Fiquem vocês sabendo que, muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão de novo as grandes alamedas por onde passe o homem livre, para construir uma sociedade melhor.

(Últimas declarações de Salvador Allende ao povo chileno a 11 de Setembro de 1973, quando os aviões dos generais fascistas já bombardeavam o Palácio de La Moneda)

30 de outubro de 2021

Baixa auto-estima e complexo de inferioridade

 


Com a devida vénia se transcreve este Artigo de Opinião de Ricardo Vidal

Baixa auto-estima e complexo de inferioridade

Nenhum ditador provocou ou provoca tanto dano à Maçonaria quanto o Maçon vaidoso, este sapador inveterado, este Cavalo de Tróia que a destrói por dentro sem o emprego de armas, grilhões, ferros, calabouços e leis de exceção. Ele é indiscutivelmente o maior inimigo da Maçonaria, o mais nefasto dos impostores, o principal destruidor de lojas. Ele é pior do que todos os falsos maçons reunidos porque se iguala a eles em tudo o que não presta e raramente em alguma virtude.

Uma característica marcante que se nota neste tipo de Maçon, logo ao primeiro contacto, é a sua pose de justiceiro e a insistência com que apregoa virtudes e qualidades morais que não possui. Isto salta logo à vista de qualquer um que comece a comparar os seus atos com as palavras que saem da sua boca. O que se vê amiúde é ele demonstrar na prática a negação completa daquilo que fala, sobretudo daquilo que difunde como qualidades exemplares do Maçon aos Aprendizes e Companheiros, os quais não demora muito a dececionar. Vaidoso ao extremo, para ele a Maçonaria não passa de uma vitrine que usa para se exibir, de um carro de luxo o qual sonha um dia pilotar. E, quando tem de facto este afã em mente, não se furta em utilizar os meios mais insidiosos para tentar alcançá-lo, a exemplo do que fazem os nossos políticos corruptos.

Narcisismo num dos extremos, e baixa autoestima no outro, eis as duas principais características dos maçons vaidosos e arrogantes. No crisol da soberba em que vivem imersos, podemos separá-los em dois grupos distintos, porém idênticos na maioria dos pontos: os toscos ignorantes e os letrados pretensiosos.

A trajetória dos primeiros é assaz conhecida: Por serem desprovidos do talento e dos atributos intelectuais necessários para conquistarem posição de destaque na sociedade, eles ingressam na Maçonaria em busca de títulos e galardões venais, de fácil obtenção, pensando com isto obter algum prestígio. Na vida profana, não conseguem ser nada além de meros serviçais, de mulas obedientes que cedem a todos os tipos de chantagem. Por isso, fazer parte de uma instituição de elite (isso mesmo, de elite!) como a Maçonaria produz neles a ilusão de serem importantes; ajuda a mitigar um pouco a dor crónica que os espinhos da incompetência e da mediocridade produzem nas suas personalidades enfermas.

O segundo em quase tudo se equipara ao primeiro, porém com algumas notáveis exceções: Capacitado e instruído, em geral ele é uma pessoa bem sucedida na vida. Sofre, porém, deste grave desvio de carácter conhecido pelo nome de “Narcisismo”, que o torna ainda pior do que o seu émulo sem instrução. Ávido colecionador de medalhas, títulos altissonantes e metais reluzentes, este Maçon é uma criatura pedante e intragável, que todos querem ver distante. No fundo ele também é um ser que se sente rejeitado; a sua alma é um armário de caveiras e a sua mente um antro habitado por fantasmas imaginários. Julgando-se o centro do Universo, na Maçonaria ele obra para que todas as atenções fiquem voltadas para si, exigindo ser tratado com mais respeito do que os irmãos que atuam em áreas profissionais diferentes da dele. Pobre do irmão mais jovem e mais capacitado que cruzar o seu caminho, que ousar apontar-lhe uma falta, que se atrever a lançar-lhe no rosto uma imperfeição sua ou criticar o seu habitual pedantismo! 

6 de outubro de 2021

A Maçonaria - Doutrina, Pensamento ou Método ?

 


A Maçonaria  -  Doutrina, Pensamento ou Método ?

I – Maçonaria – resumo das duas principais correntes

A Maçonaria que a N:.A:.O:. [10] nos propõe,  independentemente dos Ritos praticados ( Rito Francês ou Moderno – R.F. e Rito Escocês Antigo e Aceito – R.E.A.A.), enquadra-se na corrente designada por  “liberal” ou “adogmática”, por vezes também por “continental”, por oposição à britânica ou “anglo-saxónica”, de cariz “dogmático”,  já que impõe a crença em Deus (sob qualquer uma das formas das religiões monoteístas) e na imortalidade da alma.

Para começar, nada melhor do que ir ao encontro das definições essenciais, distinguindo os conceitos de Dogma, Doutrina e Pensamento. Segundo os dicionários consultados ([1],[2],[8] e [9]), temos:

Dogma: “Doutrina estabelecida e aceite como verdade absoluta e não sujeita a qualquer tipo de discussão, por regra, imutável, que permite a preservação de um «status quo» ao nível do conhecimento, sem qualquer tipo de progresso, dado que a sua crítica não é admissível” [2].  

Doutrina: “1- Conjunto de dogmas, religiosos ou filosóficos, que direcionam um Homem na interpretação dos factos e na direção da sua conduta. 2- Conjunto de princípios em que se baseia uma religião, um sistema político ou filosófico. 3- Ensino dos dogmas, mistérios e preceitos duma religião”.

Pensamento: “1 – Actividade humana mediante o qual o homem raciocina de forma lógica, reflecte sobre aquilo que os seus sentidos apreendem e medita; 2 – o pensamento humano está simbolizado no mundo maçónico através do compasso, instrumento de medição que pode alargar o seu raio de acção, conforme o grau de abertura” [2].

A Maçonaria, pela directriz essencial da linha “adogmática” e dada a sua natureza universalista, recusa à priori  a imposição de quaisquer doutrinas, verdades ou crenças aos seus membros, baseando neste princípio essencial, o seu pensamento e metodologia, que abarcando toda a Humanidade,  é simbolizado por exemplo  através do compasso, como atrás descrito. 

A Maçonaria Conservadora, de cariz mais tradicionalista (entenda-se no sentido conservador e francamente rígido), é representada fundamentalmente pela Grande Loja Unida da Inglaterra (G.L.U.I.), constituída em 1813, que reclama para si (e para as Grandes Lojas que a ela se subordinam) os princípios da dita «Regularidade», alguns de essência dogmática, como a crença na imortalidade da alma e no «Grande Arquitecto do Universo», equiparado e limitado ao conceito estrito de  Deus, para além da aceitação obrigatória de  um conjunto de «princípios imutáveis» («landmarks»).

4 de outubro de 2021

5 de Outubro 2021

 


4 de Outubro

Lançamento do nº 23 da Revista Grémio Lusitano dedicado ao Anti Maçonismo

Conferência “República escolar: a educação”

pelo Prof. Guilherme d’Oliveira Martins (n. Lisboa, 1952)

NOTA; esta conferência será disponibilizada no canal Youtube do GOL

5 de Outubro

17h30 Deposição de uma coroa de flores aos heróis da República, na Estátua António José de Almeida.

Cerimónia presidida pelo Grão-Mestre Fernando Lima.