Fiquem vocês sabendo que, muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão de novo as grandes alamedas por onde passe o homem livre, para construir uma sociedade melhor.
(Últimas declarações de Salvador Allende ao povo chileno a 11 de Setembro de 1973, quando os aviões dos generais fascistas já bombardeavam o Palácio de La Moneda)
10 de fevereiro de 2017
7 de fevereiro de 2017
Romã-Simbologia Maçónica
Ao decidir-me por este traçado, pretendo falar-vos da simbologia que a romã tem para a maçonaria, o que farei, após uma breve alusão histórica à árvore e ao respetivo fruto, sempre com o cuidado de salvaguardar, dentro do possível, o grau de quem o apresenta, pois, não sendo assim, muito mais haveria para dizer filosóficamente.
A romãzeira, em hebraico Rimmôn, é uma pequena árvore, ou até um arbusto pertencente à família “Punica Granatum” – nome latino – também conhecida como romanzeira, provém essencialmente da Grécia, Síria e Chipre, Turquia, Arménia, Geórgia, Azerbaijão, Irão e Turquemenistão, juntamente com outras árvores frutíferas como a figueira, macieira, pereira, marmeleiro, cerejeira, amendoeira, avelaneira e castanheira.
Para os Assírios, a romã simbolizava a vida e os primeiros frutos da colheita eram entregues ao sacerdote que extraía o seu sumo para que o Rei o oferecesse ao ídolo. Os frutos mais formosos que simbolizavam o prolongamento da vida eram preservados para o templo; a romãzeira era considerada como o pai da vida; com a madeira da árvore, eram confecionados amuletos.
Os fenícios tinham a romã, também, como fruto sagrado, bem como os Cartagineses e os Romanos, que os reproduziam no cimo das suas colunas, e os colocavam nas tumbas dos sacerdotes e dos reis.
Para os Romanos, a romã era considerada nas cerimónias e nos cultos, como símbolo de ordem, riqueza e fecundidade.
Já os gregos, consideravam-na como símbolo do amor e da fecundidade, e a romãzeira foi consagrada à deusa Afrodite, pois acreditava-se nos seus poderes afrodisíacos.
Para os judeus, a romã é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo, quando acreditam que o ano que chega, será melhor do que aquele que vai embora. Em Israel sempre foi cultivada a romãzeira, utilizada para produzir vinho com propriedades afrodisíacas. Nos cânticos dos cânticos, a mulher esperava o amado com vinho de romã.
Segundo a Bíblia, quando os judeus chegaram à terra prometida, após abandonarem o Egito, os doze espias que foram enviados para aquele lugar voltaram carregando romãs e outros frutos como amostras da fertilidade da terra que Jeová (Deus) prometera. Ela estaria presente nos jardins do Rei Salomão. Sobre as colunas do Átrio do Templo de Salomão, estavam colocadas fileiras de Lírios e romãs; os Lírios simbolizando a virgindade e a pureza, a beleza feminina; as romãs, a virilidade masculina. Salomão, que chegou a possuir novecentas concubinas, tomava o vinho de romãs para fortificar-se.
A romãzeira foi cultivada na antiguidade, por fenícios, gregos e egípcios.
Na Idade Média, a romã era, frequentemente, considerada como um fruto cortês e sanguíneo, aparecendo também nos contos e fábulas de muitos países.
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