Os primeiros dois parágrafos foram omitidos pela Comissão Editorial do Blogue.
Cargo é “...a função administrativa exercida por um Maç:. na sua Loj:. ...” sendo “...10os cargos básicos de uma Loj:. completa dos 3 primeiros graus…” 3 havendo, dentre eles, o de Ir:. HOSP:./ESMOL:. cujas funções o Ir:. A.H.Oliveira Marques nos ensinou, no “Dicionário da Maçonaria Portuguesa” de sua Autoria, que se trata do “...Oficial da Loj:., o décimo na respetiva hierarquia entre o Ir:. Tes:. e o Ir:. Gua:./Cob: … encarregado de distribuir esmolas e subsídios a MMaç:. ou PProf:. necessitados, de visitar os MMaç:. enfermos ou infortunados e, em geral, de todos as atos de natureza caritativa que possam ser requeridos...” 4.
Portanto, compete ao Ir:. HOSP:./ESMOL:. ser uma espécie de porta-voz da prática do Bem à responsabilidade da Loj:. a que pertence. Estará, em suma, disponível para os outros IIr:. (e também, porventura, para os PProf:.) que necessitem de apoio material ou de apoio espiritual, dentro dos limites impostos pela capacidade económica da Loj:. e pelas capacidades, psicológica e intelectual, do Ir:. que tais funções desempenhe.
Esta prática do Bem toma o nome de Beneficência no âmbito duma análise BIOÉTICA onde, juntamente com outros três (o da não-Maleficência, o da Autonomia e o da Justiça), constitui o conjunto de Princípios fundamentais da Bioética também esta “...chamada de Teoria dos quatro Princípios pela primeira vez formulada por T.L.Beauchamp e J.F.Childress na obra de sua Autoria, publicada em 1979 , “Principles of Biomedical Ethics”...”. 5
“...O termo Bioética é um analogismo criado em 1971, praticamente em simultâneo, por dois autores médicos: Van R.Potter, Oncologista, e André Hellegers, Obstetra...” 6 e, em 1978, Reich definiu Bioética “...como o estudo sistemático da conduta humana na área das Ciências da Vida e da Saúde considerada à luz de valores e de princípios morais...”. 7
A Bioética, enquanto conceito, é recente mas, enquanto prática do Bem, está instituida na Maç:. Especulativa (ou Simbólica) desde a constituição formal da Grande Loja (no século XVIII) embora seja tão antiga como a própria Humanidade pois sempre houve gente de Bem disponível para quem precisa.
A Maç:. Especulativa foi “...definida em 1952, numa reunião de Grão-Mestres realizada em Estrasburgo, como uma instituição para iniciação espiritual por meio de símbolos” e que “...teria como objetivo, segundo a Constituição da Grande Loja de França, o aperfeiçoamento da Humanidade, razão pela qual os MMaç:. estão obrigados à busca constante de formas que permitam melhorar a condição humana tanto no plano espiritual e intelectual como no plano do bem-estar material...”. 8
Por outro lado “...ser hoje interveniente na Bioética é, simultaneamente, acompanhar a evolução da Vida, vivendo-a ao mesmo tempo com sinceridade e com força. Essa sinceridade impõe a crítica do que está errado e a força exige a substituição do que não serve, nas ideias, nos conceitos, nos hábitos e nos costumes...”. 9
Vemos assim que o Ir:. HOSP:./ESMOL:., ao comportar-se dignamente como membro da Maçon:. , está a colocar ao mais alto nível os valores da Humanidade e da Bioética, isto é, o respeito pelo Ser Humano e a entreajuda, ou seja, a Beneficência e a Justiça, entre outros. Desempenhar o cargo de Ir:. HOSP:./ESMOL:. é uma Honra mas trata-se, principalmente, duma vivência Responsável e prática dos elevados Princípos da Maçon:. .
Termino citando Adriano Moreira:
“...A crescente exigência democrática de partilha cívica da responsabilidade nas decisões, vem depois do compromisso institucional do Saber com a Sabedoria, da Responsabilidade assumida de acordo com os padrões Éticos que envolvem a personalidade do agente e a identidade das comunidades do Saber...O regresso das boas razões tem expressão noalargamento progressivo do diálogo com as vozes que falam em nome da Ética e da Ecologia. Diálogo ao serviço do objetivo de manter sempre o Saber-Fazer na linha da Esperança.” 10
Pires Jorge, M.'. M.'.
(Resp.'.L.'.Salvador Allende)
Referências BIBLIOGRÁFICAS
(1) A.H.OLIVEIRA MARQUES, “Dicionário da Maçonaria Portuguesa”, Editorial Delta, 1986: pp 1045-1046
(2) idem: p. 803
(3) idem: p. 270
(4) idem: p. 743
(5) CARLOS NEVES, “Bioética – Temas elementares”, Fim de Século, 2001: pp 14-15
(6) idem: p. 9
(7) idem: p. 9
(8) MIGUEL MARTIN-ALBO, “A Maçonaria Universal”, Bertrand Editora, 2005: p. 18
(9) JOÃO RIBEIRO DA SILVA, “Bioética na sua trajetória – Bioética Contemporânea II”, Edições Cosmos,2001: p. 41
(10)ADRIANO MOREIRA,“Contributos para a Bioética em PORTUGAL”, Edições Cosmos,
2002, p. 227
BIBLIOGRAFIA Consultada
ADRIANO MOREIRA,“Contributos para a Bioética em PORTUGAL”, Edições Cosmos,
2002
A.H.OLIVEIRA MARQUES, “Dicionário da Maçonaria Portuguesa”, Editorial Delta, 1986
A.RAMON DE LA FERIA,“Ir:. HOSPITALEIRO e BIOÉTICA (ou a Maçonaria e os valores supremos da Humanidade)”,
CARLOS NEVES, “Bioética – Temas elementares”, Fim de Século, 2001
JOÃO RIBEIRO DA SILVA, “Bioética na sua trajetória – Bioética Contemporânea II”, Edições Cosmos,2001
MIGUEL MARTIN-ALBO, “A Maçonaria Universal”, Bertrand Editora, 2005
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