31 de outubro de 2022
25 de outubro de 2022
SOBRE O MEU NOME SIMBÓLICO
SOBRE O MEU NOME SIMBÓLICO
Um dos poucos segredos da Maçon⸫ ...(Editado pela Comissão Editorial do Blogue)... foi a necessidade de escolha de outra identidade, no entanto não a tinha aprofundado e, consequentemente, não estava decidida quando fui confrontado.
Ponderei algumas personalidades, com maior ou menor relevo na história e com as quais me identificava, quer pelos seus feitos ou pelos seus actos, mas acabei por antepor ...(Editado pela Comissão Editorial do Blogue)...
Nasceu algures na década de 1880, na aldeia de Lajeosa do Dão, concelho de Tondela, distrito de Viseu, foi marceneiro, merceeiro e curandeiro, actividade esta com que granjeou notoriedade e popularidade nas redondezas. Faleceu em 1955 ou 1956 e,...(Editado pela Comissão Editorial do Blogue)..., não tive a felicidade de ser seu contemporâneo (nasci em 1977).
Consta que era um homem sempre bem-apresentado, muito respeitado e reputado, características que lhe conferiam o estatuto de referência entre os seus conterrâneos.
Não obstante a dignidade de qualquer uma das suas profissões e o papel comunitário que desempenhou, a razão principal da minha escolha resultou no facto de ter sido, provavelmente, Maç⸫
Esta conjectura é baseada nas informações convictas e veiculadas, ao longo dos anos, pela... (Editado pela Comissão Editorial do Blogue)..., tios e outros familiares, se bem que uma pesquisa, entretanto efectivada com a preciosa ajuda do Ir⸫ José Martí, aos arquivos da nossa Ord⸫, não a tenha confirmado, por não existirem registos históricos tão longínquos.
Ainda que o conhecimento da vida do (Editado pela Comissão Editorial do Blogue) seja, manifestamente, escasso, é, para mim, mais do que suficiente e até inspirador para tomá-lo como exemplo a seguir.
Vou continuar a acreditar, orgulhosamente, que sou (Editado pela Comissão Editorial do Blogue) de um Ir⸫, que descansa no Or⸫ Eterno, e tenho a responsabilidade acrescida de dar continuidade à sua obra, trabalhando a minha pedra bruta, defendendo e propagando os valores da família, da amizade fraterna, da liberdade, da pátria e dos bons costumes.
Abranches Cardoso, Apr⸫
Resp⸫ L⸫ Salvador Allende
20 de outubro de 2022
Mulheres na Tradição do Rito Escocês Antigo e Aceito
Mulheres na Tradição do
Rito Escocês Antigo e Aceito
O Templo e o Rito
É com apreensão e introspecção que me
vejo obrigado a traçar esta prancha, sobre um tema que desde a Revolução Francesa
nos tem ocupado os tempos de ‘Recreio’ e que hoje assume um lugar tão
impertinente como a discussão sobre a identidade de género entre as crianças e
adolescentes, e sobre a indústria da mudança de sexo.
A comparação não é para ser
tomada à linha, já que se tratam de assuntos de natureza diferentes: um de
natureza iniciática e o outro de natureza profana; ainda assim, ambos com um
impacto tão grande capazes de transformarem as estruturas sociais a ponto de
ficarem irreconhecíveis.
Primeiro que tudo sinto-me
compelido a esclarecer sobre o simbolismo da Construção do Templo de Salomão,
pois é exactamente disso que se trata, quando e sempre que nos encontramos em
Sessão de L:.
A Construção do Templo de Salomão
é uma metáfora iniciática, psíquica e espiritual que significa a construção
diária das virtudes e qualidades do Homem. E claro que aqui significamos o
Homem antropológico, quero dizer, homem e mulher. Mas esta reconhecida
dualidade zigótica nem sempre foi tomada como tal. Desde a antiguidade Pré-clássica
até à segunda metade do séc. XVIII, a Construção do Templo de Salomão
significava a construção do homem macho, e é por isso que as plantas destes
templos representavam nas suas plantas o homem perfeito (levantado), com os pés
para ocidente e a cabeça para oriente, os braços para norte e sul
respectivamente.
É este mesmo homem que se vê
desenhado nos resquícios medievais, renascentistas e barrocos. Foi assim que
Vitrúvio e Da Vinci o desenharam, foi assim que os grandes arquitectos dos
templos hindus e budistas o desenharam igualmente, como os arménios e os
bizantinos. Porque era o homem macho que esses templos representavam, porque
eram as virtudes masculinas e a virilidade que se quis enaltecer, como força
pujante da construção social, política e religiosa.
