Ao decidir-me por este traçado, tive como principal preocupação esclarecer a dicotomia que é repetidamente feita entre Loja e TemploMaçónicos, e que, como é referido por René Désaguliers, na sua obra “Les Trois Grands Peliers de la Franc-Maçonerie”, é de tal forma que, atravessa graus e ritos.
Por isso, meus queridos irmãos, apesar deste tema já ter sido tratado por partes de alguns dos principais autores maçónicos de referência, como Jules Boucher, Irene Mainguy, Patrick Négrier e René Désaguliers, entre outros, pretendo com este meu trabalho, contribuir para o esclarecimento desta matéria, esclarecendo que este meu contributo, é resultado da conjugação da doutrina defendida por várias autoridades nesta matéria, em especial pelos que citei.
É da natureza humana encontrar um lugar ao qual possamos pertencer e sentir-nos úteis, mas é de vital importância que, também nos agrupemos espiritualmente, e nos ajudemos uns aos outros.
A principal distinção que deve desde logo fazer-se entre Templo e Loja, é a de que, o “Templo” é o local de reunião, a “Loja”, a corporação maçónica. Por isso, no final de uma sessão, a Loja é considerada fechada, mas o Templo, continua aberto, inclusivamente para outras Lojas.
Quando os irmãos se reúnem, agrupam-se como Loja, sendo por isso errado, dizer que se estão a reunir numa Loja. Embora os seus membros possam de facto estar reunidos numa estrutura a que chamam de “Loja”, são os membros que são considerados a Loja, e não o edifício onde se encontram. Aliás, as primeiras lojas reuniam-se em tabernas e em lugares públicos.