Com a devida vénia, e respectiva autorização, se transcreve este artigo, publicado no Jornal Mensal do Grande Oriente de Alagoas (GOAL)-Cavaleiros da Virtude:
Todo Maçom é Rico ou só Busca Riquezas?
Carlyle Rosemond (M|I| CIM 307.07 - A|R|L|S| Terceiro Milênio nº7 - GOAL
Membro da Academia Maçônica de Ciências, Letras e Artes - AMCLA)
O correto seria, em relação a bens materiais, nem um dos dois, mas sabemos que nem sempre é assim. Irei contar alguns trechos de ou história, sejam elas vividas, ouvidas , infelizmente, presenciadas, tudo para tentar explicar a resposta dada acima às duas perguntas do título.
É apenas uma reflexão como as pessoas associam a palavra de “Maçom” a “Rico”, como se elas fossem sinônimos ou, ainda, como a se uma fosse uma ponte para a outra. É fato que os primeiros maçons especulativos eram homens de posses ou lordes e, talvez, seja por isso que tenha surgido o mito. Em relação à “ponte”, não é correto, mas acontece, em algumas Lojas, de pessoas serem iniciadas por seu poder financeiro e/ou político, do outro lado dessa mesma “ponte”, pessoas desejando entrar com a ilusão de se tornar um milionário. Nesse ponto temos dois caminhos: os aproveitadores e os que se aproveitam.
Sabemos que o mundo virtual não perdoa e se aproveita de nossas fraquezas, daí o crescimento de golpes de “maçonarias virtuais” com a promessa de riquezas, onde você é convidado a ser iniciado virtualmente para fazer parte de uma “elite” poderosa e “Boom!!!”, pela ganância, você perde o dinheiro e fica menos rico. O outro ponto está relacionados a “irmãos” que se aproveitam do fato de outros Irmãos terem condições para buscarem favores e gratuidades. Um Irmão não é obrigado a dar tudo de graça ao outro, deve ser feito de coração. Não estou dizendo que é errado ajudar, pois isso faz parte de nós; apenas que os Irmãos para ajudar outros Irmãos (seja com descontos, empregos, favores, gratuidades, entre outras coisas), precisam saber se o outro realmente precisa ou se está querendo se aproveitar do momento, digo isso pois a fila de pedidos é enorme. Brincadeiras à parte, todos nós, ricos ou pobres, precisamos de algum tipo de ajuda e, será que tudo está ligado ao dinheiro?
Falando por mim; não nasci em berço de ouro, mas poderia dizer de prata, pois nunca me faltou coisa alguma e, talvez fosse isso que as pessoas enxergavam na minha juventude, de quem eu era filho ou qual era a minha origem; não nego que consegui apreciar os prazeres culturais de alguns países europeus e sulamericanos, nada pela Maçonaria , mas precisei da ajuda de alguns Maçons para conclusão do meu mestrado internacional. O que poucos sabem é que não me peso pelo dinheiro, pois abri mão de qualquer herança familiar, pois acredito que você deve merecer receber algo e só quem está em vida é quem pode avaliar isso.
Até meus alunos da escola publica, por saberem que sou Maçom, vivem querendo indicação para ser maçom, ou melhor, para ficar rico, e sempre acabo tendo que explicar que a maior riqueza é o conhecimento, aí desistem da ideia. Puxando esse assunto, em “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”, assim como em diversos filmes e séries, as pessoas vivem em busca de tesouros e riquezas, ou, como no filme, o poder do conhecimento do universo.
Não sei vocês, mas acredito que conhecimento é poder e a maior riqueza que alguém pode conquistar, mas se usado para o bem, o que não acontece em “Transformers”, onde uma guerra tecnológica destrói o planeta deles, Cybertron.
Bem, depois desta salada de enrolação, respondo a pergunta da seguinte forma: A maior riqueza que um Maçom pode alcançar é construir uma família com base sólida e o próprio engrandecimento interior, tudo através do conhecimento e, é nisso em que os Irmãos precisam focar.
Carlyle Rosemond
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