Nunca se escreveu ou pensou na “Construção do Templo de Salomona”, e nunca os Ritos foram construídos para desenvolver e ampliar à perfeição a psique feminina, mas antes a masculina, porque a sociedade era inteiramente patriarcal.
17 de outubro de 2022
J U S T O S
Com a devida vénia e respectiva autorização se transcreve mais um poema de Adilson Zotovici:
J U S T O S
Importantes nossos feitos
Todos labores venustos
Os amores insuspeitos
E os pretextos robustos
Ainda que imperfeitos
Não pensemos que injustos
Alguns caminhos estreitos
Que atravessamos aos sustos
Sigamos a fio os preceitos
Sem paga, sem preconceitos
Dos são arcanos augustos
Iniciados, aceitos...
Inda que jamais perfeitos
Que sejamos os mais justos !
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169
15 de outubro de 2022
12 de outubro de 2022
O V Centenário do Nascimento de Gaspar Frutuoso
O V centenário do nascimento de Gaspar Frutuoso (1522- 1591) cronista da descoberta e povoamento da Madeira e dos Açores foi, pela primeira vez, incluído na agenda cultural da Classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa. Decorrerá uma sessão comemorativa, que se realiza amanhã, ( quinta feira dia 13) sob a presidência do Prof Dr. José Luís Cardoso, com a apresentação de comunicações dos académicos António Valdemar, «Memória das ilhas, na solidão do Atlântico»; e José Damião Rodrigues «Gaspar Frutuoso, historiador natural».
A sessão terá inicio ás 15 horas, mas o acesso ao publico, no salão nobre, tem inicio a partir das 14 e 30 horas.
7 Eixos Programáticos
No âmbito dos sete eixos estratégicos definidos, o Conselho da Ordem organiza o primeiro de sete jantares temáticos, no Hotel Termas da Curia.
19h30 - Três peças de música clássica pelo pianista Jorge Fontes, Intervenções de Jorge Conde e Vasco Pereira da Costa.
As inscrições são feitas para o seguinte email: grandesecretariageral@gol.pt
6 de outubro de 2022
5 de outubro de 2022
ÉTICA DE PRINCÍPIOS
Transcrito, com a devida vénia, do Informativo Chico da Botica, ano 18 Edição 170 de 30.09.2022:
ÉTICA DE PRINCÍPIOS
Autor – Rubem Alves, Folha de S. Paulo, 04/03/2008
As duas éticas: a que brota da contemplação das estrelas perfeitas, imutáveis e mortas, a que os filósofos dão o nome de ética de princípios, e a que brota da contemplação dos jardins imperfeitos e imutáveis, mas vivos – a que os filósofos dão o nome de ética contextual.
Os jardineiros não olham para as estrelas. Eles nada sabem sobre as estrelas que alguns dizem já ter visto por revelação dos deuses. Como os homens comuns, não vêem essas estrelas, eles têm de acreditar na palavra dos que dizem já as ter visto longe, muito longe... Os jardineiros só acreditam nos que seus olhos vêem. Pensam a partir da experiência: pegam a terra com as mãos e a cheiram.
Vou aplicar a metáfora a uma situação concreta. A mulher está com câncer em estado avançado. E certo que ela morrerá. Ela suspeita disso e tem razão. O médico vai visitá-la. Olhando do fundo do seu medo, no fundo dos olhos do médico, ela pergunta: “Doutor, será que eu escapo desta?”.
Está configurada uma situação ética. Que é que o médico vai dizer? Se o médico for adepto da ética estelar dos princípios, a resposta será simples: “Não, a senhora não escapará desta. A senhora vai morrer”. Respondeu segundo um princípio invariável para todas as situações. A lealdade a um princípio o livra de um pensamento perturbador: o que a verdade irá fazer com o corpo e a alma daquela mulher? O princípio, sendo absoluto, não leva em consideração o potencial destruidor da verdade.
Mas, se for um jardineiro, ele não se lembrará de nenhum principio. Ele só pensará nos olhos suplicantes daquela mulher. Pensará que a sua palavra terá que produzir a bondade. E ele se perguntará: “Que palavra eu posso dizer que. Que não sendo um engano (a senhora breve estará curada...) cuidará da mulher como se a palavra fosse um colo que acolhe uma criança?”. E ele dirá: “Você me faz essa pergunta porque você está com medo de morrer. Também tenho medo de morrer...” Aí, então, os dois conversarão longamente – como se estivessem de mãos dadas – sobre a morte que os dois haverão de enfrentar. Como sugeriu o apóstolo Paulo, a verdade está subordinada à bondade.
