28 de agosto de 2021
15 de agosto de 2021
2020 E A MAÇONARIA
Com a devida vénia, e respectiva autorização, se transcreve mais um poema de Adilson Zotovici:
2020 E A MAÇONARIA
Segue a vida doravante,
A Sublime Confraria,
Grande obra relevante,
Prescindir é utopia
Tem o lado edificante
Em que pese a agonia
Ano em tese marcante
Pela amarga pandemia
O retiro lancinante
E a constante vigia
Asas deram ao ser pensante
Libertando da apatia
Alcei voo, cada quadrante,
Dessa terra então sombria
Em todo oriente, flagrante,
O esquadrejar da cantaria
Descobri parte intrigante
Que da obra não sabia
Conheci gente importante
Revi quem há muito não via
Em cada oficina reinante
A Arte real como guia,
Aproximando o distante
Em cada igual, tal alegria
Pela tela, obra pujante,
Seguiu em franca sintonia
Sem perjurar-se um instante
Sobre arcanos e liturgia
Se faltou dum abraço vibrante
Calor corporal que inebria
Sobrou no espaço, radiante,
Amor fraternal que extasia !
Adilson Zotovici
5 de agosto de 2021
OPORTUNIDADES, AMEAÇAS, PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS DO PRR PARA A SAÚDE
OPORTUNIDADES, AMEAÇAS, PONTOS FORTES
E PONTOS FRACOS DO PRR PARA A SAÚDE
Cipriano Justo
No documento Recuperar Portugal 2021-2026, Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), de 15 de Outubro de 2020 (Plano preliminar), da autoria do governo português , quando se refere ao SNS no capítulo OS ROTEIROS PARA A RECUPERAÇÃO E RESILIÊNCIA , a descrição da componente começa da seguinte maneira: “A promoção da saúde é um elemento decisivo para a criação de condições de desenvolvimento sustentado, no médio e longo prazo, e um fator determinante na coesão social e no crescimento económico inclusivo e inteligente. Portugal, à semelhança de outros países da Europa, tem enfrentado transformações demográficas, caracterizadas pelo aumento da longevidade e da população idosa, que, em conjunto com outros fatores, têm vindo a colocar desafios ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) (pág.19) . A prioridade que é dada à promoção da saúde no âmbito do contexto das vulnerabilidades sociais e das reformas e investimentos que têm de ser realizados para lhes dar resposta, é o reconhecimento de que aquela dimensão da política de saúde representa a importância que ela tem para que qualquer política de saúde consiga obter os melhores resultados, ou seja, pessoas e comunidades mais saudáveis, que o mesmo é dizer mais ganhos em saúde traduzidos em maior esperança de vida saudável.
O custo do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), para ser executado entre 2021-2026, tem um custo total de 16 664 milhões de euros, dos quais 13 944 milhões de euros representam subvenções da UE. Para o sector da saúde foram atribuídos 7% daquele montante (1 180 milhões de €) destinados a recuperar estruturas e tornar o SNS mais resiliente, querendo dizer mais habilitado a responder às situações de maior risco.. O programa insere-se no capítulo das respostas às vulnerabilidades sociais, procurando-se que os serviços públicos de saúde contribuam para dar respostas mais céleres, mais organizadas, mais efectivas e de melhor qualidade.
3 de agosto de 2021
Judeus, judiarias e sinagogas (1)
Com a devida vénia se transcreve este Artigo de António Valdemar publicado no Jornal «O Açoriano Oriental»:
Judeus, judiarias e sinagogas (1)
A presença nos Açores de famílias sefarditas que vieram de Marrocos e se radicaram nas ilhas de S. Miguel, da Terceira e do Faial perduram, com cemitérios judaicos em cada uma destas ilhas. Assim como a sinagoga de Ponta Delgada, a mais antiga de todas as sinagogas portuguesas.
Os judeus, a rota das judiarias e as sinagogas já começaram a estar em foco, enquanto decorrem, de 2021 a 2027, os processos para habilitação às Capitais Europeias da Cultura distribuídas através do território português. Já se encontram em curso iniciativas destinadas a promover as cidades concorrentes e as suas extensões geográficas. Em face da crise que a todos atinge e não se sabe até quando, as candidaturas às Capitais Europeias da Cultura vieram assegurar ordenados, subsídios e avenças a profissionais de comunicação que dominam os temas da área do Património. Muitos deles voltam a aproveitar a oportunidade para repetir textos e esquemas de trabalho já utilizados noutras circunstâncias. Uns estavam na prateleira e insistem em sobreviver, outros procuram afirmar–se ganhando o protagonismo que tanto desejavam.
A recente publicação da obra Portugal e os Judeus, da autoria de Jorge Martins, apresenta um manancial de informações da maior importância, em torno dos judeus, a rota das judiarias e as sinagogas. Integra–se num projeto editorial da Âncora. António Batista Lopes, acerca deste tema, já havia divulgado outras obras de reconhecido interesse. Uma das grandes autoridades na história do judaísmo, Anita Novinsky
– que acaba de falecer no dia 20, quase centenária, em São Paulo, no Brasil
–, escreveu sobre deste livro de Jorge Martins: «Passado um século e meio sobre a aparição da mais completa obra sobre a história dos judeus em Portugal, da autoria de Meyer Kaiserling, nos presenteia Jorge Martins com uma nova história sobre os judeus portugueses e que amplia largamente o livro pioneiro do rabino húngaro».