciação Maçónica, acredita-se que se esteja enfocando as Iniciações verdadeiras, aquelas que logo de início se consegue, pelo menos em parte, envolver o iniciando nas profundezas dos mistérios da mente e do Universo, sendo este apenas o começo.
Para completar esta Iniciação o adepto continuará seu trabalho, e a luta será apenas sua e de mais ninguém e ele só a conseguirá através de muito estudo, meditação, muito esforço, desprendimento dos males do consumismo e assim progredindo por toda a sua vida, aproximar-se da Iniciação total. Nunca chegará à Iniciação completa. Sempre terá algo a acrescentar para chegar à total espiritualidade.
Actualmente, apesar do trauma mental violento e agressivo causado pela tecnologia, como consequência do avanço da ciência como um todo, da Realidade virtual, da Mecatrônica, da Robótica, da Nanociência, da Neurociência, Neuro-Psicologia, está a conhecer-se um pouco mais sobre a mente humana e sua relação com o cérebro.
O Homem Moderno desmistificou as religiões tradicionais, e também já não aceita o incontável número de seitas e outras religiões que estão surgindo, sempre com o pretexto de enquadrar as demais como sendo a melhor, autodenominado-se abertas e ecuménicas, sem preconceitos, sem descriminações e chamando para si o verdadeiro caminho da busca divina. Batendo nesta tecla, muitas destas religiões são fundadas com o único intuito dos seus chefes em sómente arrecadar dinheiro. Pura balela.
5 de outubro de 2017
A MISSÃO
Mais um Poema do Ir.'. Adilson Zotovici
Quando ali na escuridão
Silêncio quase total
Deixado à solidão
Ambiente sepulcral
Tolhido pois, da visão
Com ansiedade brutal
Estugou o coração
Naquele instante abissal
Mas fez-se forte clarão
Reinava ali bom astral
Brilhou a Luz da razão
Breve entendi o sinal
Renascer era a missão
A iniciação afinal !
Adilson Zotovici
4 de outubro de 2017
3 de outubro de 2017
2 de outubro de 2017
Tomaz da Fonseca-140 Anos
No âmbito das comemorações dos 140 anos do nascimento do escritor mortaguense Tomaz da Fonseca, o Presidente da Câmara Municipal de Mortágua, José Júlio Norte, tem o prazer de convidar V. Ex.ª para participar na conferência intitulada: “TOMAZ DA FONSECA: REPUBLICANO E MAÇON”, pelo Professor Doutor Amadeu Carvalho Homem, a realizar no dia 7 de outubro, pelas 17:30, no CACM - Centro de Animação Cultural de Mortágua, seguida da abertura de uma EXPOSIÇÃO subordinada ao mesmo tema.
O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE MORTÁGUA
José Júlio Norte
30 de setembro de 2017
Efemérides-Outubro
Transcrito, com a devida vénia e respectiva autorização, do LIVRO DAS EFEMÉRIDES – HISTÓRICAS, POLÍTICAS, MAÇÓNICAS E SOCIAIS - 2016
Daniel Madeira de Castro, Página 471
OUTUBRO
1770 – Nasceu em meados de Outubro, em Holborn, Londres, Frederick Dalcho, de origem prussiana, emigrou com seus pais para Baltimore, médico na Univ. Wiesenthal, presbítero, Lugar Tenente, escreveu Medical Repository and the Recorder, iniciado maçon em 9/4/1792 na Loja Hyram, Rito de York. Em 31/5/1801 fundou o primeiro Sup. Cons. do R.E.A.A., nos E.U.A. na Shepheard's Tavern, em Charleston, Carolina do Sul, de que foi nomeado S.G.C. e em 1807 publicou o livro Ahiman Rezon or a Book of Constitutions, a pedido da G.L. dos Antigos Maçons de York, da Carolina do Sul, onde foi Grande Secretário-Geral (31/5/1801 e 24/11/1836).
1794 – Foi publicado o jornal Le Tribun du Peuple de Babeuf que durou até agosto de 1796.
1796 – Apareceu concebido pelo duque de Sudermanie o Rito Sueco, como uma cisão do Rito Escocês Retificado, o qual era composto por doze graus (15/4/1707).
1835 – Fundada em Aveiro, por maçons a Sociedade Promotora dos Melhoramentos do Distrito de Aveiro.
1884 – Delegados de 25 nações reunidos em Washington, na Conferência Mundial de Meridianos, definiram o meridiano de Greenwich, para substituição dos diversos então em prática, passava pelo Observatório de Greenwich 11/8/1675), a longitude medida de leste para oeste até 180°.
1888 – Realizou-se o primeiro jogo de futebol, de que há registo em Portugal, na Parada de Cascais, organizada pelos irmãos Pinto Basto – Eduardo, Francisco e Guilherme – e havia sido este último a ter trazido de Inglaterra em 1884 a primeira bola de futebol. No inverno de 1889 foi fundado o primeiro clube de futebol o Clube Lisbonense originado do Colégio Lisbonense. O Carcavelos Club era mais forte e formado por trabalhadores ingleses do cabo submarino, em 1894 no Cricket Clube do Porto realizou-se o primeiro jogo Lisboa-Porto patrocinado pelo rei D. Carlos I.