Pela ética dos princípios, o uso da camisinha, a pesquisa das células-tronco, o aborto de fetos sem cérebro, o divórcio, a eutanásia são questões resolvidas que não requerem decisões: os princípios universais o proíbem. Mas a ética contextual nos obriga a fazer perguntas sobre o bem e o mal que uma ação irá criar. O uso da camisinha contribui para diminuir a incidência da Aids? As pesquisas com células-tronco contribuem para trazer a cura para uma infinidade de doenças? O aborto de um feto sem cérebro contribuirá para diminuir a dor de uma mulher? O divórcio contribuirá para que homens e mulheres possam recomeçar suas vidas efetivas? A eutanásia pode ser o único caminho para libertar uma pessoa da dor que não a deixará?
Duas éticas: A única pergunta a se fazer é: “Qual delas está mais a serviço do amor?”.
(Autor – Rubem Alves, Folha de S. Paulo, 04/03/2008).
4 de outubro de 2022
"A integração nas Obediências «Liberais» e a questão da «inclusão Feminina»"
"A integração nas Obediências «Liberais» e a questão da «inclusão Feminina»"
I – Introdução e Alguns Antecedentes Históricos
O tema da presença da mulher na Maçonaria é uma «pedra mal trabalhada» ou melhor «não acabada», muito menos «polida», com que se arrastam os Maçons desde que a Maçonaria se considera como tal. Passou muito tempo desde 1717 e naturalmente a Maçonaria sofreu enormes fases de maturação, com novos Ritos, restruturações, cisões, seguidas de uniões e fusões, e por vezes novas separações ou surgimento de novas Obediências, face às já existentes, influenciadas mais ou menos directamente pelos contextos socioeconómicos, políticos e culturais da época, pela evolução das ideias, a partir do prosseguimento do Iluminismo, da Revolução Francesa e outras. O seu caminho até hoje não é independente do reflexo das convulsões político-sociais e de ideias, que se têm passado até aqui, deixando-lhe obviamente várias marcas.
Fica também claro que para as Obediências ou correntes maçónicas da auto-intitulada «maçonaria regular», a partir da «fatwa» (normal à época) declarada ao elemento feminino desde Anderson (1723 e 1738), nunca mais existiu qualquer controvérsia, bloqueando desde sempre as portas dos templos à presença da mulher, decisão reforçada posteriormente pelos inamovíveis e anacrónicos «landmarks».
Contudo o imobilismo da maçonaria «dogmática» não impediu o surgimento de novas concepções, em cuja linha central se encontra o GOdF, que a determinada altura facilitou à mulher algum espaço vital, com o desenvolvimento da Maçonaria de Adopção ainda em 1774. No entanto e a partir daí, registaram-se mais de duzentos e tal anos e muitos e intensos debates. Ultrapassar o patriarcado e a misoginia existente, só se conseguiu com a decisão do Convénio de 2010, que aprovou uma fórmula de compromisso: «dar liberdade às suas Lojas para iniciar, sem ter em conta a condição sexual», ou seja permitir a entrada de mulheres nas Lojas que tal o considerassem desejável e oportuno. Há quem justifique que este atraso se deve à prioridade que sempre foi dada às questões de carácter social ou político, enfim interpretações…. (mas o resultado foi também ao encontro duma decisão judicial positiva relativa à mudança para o sexo feminino da actual arquitecta Olivia Cheaumont, ex-M.M:. masculino duma Loja do GOdF)….
Não iremos entrar pelos detalhes históricos da iniciação feminina, das suas personalidades emblemáticas e das respectivas classes sociais, a par da sua preparação técnico-filosófica, nomeadamente a partir de meados / finais do Séc. XIX, dado não ser directamente o objectivo deste traçado, e existir abundante bibliografia facilmente disponível. Recordamos somente que “Desde a Maçonaria operativa, já existe um registo, embora tímido, da presença de mulheres nas Confrarias e Guildas” [2].
É, contudo, importante não esquecer que a submissão da mulher, se verificou na antiguidade, a partir das chamadas religiões do Livro, ou sejam, Cristianismo, Judaísmo e Islamismo, contrariamente ao que acontecia nos Antigos Mistérios, das civilizações mais antigas do Médio-Oriente e mais relevado nas egípcia e grega. Em contrapartida salientemos também que nem as liberdades civis conquistadas com a Revolução Francesa de 1789, foram suficientes para contrariar aquela submissão.