Tendo sido incumbido de apresentar uma exposição sobre o nome simbólico que escolhi para proteger a minha identidade no mundo profano, tenho o compromisso moral de vos transmitir em poucas linhas o muito que vos gostaria de dizer, esclarecendo o porquê de ter escolhido este nome, recordando simultaneamente quem foi este brilhante pensador e ilustre maçom, eternizado como Montesquieu, o que farei através de uma evolução cronológica e sintética, salvaguardando contudo as diversas fases do Pensamento e da Obra de Montesquieu.
Impõe-se contudo, antes do mais, esclarecer principalmente a razão desta minha opção.
Após uma aturada pesquisa sobre proeminentes maçons conhecidos, não foi difícil a escolha desta personalidade, que sempre admirei, e com a qual me identifico em muitos aspectos.
O facto de ser um dos principais filósofos iluministas, cujos ideais de liberdade e igualdade também defendo (porque em meu entender, o homem deve ser livre na sua opinião, livre de consciência, de expressão, e deve promover a igualdade entre os seus semelhantes, quer no acesso à saúde e à educação/ensino, trabalho, quer na supressão de tudo o que for discriminatório ou arbitrário, contribuindo assim para uma sociedade mais justa e perfeita), o inestimável contributo para a extinção dos regimes absolutistas, através da defesa da separação de poderes (legislativo, executivo e judicial), e consequentemente abrindo o caminho para os actuais regimes democráticos, ao ponto de muitos o considerarem o pai das actuais constituições, o facto de também ter a mesma formação académica, e a empatia que com ele criei automaticamente por ter sido Advogado, tornou fácil e decisiva esta minha escolha.
Efectivamente, sendo eu um homem livre e de bons costumes, que cultivo os mesmos princípios e valores defendidos por Montesquieu (aos quais acrescento ainda, a fraternidade, solidariedade e tolerância) não foi difícil a escolha, tantas são as coisas em que com ele me identifico.