1911 – Publicado o plano de estudos da Universidade Popular de Lisboa, preconizada em 1906 pela maçonaria, por iniciativa de Feio Terenas, e da sua comissão promotora faziam parte, entre outros, os maçons: Sebastião Magalhães Lima, João de Barros, Carneiro de Moura e Teixeira Simões. Estendeu a sua ação ao Porto, onde criaram um pólo em 1912 e em Setúbal, sobreviveu até finais de 1950, legou o seu património à Voz do Operário.
1914 – A Loja Pátria e Liberdade, n° 332, de Lisboa, R.E.A.A., desligou-se do G.O.L.U., apoiada em potências estrangeiras, a dissidência, envolveu parte do Sup. Cons. do 33° Grau, criou o Grémio Luso-Escocês, com sede R. de S. Pedro de Alcântara, escolheram para S.G.C. o gen. Ferreira de Castro (13/3/1848). Atraiu dezenas de lojas e triângulos, um terço dos ativos, centralizou as tendências conservadoras da maçonaria portuguesa, apoiou Sidónio Pais. Esta loja, iniciou em 1911 João Tamagnini de Sousa Brandão, maçon, com o nome simbólico de Wagner, nasceu em 1880 em Macau, engenheiro, militar, deputado, ministro e primeiro ministro, combateu a ditadura, esteve preso.
1915 – O G.O.L.U. dirigiu uma carta ao G.O. de Itália afirmando "nesta hora trágica da humanidade é necessário que os indivíduos, assim como as instituições e as nações, tomem posição. As hesitações são inadmissíveis. Tornam-se sinónimo de cobardia. ela Liberdade ou contra a Liberdade! Pela Justiça ou contra a Justiça! Pela barbárie ou pela civilização! Essa é a palavra de ordem! ".
LIVRO DAS EFEMÉRIDES – HISTÓRICAS, POLÍTICAS, MAÇÓNICAS E SOCIAIS - 2016
Daniel Madeira de Castro Página 472
1945 – Constituição do M.A.U.D. - Movimento Académico de Unidade Democrática, Mário Soares foi encarregado de organizar uma reunião de estudantes e de ser o seu relator. Formaram-se organizações académicas de apoio ao M.U.D. em todas as escolas superiores de Lisboa.
1963 – Início da guerrilha na Guiné-Bissau, liderada por Amílcar Cabral (12/9/1924) e pelo P.A.I.G.C., criado em 19/9/1956.
2002 – Criado em Paris o Institut Maçonnique de France, de que fazem parte nove obediências e que visa o desenvolvimento de estudos e iniciativas de caráter maçónico, aberto aos nove membros signatários – G.O. de França, G.L. Feminina de França, G.L. de França, Direito Humano, G.L. Feminina de Memphis Misraim, G.L. Mista Universal, Loja Nacional Francesa, G.L. Mista de França e a G.L. Tradicional e Simbólica Opera.
23 de setembro de 2017
Implicações da Iniciação na Vida do Maçom
Transcrito, com a devida vénia e respectiva autorização, do Blogue «Jakim&Boaz»
I – Introdução
Este texto pretende elencar algumas das principais obrigações e aspectos simbólicos decorrentes do acto iniciático, com o objectivo de salientar a responsabilidade que os Maçons adquirem, após a Iniciação, no que respeita ao comportamento individual e colectivo e ao desenvolvimento da Maçonaria e da Sociedade em geral.
A Maçonaria como tradição intelectual e moral surgida oficialmente em 1717, evoluiu de maneira distinta em diferentes países e contextos sociais, divergindo para posições conflituantes e até mesmo antagónicas em alguns aspectos, razões pelas quais em termos estritos, deveremos falar de Maçonarias em vez de Maçonaria, o que na maior parte das vezes é negligenciado ou até esquecido.
O Maçom, inserido activamente na Sociedade, homem livre e de bons costumes, conforme exige a Augusta Ordem (A:.O:.), tem por dever combater a injustiça, a ignorância e o ódio, na busca constante da verdade, fazendo com que a doutrina e os princípios maçónicos difundidos dentro dos Templos, transcendam o limite estrito da Loja e floresçam no quotidiano profano.
Não adianta acumular conhecimento se não for transmitido aos mais próximos e sobretudo às novas gerações, como testemunho da perenidade dos ensinamentos que fomos colectando ao longo da vida, traduzindo o nosso contributo para a sociedade que nos envolve, projectando no futuro. Isto é particularmente importante no que respeita à Maçonaria. O conhecimento maçónico, se não for transmitido e aplicado, nada mais é, utilizando uma metáfora, do que uma estante cheia de livros, protegida por uma rede elétrica que impede os leitores de os alcançar e ler.
