IV
Existem dois tipos de humanos:
Os que pensam e os que não!
Reduzir a esta expressão
Mínima todos os enganos,
Virtudes e demais características
Parece encerrar o assunto,
Mas tal como o silêncio nas músicas
Sacras, e se mal pergunto
É por, reflectindo, na singeleza
Se revelarem os sinais,
E enquanto houver a certeza
De os homens não serem animais
Irracionais a legibilidade
Sem artifícios não será uma contrariedade
Mas uma prática dialéctica eficaz
Onde se encontrará a paz
Turbulenta de quem sabe o que faz,
Ou melhor, de quem aprende
Sem tiques de duende
E serpenteando entre ratoeiras,
Ao de leve, lúcido e sem chiadeiras,
Aos que, quais xilófagos
Roendo em grande estilo,
Usam o cérebro sem júbilo
Um perdão sem afagos.
Francisco da Renda
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