Fiquem vocês sabendo que, muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão de novo as grandes alamedas por onde passe o homem livre, para construir uma sociedade melhor.

(Últimas declarações de Salvador Allende ao povo chileno a 11 de Setembro de 1973, quando os aviões dos generais fascistas já bombardeavam o Palácio de La Moneda)

8 de janeiro de 2015

A Ditadura da Dívida


Proponho-vos discutir aspectos nucleares da nossa vida como Nação, no quadro económico que nos envolve e que vai condicionar a vida do nosso País nas próximas décadas. 

Vivemos tempos que podem por em causa a Democracia e a Liberdade. É contra isso que estamos obrigados a lutar. Mas para sermos eficazes temos que rigorosos e, ao contrário do poder político, que nos últimos Anos, tanto em Portugal como noutros Países do nosso “Mundo”, se degradou para níveis impensáveis, suportando-se em análises imediatistas que podem, com a cosmética adequada, passar a ideia que tudo está melhor porque os indicadores são muito bons, temos obrigação de ir ao fundo das questões e trocar ideias para que possamos intervir de forma informada e rigorosa.

Como compreenderão não me passa sequer pela cabeça que aquilo que vos vou transmitir é algo indiscutível e redutor da troca de ideias e confronto sério de pontos de vista. Não, aquilo que aqui vos trago é um trabalho em que recolhi dados, tentei fundamentar opinião e que deve ser contestado por ideias diferentes, ou semelhantes, mas com perspectivas diferentes, até porque sei que o farão sempre com análises e interpretações fundamentadas e rigorosas.

Para enquadrar o problema permitam-me referir uma Prancha que apresentei em 7 junho 2010, na R:.L:. Ocidente designada por, Economia, Ética e os Tempos Conturbados, em que afirmava, e cito, "Resumindo, entre 1980 e 2009, Portugal aumentou o PIB para o dobro e aumentou 55 vezes a dívida. Se não nos endividámos para crescer, só podemos ter-nos endividado para consumir. Como sabemos que muito deste consumo foi importado, a dívida global é bem maior que a dívida do Estado. Pior, o Estado esmagou os contribuintes com Impostos que suportassem a ineficiência e o clientelismo tentacular que foi criando, sempre suportado numa informação "fait-divers" dirigida a cidadãos infantilizados e analfabetos, servidos por uma justiça que deveria ser cega mas não tanto." Fim de citação.

Cabala e Maçonaria: que dimensões comuns?


Agora que me é dada a responsabilidade de apresentar esta segunda Prancha, não posso deixar de reiterar o meu agradecimento pelo apoio e a paciência que todos demonstram, para com a lentidão do esforço continuado de transformar esta pedra bruta numa pedra que, embora com muitas arestas por suavizar, poderá continuar a aspirar a vir a ter forma.

Fiz esta prancha no sentido de partilhar um fenómeno e um profundo interesse que tem acompanhado a minha vida, faz alguns anos, e ainda antes de me ter sido dada oportunidade de crescer beneficiando do contacto com os valores e momentos de reflexão que me permite a Nossa Augusta Ordem.

Trata-se do interesse que desenvolvi, na modéstia das minhas limitações, pela estrutura filosófica de interpretação dos fenómenos do Universo, reconhecido como a Cabala.

Neste primeiro texto sobre o tema, vou apenas introduzir algumas questões essenciais para a nossa reflexão e como marcadores de Futuros textos que gostaria de escrever.

Assim, procuro estabelecer respostas a duas questões centrais:
a) O que é a Cabala e que dimensões têm sido identificadas como comuns com a Maçonaria?
b) Que implicações pode ter a Cabala para o meu caminho como Maçom?

O que é, então, a Cabala?

Pela complexidade da resposta a esta simples pergunta, tem sido argumentado que para chegar a uma resposta, podemos sempre começar por esclarecer antes o que a Cabala não é. Vejamos.

Porquê José César, nome simbólico


Estava eu na câmara de reflexão num ambiente onde tudo ou quase tudo me interrogava e ao que eu ia respondendo ao solicitado e aos objectos que á minha volta pareciam que me questionavam mais, que eu a eles.

Estávamos no ano de 1999 e eu um candidato, profano, a entrar para algo que eu pouco conhecia mas que sabia que era uma Ordem com provas dadas desde há séculos na defesa do primado do homem como ser igual fraterno e livre.

Pouco mais era do meu conhecimento nem a minha curiosidade ser bastante para que até ali me debruçasse sobre a maçonaria em particular.

Eu era um simples médico de família que gostava de participar nos movimentos e associações de carácter cívico e social e politica local.

Participei em todas as associações de pais das escolas dos meus 3 filhos, era presidente, e ainda sou, de uma IPSS, com provas dadas no apoio á família na valência de jovens e idosos.

A minha actividade política foi a nível autárquico em juntas de freguesia e assembleia municipal.
O meu percurso de vida era praticamente este, de forma reduzida.

Club dos Mak


Já muito se escreveu sobre Francisco de Almeida Grandella e os Makavenkos, mas persiste um estigma sobre ambos, a boémia. 

Não se entenderia que um homem como Grandella tenha tido a ideia e decidido fundar, com um grupo de amigos, um Clube com propósitos boémios, e no qual não era possível discutir política ou religião e ainda por cima bem acompanhados por belas raparigas, boa comida, alguma bebida e muita alegria. Tudo isto só pela boémia?

Apresento-vos o Club dos Mak, uma compilação de textos de autores que, como eu, se apaixonaram por figuras tão distintas da sociedade portuguesa:

Começo por Anabela Natário, jornalista, autora do prefácio do livro Memórias e Receitas Culinárias dos Makavenkos, autora também de grandes reportagens sobre FAG, a sua vida e a sua obra; Francisco de Almeida Grandella, contado pelas suas próprias palavras; maçom, republicano, comerciante, industrial, especialista em "marketing", avalista de revoluções, regimes livres e "bon vivant"; António Lopes, maçom, historiador e professor, diretor da Revista Grémio Lusitano. A complementar, alguns blogues e textos vários que vagueiam livremente pela internet, todos eles no sentido de me transmitirem a sua opinião pessoal.