Iniciado, o maçom tem como incumbência permanente cuidar da prática dos bons costumes, da ética e da moral. Durante o ritual de iniciação, questionado por diversas vezes sobre se realmente deseja ingressar na Ordem, o profano ao responder afirmativamente a todas as questões que lhe são colocadas, firma um pacto com a Fraternidade, a partir da qual recai sobre os seus ombros o peso da responsabilidade de fazer com que os princípios maçónicos não passem de simples retórica de ocasião e sejam, efectivamente, colocados quotidianamente em prática.
Em relação a este tema José Castellani (7), afirma: “Ser Maçom especulativo significa ser observador, perceber os princípios morais subjacentes aos símbolos e aplicá-los na construção de relacionamentos humanos confiáveis, sinceros e leais, e, através do estudo e da observação, tentar aprender a melhor forma de construir uma perfeita e harmoniosa fraternidade”.
Como consequência da Iniciação, o Maçom assume diversas responsabilidades, decorrentes da sua livre vontade em ingressar na Ordem Maçónica. Contudo, dada a natureza humana e as suas implicações na sociedade envolvente, à qual a Maçonaria não é estanque, quotidianamente o maçom depara-se com situações que colidem com tudo aquilo a que se comprometeu, quando da sua iniciação.
Em qualquer caso, se comprometido com a Ordem, deverá reflectir e evitar trilhar caminhos tortuosos ou indignos. Tal reflexão é necessária e premente, já que podemos infelizmente vislumbrar, em muitas ocasiões, através duma análise elementar, maçons dissociados (interna e externamente) da filosofia maçónica, transmitida e professada internamente aos Templos. Se pactuar com abusos ou desvios aos princípios ético-morais, com a intolerância e a ignorância, caminhará inevitavelmente para o caminho da imperfeição, marcado pela mácula do pragmatismo quotidiano e da imoralidade profana, sem referências ou princípios.
NÃO HÁ MORTE...
Mais um poema do Ir.'. Adilson Zotovici
Não há um fim...não há morte !
Tudo é bem Arquitetado
Tanto ao fraco quanto ao forte,
E não pode ser mudado
“Sumo Arquiteto” indica o norte
Que livremente arbitrado
Dando perenal suporte
Ao viajor em seu fado
Inefável postulado
Acima do acaso, da sorte,
Ao bem-aventurado
Muito além do ouro juntado
Segue a obra de maior porte...
Que o Espírito Sagrado !
Adilson Zotovici
Não há um fim...não há morte !
Tudo é bem Arquitetado
Tanto ao fraco quanto ao forte,
E não pode ser mudado
“Sumo Arquiteto” indica o norte
Que livremente arbitrado
Dando perenal suporte
Ao viajor em seu fado
Inefável postulado
Acima do acaso, da sorte,
Ao bem-aventurado
Muito além do ouro juntado
Segue a obra de maior porte...
Que o Espírito Sagrado !
Adilson Zotovici
22 de setembro de 2017
Equinócio de Outono 2017
O Equinócio de Outono, em 2017, ocorre no dia 22 de Setembro às 20h02 (tempo universal). Este instante marca o início do Outono no Hemisfério Norte. Esta estação prolonga-se até ao próximo Solstício que ocorre no dia 21 de Dezembro às 16h28 em Portugal continental.
Equinócio: instante em que o Sol, no seu movimento anual aparente, passa no equador celeste. A palavra de origem latina aequinoctium agrega o nominativo aequus (igual) com o substantivo noctium, genitivo plural de nox (noite). Assim significa “noite igual” (ao dia), pois nestas datas dia e noite têm igual duração, tal é a ideia que permeia a sociedade. Os equinócios estão definidos como o instante em que o ponto central do sol passa no equador e, por isso, o centro solar nasce no ponto cardeal Este e põe-se exactamente a Oeste, encontrando-se durante 12 horas acima do horizonte matemático em qualquer lugar da Terra nestes dias.
Devido ao movimento da translação terrestre, apenas no dia 26 de Setembro de 2017 haverá ≈12,014 horas com luz solar directa no solo. Nesse dia o disco solar nasce às 7h 28min e põe-se às 19h 27min em Lisboa, com apenas 51 segundos de desvio às 12h certas.
Desde tempos imemoriais que a Franco-Maçonaria se associa ao Culto Solar em que o homem primitivo distinguia a diferença entre duas épocas: uma de frio e outra de calor que eram atribuídas a ação do Sol, proclamado fonte da vida e responsável por extraordinárias transformações. Celebram-se desde então com rituais especificos a cada Época e Local. No Equinócio de Outono,depositavam-se as maiores esperanças na concretização dos mais puros desejos para o homem, os desejos do equilíbrio, da equidade e da justiça. É a hora de estabilizar prepararando os momentos difíceis, é fazer como as árvores em que as folhas caídas permitem firmar bem as raízes, ou, simbolicamente, preparar o Si-Mesmo para outros ciclos.
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